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Capítulo 2 Vamos nos divorciar

Como de costume, ele estava bastante indiferente.

Henry: [Ainda estou em Harmony City. Se precisar de algo, entre em contato com Celeste Johnson.]

Grace ligou novamente, e desta vez Henry atendeu. Ela começou rapidamente, "Henry, é sobre meu pai..."

Henry a interrompeu, soando um pouco impaciente. "É sobre dinheiro de novo? Já te disse, se precisar de ajuda financeira, fale com a Celeste."

Grace olhou para a tela da TV, seu rosto inexpressivo enquanto o noticiário passava. [Henry, o presidente do Grupo Farmacêutico Montague reservou um parque de diversões inteiro para fogos de artifício para fazer uma mulher sorrir.]

Sob os deslumbrantes fogos de artifício, uma jovem sentada em uma cadeira de rodas sorria docemente, enquanto Henry estava atrás dela, segurando um telefone e falando com Grace.

Grace suspirou e, após uma longa pausa, perguntou com a voz trêmula, "Henry, onde você está?"

Henry fez uma pausa, claramente irritado com a pergunta, e respondeu secamente, "Ainda estou ocupado. Se não for nada urgente, vou desligar. Se precisar de algo, fale com a Celeste."

Desconhecendo o tom quase choroso e a mágoa de Grace, Henry olhou para a mulher ao seu lado com um olhar surpreendentemente gentil.

A visão de Grace ficou turva. Então, Henry podia ser tão gentil. Só não com ela.

Atrás dela, a voz de sua madrasta Clara surgiu. "Você conseguiu falar com o Henry? Grace, você precisa pedir ajuda ao Henry."

As palavras de Clara pararam porque ela também viu a cena na tela da TV.

Depois de um momento de silêncio, Clara encontrou sua voz novamente. "Ele foi para Harmony City de novo? Grace, pense bem. Quando Henry estava em coma, supostamente Elodie Williams o acordou tocando violino. Mas quem pode confirmar que era realmente ela tocando e não outra pessoa? E mesmo que fosse verdade, como esposa dele, por que ele te trata assim?"

Clara ficou mais agitada enquanto falava, e pensando na situação da família Windsor, não pôde evitar derramar lágrimas. "Mas Grace, estamos em uma situação muito difícil agora. Não importa o quanto você esteja magoada, espero que possa suportar."

Grace cerrou os punhos, suas unhas cravando na carne, mas ela não sentiu a dor.

Divorciar-se de Henry?

Grace não faria isso, não porque ela, como Sra. Montague, não se importasse, mas porque ela não se sentia no direito de fazê-lo.

Uma esposa não amada sempre sentia que sua existência tinha pouco significado!

Grace olhou para os fogos de artifício no céu e comentou suavemente, "Uma exibição tão grandiosa deve ter custado uma fortuna!"

Clara não entendeu a implicação por trás das palavras de Grace. Grace abaixou os olhos e começou a discar o número de Celeste.

Ligar tarde da noite era indelicado, mas ela não tinha escolha porque seu pai não podia esperar tanto.

Tendo estado ao lado de Henry por um tempo considerável, Celeste tinha um status elevado. Ciente da indiferença de Henry em relação a Grace, ela respondeu ao pedido de Grace com frieza e agressividade.

"Sra. Montague, você precisa fazer uma solicitação primeiro e obter a assinatura do Sr. Montague para conseguir o dinheiro."

"Assim como as joias que você está usando, elas precisam ser registradas antes que você possa usá-las. Sra. Montague, você entende o que quero dizer?" acrescentou Celeste.

Grace desligou o telefone, com a cabeça abaixada em silêncio. Depois de um momento, ela levantou o olhar para a aliança de casamento adornando seu dedo.

Essa era a única coisa nela que não precisava da aprovação de Henry ou do registro de Celeste. Quão patético era ser a Sra. Montague!

Grace piscou, atordoada, e disse suavemente, "Me ajude a vender a aliança de casamento."

Clara ficou atônita. "Grace, você está louca?"

Grace se virou lentamente no salão desolado, os ecos de seus passos ressoando com solidão na noite tardia. Após alguns passos, ela parou e falou suavemente, mas com firmeza, "Clara, eu não estou louca. Minha mente está cristalina! Nunca estive tão lúcida."

Ela contemplou se divorciar de Henry, já que o casamento era muito injusto para ela.

Além disso, durante o coma de Henry, ele foi despertado pelo violino de Elodie. Grace não conseguia se livrar da sensação de que havia uma camada mais profunda nesse evento. O momento em que Elodie acordou Henry com o violino parecia muito coincidente, e inúmeros detalhes simplesmente não se alinhavam.

No entanto, Grace não entendia por que Henry adorava tanto Elodie. Era porque ele realmente amava Elodie?

Ela não sabia o que Henry pensaria se descobrisse que não foi Elodie quem o salvou naquela época.

Mas nada disso importava para ela. Ela queria o divórcio e se libertar desse casamento sem amor.

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