




2 - você vai se arrepender
Depois de cerca de quinze minutos, o táxi chegou em frente ao hotel. Kimberly pagou o motorista e saiu do carro.
Ela fez uma oração silenciosa antes de entrar no hotel. No saguão, ela encontrou sua melhor amiga Susan, que também trabalha como faxineira no hotel, esperando por ela com uma expressão preocupada no rosto.
"Já era hora de você chegar, Kimberly. Por que você está atrasada hoje?" Susan perguntou a Kimberly.
"Não foi intencional. Acordei tarde. O gerente notou minha ausência?" Kimberly perguntou, segurando a respiração.
Antes que Susan pudesse responder, uma voz profunda falou por trás delas.
"Bem, bem, veja quem decidiu finalmente nos agraciar com sua presença!" A voz ríspida do Sr. James, o gerente do hotel, disse por trás de Kimberly.
Kimberly sabia que estava encrencada hoje. Ela se virou lentamente para encarar o gerente com uma expressão de desculpas no rosto.
"Sr. James, bom..." Kimberly começou a dizer antes que o gerente levantasse a mão e a interrompesse.
"Olhe para o relógio e me diga que horas são!" O Sr. James ordenou.
"Senhor, são oito e vinte e cinco!" Kimberly respondeu timidamente, pois sabia que se ficasse quieta, só o irritaria mais.
"Ótimo! E a que horas você deveria estar aqui?" O Sr. James perguntou novamente, olhando fixamente para Kimberly.
"Às oito. Desculpe pelo atraso. Prometo que não vai acontecer de novo!" Kimberly implorou.
"Pode apostar que não vai. Porque da próxima vez que isso acontecer, considere-se desempregada. Quanto à sua punição, você vai limpar o grande salão junto com suas outras tarefas!" O Sr. James declarou em um tom que Kimberly sabia que era melhor não contestar. O coração de Kimberly ficou desolado ao ouvir sua punição. O grande salão é o maior salão de festas do hotel. Uma festa foi realizada lá na noite anterior e, portanto, deve estar muito desarrumado.
"Senhor? Não é uma punição muito severa? Esta é a primeira vez que ela chega atrasada!" Susan, que estava quieta ao lado de Kimberly, reclamou em nome dela.
O gerente lançou-lhe um olhar mortal em resposta.
"Você quer receber uma punição maior do que a dela?" O Sr. James perguntou a Susan, que imediatamente fechou a boca.
"Foi o que pensei!" O Sr. James hesitou e se afastou.
"Que homem problemático!" Kimberly comentou assim que o Sr. James saiu do alcance da audição.
"Ele sempre se comporta como uma mulher na TPM!" Susan acrescentou e as duas riram.
"Deixe-me ir começar a trabalhar antes que ele volte e cause mais problemas," Kimberly disse e foi para o vestiário. Ela trocou de roupa e mergulhou no trabalho.
Depois de cinco horas de trabalho ininterrupto, Kimberly não sentia mais suas mãos. Embora estivesse extremamente cansada, estava feliz por ter terminado por hoje.
Ela descansou um pouco antes de ir para casa.
Pouco antes de Kimberly abrir a porta de sua casa, ela sentiu que a atmosfera ao redor estava estranha. Quando se aproximou, viu que a porta de sua casa estava quebrada.
O coração de Kimberly desmaiou ao ver isso. Sua mãe devia estar em apuros. Sem pensar muito, Kimberly entrou na casa.
Ela não conseguia descrever como se sentia com o que viu. Sua mãe estava ajoelhada com a cabeça baixa no centro da sala de estar, enquanto três brutamontes enormes estavam de pé sobre ela.
"O que está acontecendo aqui?" Kimberly gritou, anunciando sua presença. Sua mãe levantou a cabeça e olhou para ela com medo nos olhos.
Kimberly correu para o lado da mãe e se ajoelhou. "Mãe, você está bem? Quem são essas pessoas e o que elas querem?"
"Estou bem, minha filha. Por que você entrou? Esses homens podem te machucar!" A mãe de Kimberly disse a ela.
"Não estamos aqui para presenciar um momento mãe e filha. Estamos aqui pelos cinquenta mil que você deve ao nosso chefe. Voltaremos para pegar o dinheiro em quarenta e oito horas. Se você não tiver até lá, esteja pronta para enfrentar as consequências!" Um dos brutamontes ameaçou antes de todos saírem da casa.
