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Capítulo 3: Provocação

No final, eles foram ao restaurante que Steven havia escolhido e reservaram uma sala privada.

Era a primeira vez de Mônica ali. O exterior do restaurante era sem graça, mas por dentro, era como entrar em um paraíso escondido.

O prédio estava oculto em um jardim paisagístico de estilo chinês, tranquilo e pacífico. Atravessando a chuva, parecia uma visita a uma utopia de outro mundo.

O interior da sala privada era elegantemente decorado, com vasos de plantas exuberantes e uma vista do jardim lá fora. Era fresco e tranquilo, acalmando o humor de qualquer um.

O garçom, vestido com uma túnica tradicional chinesa, servia os pratos silenciosamente.

Mônica deu uma mordida e achou que o sabor combinava bem com seu paladar. Ela não pôde deixar de perguntar: "Onde você encontrou este lugar? Nunca ouvi falar de um restaurante tão delicioso antes."

"Um amigo de um amigo é o dono. É um restaurante privado. Já estive aqui algumas vezes," respondeu Steven.

Usando um par de luvas, Steven descascava os camarões ao lado e os colocava na tigela de Mônica, assustando-a. Ela olhou para ele desconfiada e perguntou: "Você está bem?"

"Não vai comer?" Ele estendeu a mão. "Então devolva para mim."

"Claro que vou comer!" Mônica não entendia seu comportamento inexplicável, mas como uma jovem dama, sempre era agradável ser servida pelos outros. Então, ela pegou o camarão e deu uma mordida.

Quando levantou o olhar, pegou o sorriso de Steven que parecia ter muitos significados.

"O que foi?" ela perguntou.

Ele não poderia ter envenenado, certo?

"Nada." Ele calmamente tirou as luvas. "Só me lembrei de algo que alguém disse esta tarde, que não morreria antes mesmo de... comer minha comida."

"Comer minha refeição."

Mônica: ...

Não é à toa que Steven parecia tão simpático quando a convidou para jantar. Ele estava esperando ela chegar aqui.

Ela rangeu os dentes: "Você realmente é..."

"Mesquinho, vingativo e de mente estreita." Steven respondeu por ela, palavras que ela havia dito inúmeras vezes antes, olhando para ela calmamente. "Mais alguma coisa?"

As falas usuais de Mônica foram todas tomadas por ele, e ela o encarou. "Você tem bastante autoconhecimento."

Já que ela já havia sido humilhada, engoliu o camarão e decidiu tomar as rédeas: "Ainda quero comer mais camarão, então você pode continuar descascando."

"Sra. Perez, trabalho contratado requer compensação."

Lá vem ele de novo. Mônica pensou.

Mônica estava genuinamente curiosa: "Quando você tiver uma namorada no futuro, também será tão claro com ela?"

Ele permaneceu calmo: "Quando eu tiver uma, você pode perguntar a ela."

Coincidentemente, um garçom entrou com um novo prato, e Steven se virou e colocou um novo par de luvas descartáveis.

"Esquece." Ela resmungou, "Com alguém como você, não vai encontrar uma namorada."

Depois de terminar o jantar, Steven levou Mônica para casa.

A chuva ficou cada vez mais forte no caminho, e os limpadores de para-brisa trabalhavam freneticamente, mas não conseguiam deixar a visão clara.

Havia inundações severas em algumas partes da estrada, até exigindo desvios. Mônica dirigia, Steven dirigia, e os dois lutaram por um tempo antes de finalmente trazerem o carro de volta para a vila da família Perez, no meio da montanha.

A babá, Bella, estava esperando na entrada desde cedo, e o cachorro amado de Mônica, Chocolate, estava deitado ao lado dela. Quando Chocolate viu Mônica saindo do carro, ele abanou o rabo entusiasmadamente e pulou.

Bella deu um passo à frente: "Sr. Wright, obrigado por trazer Mônica de volta nesta chuva forte. Entre e tome uma xícara de chá quente."

"Obrigado, mas está um pouco tarde. Tenho que trabalhar amanhã de manhã, então não vou ficar."

Assim que ele terminou de falar, um trovão alto ressoou à distância, e a chuva ficou ainda mais intensa.

"Está chovendo muito lá fora, e a estrada para descer a montanha deve estar difícil de dirigir. As notícias também relataram inundações severas na estrada. Sr. Wright, por que não fica aqui esta noite?" O tom de Bella era preocupado.

"Temos quartos de hóspedes em casa, e todos os suprimentos são novos. Eric tem muitas roupas que não usou, e seus tamanhos são semelhantes. É só escolher algo para vestir."

