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Capítulo 3

Cinco anos se passaram desde que Skyler foi levada para a unidade do bandido. Foi uma vida cheia de miséria e sofrimento, sem esperança de escapar do lugar que se tornou sua prisão.

Mas em um dia fatídico, a notícia da morte de sua mãe chegou até ela. Seu coração afundou ao ouvir a notícia e uma onda de tristeza tomou conta dela.

Sua mãe, Dahlia Hunter, era sua única família, sua única fonte de amor e conforto. E agora, ela se foi, deixando Skyler sozinha no mundo. Embora Skyler tivesse seu pai, madrasta e meia-irmã, todos eles não se importavam com ela, então ela estava sozinha — muitas vezes ela se considerava órfã.

Enquanto ela estava sentada em sua cela escura, as lembranças de sua mãe inundaram sua mente. Ela se lembrou dos abraços calorosos, das palavras amorosas e dos pequenos momentos que eles compartilharam. Mas então, ela também se lembrou do dia em que sua mãe entrou em coma.

Skyler voltou para casa depois de fazer uma tarefa para sua mãe naquele dia e a viu rolando no chão enquanto reclamava de dor de estômago. Willow Hunter, que na época era amiga de sua mãe, estava com ela, mas ela ficou lá e viu Dahlia rolar no chão com dor. Skyler ficou furiosa, mas ela apenas se concentrou em sua mãe e tentou levá-la ao hospital assim que pôde.

Mas quando chegou ao hospital com a mãe, Dahlia ficou inconsciente e o médico da matilha informou a Skyler que Dahlia havia sido envenenada. O mundo de Skyler desmoronou naquele dia. Ela tinha uma ideia de quem poderia ter envenenado sua mãe, mas não podia fazer nada a respeito porque não tinha provas e ninguém acreditaria nela. Skyler desistiu, mas ela fez uma anotação mental para vingar a morte de sua mãe quando chegou a hora certa.

Ao pensar na notícia da morte de sua mãe, a dor de cabeça de Skyler se transformou em outra coisa. Ela percebeu isso. A morte de sua mãe também a libertou das garras de Caleb. Ele não podia mais ameaçá-la com a vida de sua mãe, e ela finalmente estava livre para fazer o que quisesse sem o medo constante de perder a mãe. O pensamento a encheu de uma sensação de alívio e felicidade que ela não sentia há anos.

Skyler sabia que ela tinha que escapar da unidade do bandido. Ela teve que deixar o lugar que a atormentou por tanto tempo e começar uma nova vida em outro lugar.

Enquanto estava deitada em sua cama dura, olhando para o teto, Skyler sentiu uma sensação de propósito. Pela primeira vez em anos, ela tinha um objetivo, um motivo para continuar lutando. Ela fechou os olhos, imaginando uma vida fora dos muros da unidade do rouge, e sabia que faria de tudo para que isso acontecesse.

Skyler passou semanas planejando e planejando sua fuga da unidade do bandido e, finalmente, com a ajuda de sua amiga enfermeira Dora e de alguns outros amigos desonestos que ela havia feito, seu plano foi colocado em prática. Eles haviam planejado cuidadosamente cada detalhe e cada etapa do processo. Foi uma jogada arriscada, mas ela conseguiria escapar despercebida e deixar para trás o lugar que havia sido sua prisão por tanto tempo.

Finalmente, chegou o dia — o dia da fuga de Skyler.

A noite de sua fuga foi sem lua, a cobertura perfeita para o plano deles. Eles haviam subornado um guarda para olhar para o outro lado enquanto se dirigiam às paredes externas da unidade. O coração de Skyler estava batendo forte em seu peito quando eles se aproximaram da parede. Mas com muita facilidade, suas amigas a ajudaram a derrubar o muro e entrar na floresta escura do outro lado.

Skyler correu o mais rápido que pôde, com o coração acelerado de adrenalina. Ela nunca se sentiu tão viva, tão livre. Ela olhou para trás, para a unidade do malandro, desaparecendo à distância, e sussurrou: “Finalmente estou livre”.

Quando estavam longe o suficiente da unidade, Skyler e suas amigas pararam para recuperar o fôlego. Eles riram e se abraçaram, aliviados por terem saído vivos. Skyler se virou para sua amiga enfermeira, com lágrimas escorrendo pelo rosto. “Obrigada, muito obrigada por me ajudar”, disse ela, com a voz cheia de emoção.

“Claro, Skyler. Eu não podia deixar você sofrer lá por mais tempo. Afinal, você não é selvagem, você acabou de ser incriminado.” Sua amiga respondeu, sorrindo calorosamente.

Eles viajaram por dias, indo de um lugar para outro, sempre olhando por cima dos ombros, com medo de que a matilha ShadowClaws os encontrasse. Mas, finalmente, eles chegaram ao Grand Hall, um grande prédio nos arredores de uma pequena cidade. Eles ouviram dizer que a dona, a Sra. Lana, era gentil e compreensiva e ajudaria qualquer pessoa que precisasse.

