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8_Perseguição por vingança

"O quê?!" A boca de Milana ficou aberta. "Impossível!" Era verdade que a irmã delas era uma bomba-relógio envolta em vestidos de princesa, mas certamente ela não tinha feito algo tão escandaloso.

Jade suspirou. "Mamãe vai nos matar."

"Ela vai me matar primeiro," disse Natalia, fraca. "E da maneira mais horrível."

"Não temos tempo a perder," disse Cyrus, descendo as escadas. "Precisamos encontrá-la imediatamente. Ao contrário do que todos vocês pensam, Amie é realmente forte, mas definitivamente não é páreo para um Bárbaro comum."

"Merda!" Natalia mordeu o lábio. "Raiden, eu tenho que ir. Por favor, amor."

Ele balançou a cabeça. "Eu também adoraria ir, mas não podemos. Temos uma última cerimônia a realizar, nosso reino depende disso, minha Rainha."

"Talia, fique," disse Milana. "Eu vou."

Cyrus assentiu. "Sim, eu vou com você. Nós dois vamos encontrá-la e trazê-la de volta em segurança, então não se preocupe."

Natalia choramingou, fechando os olhos. "Mamãe realmente vai nos matar se descobrir."

"Natalia!"

O som de saltos correndo chegou até eles e Veronica apareceu na porta principal do castelo, olhando para ela.

"Sim, Nicki," disse Natalia, pesarosa.

"Aqui!" Passando por seu irmão mais velho, Veronica desceu apressada até Natalia, estendendo as palmas das mãos à frente. "Podemos usar isso!"

Milana ofegou. "Oh, meu Deus, sim!"

"Eu quase esqueci," disse Natalia, olhando para a bússola mapeada nas mãos de Veronica. "O rastreador da Amie."

Cyrus fez uma careta. "Você... colocou um rastreador nela?"

Milana olhou para ele. "Não, o que é rastreado é a pedra de cura dela, não a Amie em si. É para o caso de ela perder, essa bússola dourada sempre apontará na direção dela."

"Aqui." Natalia entregou a bússola para Milana. "Lana, sério. Você tem que encontrá-la."

"Não se preocupe."

"E fique segura," acrescentou Raiden. Ele olhou para o irmão. "Vocês dois."

"Ah, relaxa," resmungou Cyrus, revirando os olhos. "Somos sangue-puro da realeza das espécies vampira e lobisomem. Você acha que alguns Bárbaros insignificantes são páreo para nós?"


A espada de Amie estava jogada no chão, confiscada nos primeiros minutos de batalha.

Assim que ele a segurou, sua força esmagadora a deixou completamente atordoada e seu segundo de choque foi suficiente para ele derrubá-la.

E foi o fim disso.

Ela estava gritando uma mistura de medo e raiva, amaldiçoando seu destino. Ela grunhiu, se debatendo alarmada. "O que você está fazendo, seu criminoso?! Eu vou te matar!"

"Você é incrivelmente teimosa," murmurou Thoran. "E barulhenta."

"Pare!" ela gritou. "Eu vou te assombrar até os confins da terra, seu monstro."

"Shhh," ele acalmou, olhando de perto para o rosto corado dela. "Fique quieta para mim. Não queremos que sua pele fique machucada, queremos, boneca?"

"Meu nome não é boneca!" ela cuspiu. Grunhindo, Amie tentou se soltar, mas não adiantava. As cordas estavam muito apertadas.

"Pronto," disse Thoran. "Isso deve segurá-la."

Olhando para ele com raiva, ela rangeu os dentes. "Covarde. É assim que você vence uma luta contra uma garota fraca? Amarrando-a a uma árvore?!"

Thoran deu um passo para trás, segurando as mãos atrás das costas enquanto a observava fazer birra. Ela era tão mimada. E também sem noção, considerando que tinha vindo até aqui para desafiá-lo.

Por que ele continuava poupando-a?

"Por que você não me solta?" Amie desafiou. "E me enfrenta como um homem!"

Uma gota inesperada de diversão tingiu seus olhos cinzentos, mas sua boca permaneceu em uma linha reta. "Eu não tenho tempo, nem paciência para lidar com as birras de uma garota mimada. Você vai ficar amarrada a essa árvore enquanto eu sigo com meus negócios." Dando um passo lento mais perto, ele lhe deu um olhar profundamente ameaçador. "Ser poupada duas vezes por mim... os deuses devem te favorecer. Não cometa esse erro tolo novamente."

Ela olhou para ele com raiva contida, seu estômago se revirando de pura vergonha. Ele nem sequer tentou lutar com ela! Ela era tão fácil assim? Não exalava um pingo de intimidação?

Isso era o fundo do poço, ser amarrada a uma árvore tornaria toda a experiência com esse criminoso ainda mais embaraçosa de contar. Ela tinha que se redimir.

Diante do silêncio dela, ele se endireitou e se virou para ir embora, mentalmente lavando as mãos dela.

"Qual é o seu nome?!" ela exigiu.