Mônica estava ajoelhada no chão acariciando Chocolate, e ela olhou para cima: "Meu irmão não voltou?"

"Não. Está chovendo muito hoje, e Eric disse que é inconveniente dirigir, então ele está ficando na Floating Light Manor."

Desde que a Sra. Perez entregou a família Perez para Eric três anos atrás e foi para a Europa com o Sr. Perez, supostamente para supervisionar a divisão europeia, mas na verdade para viajar pelo mundo, eles raramente voltavam para casa.

A grande vila agora era ocupada apenas por eles e seus irmãos, cuidada por Bella. Bella trabalhava para a família Perez desde antes de Eric nascer, e era tratada como família, daí o apelido carinhoso.

Mônica acariciava o pelo branco como neve do Samoieda e se lembrava da volta de carro mais cedo.

Mônica disse a Steven: "Fique aqui. Está chovendo muito lá fora, e não é seguro voltar." Apesar de sua antipatia por Steven, segurança não é algo para brincar.

Vendo que a chuva não pararia tão cedo, Steven não teve escolha a não ser concordar. Bella o levou para o quarto de hóspedes, enquanto Mônica se encostava na porta, ocasionalmente fazendo comentários sarcásticos.

"Bella, ele não é tão delicado assim. Ele realmente precisa mudar os aromas?"

"O sono é importante, especialmente para o Sr. Wright, que trabalha duro. Ele precisa descansar," enfatizou Bella, virando-se para Steven.

"Podemos usar o do quarto da Mônica? Mônica disse que é bom para dormir." Steven ficou educadamente de lado e disse, "Estou bem com qualquer coisa. Obrigado pelo trabalho."

Mônica bufou, "Se você não conseguir dormir bem na cama, não culpe meus aromas."

"Está tudo bem," respondeu Steven, "não sou tão delicado. Posso dormir sem aromas." Ela foi pega de surpresa novamente e o olhou ressentida antes de se virar e sair.

Mônica voltou para o quarto, tomou um banho e desceu de camisola para se servir de água. Bella estava na cozinha lavando frutas e entregou algumas para Mônica, dizendo,

"Você pode comer essas primeiro. Vou lavar um prato para o Sr. Wright depois." Mônica pegou uma uva, descascou e jogou na boca, murmurando de forma incompreensível, "Por que ser tão boa com ele? Ele não é uma boa pessoa."

Bella respondeu, "Ele especialmente trouxe você de volta hoje, apesar do tempo. Você deveria mostrar um pouco de gratidão."

Mônica ficou em silêncio. Os movimentos de Bella gradualmente desaceleraram, e ela deliberadamente disse, "Mônica, o Sr. Wright é realmente muito gentil. Pare de brigar com ele o tempo todo."

"Bella, você não entende. Se passar mais tempo com ele, vai ver. Ele é uma má pessoa; só age bem na frente de vocês." Bella balançou a cabeça e suspirou.

Como ela não entenderia? A família Perez vivia no meio da montanha, o que levava mais de uma hora para ir do centro da cidade onde Steven morava.

Às vezes, quando Eric trabalhava até tarde, ele não se dava ao trabalho de voltar e ficava perto do escritório. Mas sempre que Mônica pedia, não importava a hora, Steven a levava pessoalmente para casa.

Se ele a tratasse apenas como irmã de um amigo, então sua paciência era um tanto excessiva. Bella terminou de lavar as frutas, e Mônica quase tinha terminado de comer. Bella pediu a Mônica para levar algumas para Steven quando subisse.

Embora relutante, Mônica fez o que lhe foi pedido e ficou na porta do quarto de hóspedes, batendo. A porta se abriu, e Steven parecia ter acabado de tomar banho.

Seu cabelo ainda estava úmido, e algumas mechas caíam sobre a testa. Seu olhar usualmente frio carregava inesperadamente um toque de suavidade.

"Não consigo entender por que Bella gosta tanto de você," Mônica murmurou, colocando os itens em seus braços.

"Essas são frutas preparadas para você." De repente, ela se lembrou de algo e parou Steven enquanto ele estava prestes a pegar os itens, revelando um sorriso travesso.

"Hoje, foi gentil da sua parte me trazer de volta e descascar os camarões para mim por tanto tempo. Para mostrar minha gratidão, deixe-me descascar uma uva para você."

Ela pegou uma uva, descascou a casca, se aproximou deliberadamente e viu que os olhos dele permaneciam completamente calmos e sua expressão inalterada. Ela continuou a testar seus limites.