Imediatamente após eles saírem, a mãe de Kimberly desabou em lágrimas.
"Estamos acabadas! Onde vamos conseguir cinquenta mil dólares em dois dias?" A mãe de Kimberly chorou.
"Shh! Mãe, vai ficar tudo bem! Pare de chorar!" Kimberly consolou sua mãe.
Lucas acordou e olhou para o outro lado da cama, vendo que estava vazio. Ele sorriu aliviado.
"Pelo menos ela é esperta o suficiente para sair sozinha." Lucas pensou consigo mesmo.
Mas sua alegria logo se dissipou quando ele se levantou da cama e viu roupas femininas no chão junto com suas calças.
"Droga!" Lucas xingou, franzindo a testa. Ele pegou suas calças do chão e as vestiu.
Ele verificou o banheiro e o encontrou vazio. Como não a encontrou no banheiro, já sabia onde encontrá-la.
Ele desceu as escadas e foi direto para a cozinha.
"Mulheres! Tão previsíveis!" Lucas pensou consigo mesmo. Assim como ele imaginou, a mulher em questão estava na sua cozinha, vestindo a camisa dele da noite anterior e cozinhando.
Lucas pigarreou para chamar a atenção dela. A mulher, cujo nome Lucas não conseguia lembrar, se virou para ele com um grande sorriso que quase engolia todo o seu rosto.
"Ah, você acordou! Bom dia, eu estava prestes a fazer o café da manhã para nós!" A mulher riu.
"Isso não será necessário!" Lucas disse com uma expressão séria.
"Por que não? Você quer pedir café da manhã para nós? Ah, isso seria tão doce!" A mulher bateu palmas e desligou o fogão.
"Que idiota!" Lucas pensou consigo mesmo.
"Não é isso. Você precisa sair agora!" Lucas ordenou, ainda mantendo uma expressão séria. Ele não se importava se estava sendo rude. Estava cansado dessas mulheres não entenderem como funciona uma noite. Era para ser transar, sair e seguir com a vida, e não do jeito que essas mulheres estavam levando.
"Mas por que você está sendo rude? Achei que tivemos uma ótima noite ontem?" A mulher perguntou, confusa.
"Exatamente, ontem à noite. E era para ser só isso! Ouça, seja qual for o seu nome. É hora de você ir embora ou eu vou chamar a segurança." Lucas afirmou.
"É Amanda, seu bastardo!" A mulher disse e jogou uma tigela em Lucas, que conseguiu desviar.
Lucas não podia mais tolerar a mulher e então ligou para a segurança para vir ao seu apartamento.
"Não precisa chamar a segurança. Eu vou embora sozinha, mas esta não será a última vez que você ouvirá falar de mim, bastardo! Você é ainda pior do que os tabloides dizem." A mulher disse e saiu correndo da cozinha.
Lucas a seguiu porque tinha medo de que ela pudesse roubar algo do seu quarto. Já aconteceu antes.
A mulher vestiu suas roupas e saiu. Mas, antes de sair da casa, ela quebrou intencionalmente o jarro caro e personalizado que foi feito especialmente para ele por Hhin Lee Chin, o melhor ceramista do mundo, da Coreia do Sul.
"Mulheres! Criaturas loucas!" Lucas murmurou. Ele pegou seu telefone e ligou para Marcus. Marcus é um dos associados de negócios de Lucas que administra uma agência de acompanhantes. Lucas geralmente consegue suas noites e encontros através da agência de Marcus. Ele só confia na agência de Marcus porque as mulheres assinam um acordo de confidencialidade e também passam por uma série de testes para garantir que estão limpas.
"Lucas, meu amigo! Por que está me ligando tão cedo? Deixe-me adivinhar, sua noite deu errado, certo?" Marcus disse em um tom de zombaria assim que atendeu a ligação.
"Isso não é brincadeira. Pare de me arranjar garotas malucas!" Lucas lamentou.
"Claro, afinal, você é um dos meus consumidores mais fiéis!" Marcus respondeu.
"Ótimo. Nos vemos mais tarde! Tenho que me preparar para o trabalho." Lucas disse e se despediu de Marcus.