Parando, Thoran olhou por cima do ombro para ela.

"Me diga seu nome para que eu possa caçá-lo, não importa onde você fuja. A menos que esteja com medo, é claro."

Ela zombou dele e, piscando cansado, ele caminhou até ela. "Medo? Você alguma vez pensa nas suas palavras ou apenas combina letras e as cospe como arrotos?"

As bochechas dela arderam com as palavras ofensivas. Arrotos?! E como ele a insultava com tanta facilidade, seu tom calmo tornava as palavras ainda mais irritantes. "Apenas... me diga seu nome! Steel o quê? Steel quem?"

Ela era incrivelmente persistente. Ele não tinha tempo para apaziguar sua indignação petulante, nem precisava. Ainda assim, Thoran se viu dando um passo mais perto. Havia algo estranhamente satisfatório na frustração dela, ele se pegou querendo provocá-la ainda mais.

"Você tem um colarinho chique, não é?" Seus olhos desceram para a pedra que repousava contra o peito dela.

Os olhos de Amie se arregalaram, seu rosto ficou um pouco pálido. Isso não estava certo. A atenção dele não deveria ir para o colar dela, isso era muito perigoso para ela. "É... é vidro. Não é uma joia de verdade."

Depois de passar vários anos adquirindo gemas, Thoran sabia reconhecer uma joia verdadeira quando via uma, e aquela, ao redor do pescoço dela, era uma joia inestimável de verdade.

"É mesmo?"

Endurecendo, ela tentou parecer indiferente. Não durou, especialmente quando ele levantou a mão e alcançou o colar.

"Espere!"

Ele tocou a pedra com a ponta dos dedos e parou ali, levantando o olhar para o dela. Seu rosto estava próximo, a escuridão estranhamente atraente em seus olhos quase a atraindo e afogando. "Espere?"

Ela engoliu em seco, seu coração acelerando com o pensamento horrível de perder sua pedra de cura. "Você não pode levar meu colar. Mesmo para um Bárbaro, você não pode ser tão mesquinho e sem coração."

Ele levantou uma sobrancelha. Ela achava que a maneira de chegar até ele era insultando-o? Que estranho. "Eu não ia levá-lo. Mas sua boquinha mimada e audaciosa me dá vontade de te ensinar uma lição."

Ela desmoronou, os olhos mostrando todo o desespero crescendo dentro dela. "Ei, espere. Deixe o colar, uma joia não vai te deixar mais rico. Eu preciso desse colar."

"Da sua mãe morta?" ele perguntou secamente. "Última coisa que você tem dela?"

O rosto dela se contorceu com uma expressão rápida de surpresa. "O quê? Não, minha mãe não está morta! Esta pedra, ela... ela me mantém segura. Ela me dá força. Não toque nela."

A informação interessante o fez franzir a testa com leve surpresa, seus olhos voltando para a pedra no peito dela. "Uma pedra mágica? Quem foi a bruxa que a fez?"

"Não foi uma bruxa, foi um feiticeiro e ele é o atual Rei de Cassius, mas isso não é o ponto! Apenas não toque nela!"

Seus olhos escureceram de irritação, subindo para encontrar os dela. "Não gosto dos seus modos ou da maneira como você pede."

"Eu não gostei dos seus modos quando você invadiu meu castelo, então aqui estamos."

Sua língua era afiada, sempre pronta para retaliar. Isso o frustrava e intrigava ao mesmo tempo. Que mulher estranha ele tinha se envolvido. "Entendo. Então, vou seguir meu caminho com seu colarinho."

Ele arrancou o colar do pescoço dela, quebrando o cordão.

Amie ofegou, estremecendo de medo. "N-não! Coloque de volta!"

"Eu não o levei."

Com respirações trêmulas, ela olhou para baixo e percebeu que ele segurava a pedra contra sua pele, segurando-a com um único dedo contra a superfície brilhante.

"Isso pode mudar dependendo do seu comportamento."

Engolindo em seco, ela fechou os olhos para focar cada grama de seu poder em controlar seu temperamento. "Por favor. Não leve."

Mesmo com o pedido educado, ele podia ver que ela tremia de raiva contida. A audácia dela. Quando ele estava sendo fácil com ela também. Isso não era nada comparado ao que ela merecia por vir aqui e perturbá-lo assim. Que ousadia estúpida, especialmente com sua fraqueza pendurada no pescoço para qualquer um pegar.

"Agora..." Lentamente, ele arrastou a parte metálica lisa da joia contra a pele dela, abaixando-a até que ficasse na borda de sua roupa, sustentada apenas pelo ângulo do peito dela e uma fina borda de tecido. "Vou deixar isso bem aqui."

Ele levantou o dedo e Amie automaticamente ficou rígida, mantendo o peito ereto.

Como se estivesse satisfeito por ela ter entendido, seus olhos se iluminaram com aprovação. "Muito bem. Você pode não ter muita força física, mas seu corpo feminino certamente não é uma decepção. Espero que seus seios segurem essa joia."

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