Ele era alto, e Mônica teve que ficar na ponta dos pés para olhar nos olhos dele. Achando isso incômodo, ela diretamente envolveu a outra mão ao redor do pescoço dele, puxou-o para baixo e o forçou a dobrar a cintura, encontrando seu olhar.

Mônica era muito bonita, especialmente seus olhos, que eram claros e brilhantes. Quando ela se concentrava em olhar para alguém, seus olhos pareciam ondulações que uma chuva de primavera fazia no lago, fazendo cócegas nos corações, mas ela estava completamente alheia a isso.

Ela se aproximou lentamente, quase pressionando contra ele. A camisola de seda justa revelava as curvas de seu corpo gracioso, e seu perfume após o banho os atraía, lentamente se infiltrando em sua respiração.

Ela falou suavemente, suas palavras eram macias: "Meu sabonete cheira bem?"

Ele não disse nada, apenas a olhou com aqueles olhos negros.

Mônica ficou um pouco perplexa.

Inicialmente, ela só queria enojar Steven por um tempo e ver uma expressão de desgosto em seu rosto tipicamente calmo. Mas ela não esperava que chegasse tão perto dele sem que ele a afastasse.

Era como se ele quisesse ver que outros truques ela poderia realizar, o que resultou em ela agora estar presa em uma situação difícil.

Os dois pareciam estar envolvidos em um jogo, e quem vacilasse primeiro perderia.

Nessa atmosfera quase ambígua, ela trouxe a uva perto dos lábios dele e gentilmente os tocou com a ponta dos dedos ligeiramente curvados. "Abra."

Sua respiração era leve, e havia um leve rubor em seu rosto, com uma tensão quase imperceptível em sua expressão.

Steven a observava silenciosamente, seu olhar abaixado por um longo tempo, e seus lábios se moveram ligeiramente, como se estivesse prestes a morder a mão dela. Mônica ficou agradavelmente surpresa e imediatamente se afastou, colocando a uva na própria boca e mordendo-a.

Ela soltou a mão que estava ao redor dele e ergueu as sobrancelhas para ele com orgulho.

Ela havia vencido.

Ousando provocá-la no carro, ela tinha que revidar.

No entanto, o olhar de Steven parecia peculiar. Não parecia que ele estava se sentindo envergonhado ou com raiva, mas sim como uma tempestade prestes a explodir.

Nesse momento, o som dos passos de Bella na escada pôde ser ouvido.

Mônica rapidamente decidiu recuar e se virou para sair. No entanto, no segundo seguinte, seu pulso foi agarrado, e antes que pudesse fazer um som, ela foi subitamente puxada para dentro do quarto.

A porta foi fechada com um estrondo, fazendo com que o prato de frutas caísse no chão do corredor, criando uma bagunça com suco escorrendo por toda parte.

Capítulo 4: Beijo

Não era a primeira vez que os dois se beijavam, embora Mônica não admitisse o incidente anterior.

A primeira vez foi há dois anos, na véspera de Natal.

Um grupo de pessoas estava fazendo uma festa na vila, reunidos ao redor da árvore de Natal na sala de estar, bebendo e jogando. Mônica tirou a carta de desafio, que exigia que ela abraçasse alguém do sexo oposto por dez segundos.

Para ela, parecia fácil demais porque Eric estava presente.

Mas ela circulou pela sala de estar e não encontrou Eric. Em vez disso, viu Steven parado perto da janela francesa, fumando.

Ele estava olhando para baixo, perdido em pensamentos, e a luz da lua projetava uma longa sombra fria atrás dele.

Brilhando como pequenas estrelas, cintilando com uma luz tênue, como se estivessem prestes a se apagar.

Notando Mônica, ele apagou o cigarro e o jogou no cinzeiro, perguntando suavemente, "O que houve?"

Alguém atrás deles instigou Mônica a se apressar, dizendo que o tempo estava acabando e, se ela não conseguisse terminar, teria que beber mais um shot. No calor do momento, ela correu e abraçou Steven.

Ele parecia bastante surpreso, parando por um momento. Com todos os olhos sobre eles, Mônica temia que ele a empurrasse, então ela puxou as roupas dele por trás e o ameaçou em um tom feroz, "Não me empurre."

Como um pequeno gato mostrando os dentes e garras.

Steven abaixou a cabeça para olhar para ela, sem dizer uma palavra. Em meio aos assobios da multidão, ele a abraçou gentilmente.

"Seis, cinco, quatro..." Pessoas que gostavam de assistir a cena começaram a contagem regressiva. Mônica enterrou a cabeça no abraço de Steven, fingindo estar morta. Ela podia sentir a respiração fria dele em seu nariz, fazendo suas orelhas queimarem, e cada segundo parecia insuportavelmente longo.