Skyler se aproximou da Sra. Lana, esperando que ela estivesse disposta a lhe dar abrigo. “Desculpe-me, senhora. Eu queria saber se você tem algum trabalho que eu possa fazer? Preciso ganhar algum dinheiro”, disse ela, com a voz tímida.

A Sra. Lana olhou para ela, com os olhos cheios de compaixão. “Claro, minha querida. Eu sempre preciso de ajuda extra por aqui. Venha comigo e eu vou te mostrar o que você pode fazer”, disse ela, levando Skyler até a parte de trás do prédio.

Skyler trabalhou duro, limpando, cozinhando e fazendo todas as tarefas necessárias. Ela ficou grata pela oportunidade de ganhar algum dinheiro, e a Sra. Lana foi gentil e compreensiva. Ela até deixou Skyler dormir em um dos quartos vagos, desde que o mantivesse limpo.

À medida que os dias se transformavam em semanas, Skyler começou a economizar dinheiro suficiente para deixar o pacote ShadowClaws. Ela tinha ouvido rumores de uma matilha que recebia bandidos e forasteiros e estava determinada a encontrá-la.

Skyler trabalhava para a Sra. Lana há cerca de duas semanas e, em um dia fatídico, enquanto limpava a cozinha, de repente ela ouviu uma voz que conhecia muito bem.

“Skyler?” Sage, sua meia-irmã, estava na porta, com os olhos cheios de lágrimas. “Meu Deus, Skyler, não acredito que é você! Estou tão preocupada com você.”

Skyler congelou, seu coração batendo violentamente em seu peito. Ela não via Sage desde o dia em que foi enviada para a unidade de bandidos e não tinha certeza de como se sentia ao vê-la agora. Ela conhecia Sage muito bem — a garota era mestre em fazer uma falsa demonstração de preocupação, apenas para usá-la em seu benefício mais tarde.

“Sage”, disse ela friamente, “o que você está fazendo aqui?”

“Oh, Sky, ouvi dizer que você escapou da unidade de criminosos e estou muito preocupada com você”, disse Sage, com a voz trêmula. “Eu queria ter certeza de que você estava bem.”

Skyler olhou para sua meia-irmã com ceticismo, imaginando quais eram seus verdadeiros motivos. Sage nunca foi particularmente gentil com ela e não sabia por que mudaria de ideia repentinamente. Ela levantou uma sobrancelha, sem se convencer. “E o que, exatamente, faz você pensar que eu não estou bem?”

Sage hesitou por um momento e depois disse: “Bem, com tudo o que aconteceu... pensei que talvez você estivesse se sentindo infeliz e sozinho”.

Skyler bufou. “Que diabos?!! Você é uma das pessoas que fez da minha vida um inferno, Sage. Você e sua mãe. Portanto, não tente agir como se você se importasse comigo.”

“Como você foi capaz de me reconhecer?” Skyler perguntou enquanto ela estava imóvel, olhando para Sage com uma mistura de descrença e curiosidade. Seu rosto desfigurado estava confuso e ela se esforçou para entender como Sage podia reconhecê-la, apesar das cicatrizes que agora manchavam seu rosto outrora lindo.

“Não consigo esquecer um rosto como o seu”, disse Sage e se aproximou de Sky. “Ouça, eu sei que este é um momento difícil para você, mas prometo que vou ajudá-lo a superar isso.”

Skyler sentiu um vislumbre de esperança com as palavras de Sage. Talvez as coisas não estivessem tão ruins, afinal. Mas então Sage falou novamente e a esperança foi destruída.

“É claro que tenho boas notícias que podem animá-lo”, disse Sage, com a voz cheia de sarcasmo. “Agora estou namorando Caleb. Vamos nos acasalar. Na verdade, estamos planejando nossa cerimônia de acasalamento na próxima semana.”

O coração de Skyler afundou e ela sentiu uma onda de raiva crescer dentro dela. “Do que diabos você está falando, Sage? Você sabe o quanto Caleb significava para mim. Como você pôde fazer isso comigo?”

Sage deu de ombros. “Oh, vá lá, Sky. Você sabe que eu sempre tive uma queda por Caleb. E já que você está livre agora, você deve começar a procurar seu próprio companheiro. Quem sabe, talvez você encontre alguém ainda melhor do que Caleb.”

Skyler sentiu que ia ficar doente. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Sua meia-irmã a estava traindo da pior maneira possível. “Não acredito em você”, disse ela, com a voz trêmula de raiva. “Você é uma cobra.”

Sage riu. “Ah, Sky. Não seja tão dramático. Não é como se Caleb fosse o amor da sua vida ou algo assim.”

Skyler se endireitou e empurrou Sage para longe dela. “Saia da minha frente. Não preciso da sua ajuda e não quero ver você nunca mais.”

Skyler abandonou Sage porque não aguentava mais. Ela sabia que as coisas só iam piorar. Sage não era do tipo que deixava as coisas correrem facilmente, e Skyler estava prestes a passar por uma jornada turbulenta. Ela só tinha que descobrir como sobreviver a isso.

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