Quando chegaram a um, Mônica tentou se soltar apressadamente, mas nesse momento, as luzes se apagaram como se fosse planejado. Em um instante, tudo ficou completamente escuro, com apenas a luz tênue da lua brilhando pela janela.

O pânico tomou conta da sala de estar, e ela não foi exceção. Na pressa, suas sandálias pisaram na barra de sua longa saia, e ela estava prestes a cair quando Steven estendeu a mão e a puxou de volta para seus braços.

Ela ainda tremia de medo e, instintivamente, virou a cabeça para agradecê-lo, apenas para descobrir que ele também estava se inclinando, seus lábios se roçando.

Um toque quente e suave...

Foi apenas um breve toque, mas enviou arrepios elétricos por todo o corpo dela, espalhando-se como um enxame de formigas.

Parecia que a respiração deles havia parado naquele momento.

Os olhos dele eram negros como breu enquanto a olhava, a luz da lua caindo sobre seus ombros, dando-lhes uma fina camada de prata.

A multidão ao redor da árvore de Natal explodiu em aplausos. Mônica se lembrou de que alguém havia planejado se confessar naquela noite, preparado uma surpresa, e concordado em usar a "contagem regressiva" como sinal.

Mas no calor do momento, todos esqueceram disso, e a pessoa que queria se confessar provavelmente ficou confusa com a contagem regressiva antecipada, mas ainda assim seguiu em frente com a confissão, apagando todas as luzes.

A sala de estar estava agitada, mas em um canto perto da janela, os dois permaneceram em silêncio, presos em seu olhar.

Mônica não se lembrava de quem iniciou. Talvez fosse a escuridão que lhes dava uma sensação de fuga da realidade, ou talvez fosse a atmosfera intensa combinada com o efeito do álcool nela. De qualquer forma, quando percebeu, já estava beijando Steven.

Um toque úmido e persistente.

Como o fluxo e refluxo das ondas, batendo contra a costa em ritmo com suas respirações, gradualmente se infiltrando até ficarem completamente saturados. Os grãos de areia secos estavam cheios com o cheiro do oceano.

Mônica sentiu como se também estivesse imersa na presença dele.

Seus narizes se tocavam, suas respirações ligeiramente rápidas se misturavam, e seus lábios e línguas deslizavam e se entrelaçavam, acompanhados pelo som de beijos suaves como água que faziam seus rostos corarem de vergonha.

Ela estava tonta com o beijo, e com a respiração instável, soltou um som abafado, querendo se afastar, mas a parte de trás de sua cabeça foi firmemente segurada. Ele a segurou perto, pressionando seus lábios com mais força contra os dela.

Na escuridão, seus beijos molhados se entregavam silenciosamente um ao outro, seus suspiros e batimentos cardíacos se soltando sem restrição.

Então, pouco a pouco, isso corroeu a sanidade das pessoas e as arrastou para o abismo. As pessoas atrás finalmente terminaram sua algazarra, e alguém gritou para acender as luzes. Foi só então que Mônica voltou à realidade e o empurrou.

Ela sentiu que algo estava errado em sua mente. Depois de separar seus lábios, ela respirou suavemente e a primeira coisa que disse foi uma reclamação, "Eu odeio o cheiro de fumaça."

Steven ficou surpreso, mas então sorriu e beliscou sua bochecha. "Tudo bem."

A partir de então, Mônica nunca mais o viu fumando na frente dela.

No entanto, a ambiguidade terminou ali. Mônica voltou para o quarto e tirou uma soneca, ressurgindo com toda a vitalidade no dia seguinte.

Não havia vestígios do estado nebuloso de meio sonho da noite anterior. Quando encontrou Steven novamente, seus olhares se entrelaçaram silenciosamente, e eles ficaram em silêncio por um tempo antes de Mônica quebrar o silêncio, "Onde está meu irmão?"

Steven respondeu calmamente, "Ele desceu primeiro."

"Ele não me esperou!" Ela se virou e correu escada abaixo sem olhar para trás.

Um fingia estar desentendido, e o outro fingia estar desentendido com ela. Eles tacitamente deixaram aquela noite de lado e continuaram sendo adversários acirrados um do outro.

Era normal para adultos solteiros ocasionalmente se envolverem em confusões românticas, e Mônica pensou que aquilo foi um acidente e um erro. Ela acreditava que Steven devia pensar o mesmo.

No quarto de Steven... O doce sabor das uvas preenchia seus lábios enquanto gradualmente pressionava-se nas profundezas de sua boca através da ação de lamber. A uva que Steven não comeu antes agora era saboreada de uma maneira diferente.

Mônica estava pressionada contra a porta, sua respiração ficando irregular, forçada a inclinar a cabeça para trás e beijá-lo. Atrás dela estava o painel duro da porta, e na frente dela estava o peito robusto dele.

Ela não podia evitar e tentou empurrá-lo, mas ele agarrou seu pulso e o levantou acima da cabeça, segurando-o firmemente.

Por causa dessa ação, ela teve que endireitar o corpo, e a curva envolta em seda macia a enviou diretamente para os braços dele. Ele se inclinou, pressionando-se mais perto dela, suas peles se esfregando através das roupas, acendendo um prazer intenso que queimava nos ossos, criando uma coceira insuportável.

"Wright..." ela lutou para respirar e falar, mas foi inútil. Seus lábios e línguas foram invadidos sem cerimônia, o ímpeto dele avassalador como uma maré, como se quisesse engoli-la completamente.

Nesse momento, as batidas de Bella na porta vieram do lado de fora, "Sr. Wright?"

Assustada, Mônica de repente saiu de seu estado de sonho e mordeu o lábio dele com força. Steven franziu a testa e finalmente recuou, seus lábios finos brilhando com a umidade que destacava a intensidade do beijo.

Ele a olhou por um momento, então estendeu a mão para segurar sua cintura, guiando-a para o lado. Com a outra mão, ele abriu a porta, expondo-se parcialmente ao mundo exterior, "Bella, o que houve?"

"Ouvi um barulho e vi as frutas derramadas no chão, então vim perguntar o que aconteceu."

Steven olhou para as frutas espalhadas, "Desculpe, não segurei direito e acabei derrubando."

"Está bem, eu trago outro prato mais tarde."

"Não precisa, está ficando tarde. Bella, você também deveria descansar cedo."

Bella hesitou em falar, "Sr. Wright, a Mônica..."

Ao ouvir seu nome, Mônica pensou que seria descoberta e seus dedos apertaram a borda das roupas de Steven.

Steven abaixou e segurou seus dedos, ainda olhando para fora da porta. "Hmm?"

"...A Mônica tem um coração puro e foi bem protegida pela família desde pequena. Ela pode ser um pouco mimada e às vezes seu tom pode ser duro, mas ela tem uma boa índole. E, se ela realmente não gosta de alguém, ela não diz uma palavra para essa pessoa."

Steven disse calmamente, "Eu sei, obrigado, Bella."

Fechando a porta, ele se virou para olhar para ela. Justo quando Mônica estava prestes a explodir, ela viu sangue lentamente escorrendo dos lábios dele, tornando impossível ignorar.

Steven notou seu olhar em seus lábios e limpou o ponto dolorido com a mão, deixando uma marca de sangue em seus dedos.

"Bem feito," ela mordeu o lábio, culpada, "Quem mandou você me beijar de repente?"

Ele permaneceu calmo, "Você não me provocou primeiro?"

Mônica sabia que estava errada, mas se recusava a admitir a derrota, "Isso não significa que você pode colocar a mão em mim."

Só o governante pode acender um fogo, enquanto o povo comum não pode acender uma vela. De fato, esse era o estilo usual da Srta. Mônica.

Steven estalou os dedos cobertos de sangue e não se importou, "Eu ouso fazer coisas ainda mais ultrajantes, quer tentar?"

A chuva caía lá fora, acompanhada por trovões ocasionais, rasgando um canto do céu noturno.

Mônica sentiu um olhar pesado daqueles olhos negros e de repente se sentiu como a presa sendo visada.

Instintivamente, ela deu um passo para trás, sua coluna pressionada contra o painel sólido da porta. Parecia que ela havia agarrado uma tábua de salvação em um riacho turbulento. Ela imediatamente se virou, abriu a porta e correu para fora, deixando-o com uma declaração trêmula, "Você ousa!"

A porta lentamente voltou com seu movimento vigoroso e fechou com um "clique" na frente dele.

Steven tocou seus lábios novamente e sorriu silenciosamente.

Mônica correu de volta para o quarto e ficou deitada na cama por um longo tempo. Seu coração ainda batia forte. Sua mente estava cheia daquele beijo de agora há pouco, e por mais que se revirasse, não conseguia dormir.

Sempre que fechava os olhos, via o rosto de Steven tão perto, e parecia que seus lábios ainda tinham as marcas da mordida, fazendo-a sentir-se entorpecida até agora.

"Tão irritante, tão irritante!" ela murmurou frustrada, enterrando a cabeça no travesseiro, "Não consigo dormir, é tudo culpa sua, Steven!" ela disse furiosa.

Capítulo 5: Eric

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