




Capítulo 6
Kelvin respondeu rapidamente: "Claro!"
Ela soltou um grande suspiro de alívio.
Dormir ao ar livre era muito melhor do que se esconder debaixo da cama de Kelvin!
Vê-la relaxar só deixou Kelvin ainda mais irritado.
"Venha para o escritório comigo," ele rosnou, "Não pense que pode simplesmente ficar de boa em casa!"
Penelope assentiu. "Sim."
Depois do café da manhã, Kelvin entrou em seu Rolls-Royce e partiu.
Penelope começou sua caminhada até o Grupo Davis.
Quando ela chegou lá, já passava das dez. A área fora do escritório do CEO estava agitada, mas estranhamente silenciosa.
"Ryan," Penelope sussurrou, "Tem algo que eu possa ajudar?"
Se Kelvin descobrisse que ela estava enrolando, ele ia surtar. Ela achou melhor encontrar algo para fazer.
Em toda a empresa, apenas Ryan sabia quem ela realmente era.
"O Sr. Davis ainda não deu nenhuma ordem," Ryan disse, olhando para o escritório, "Ele está super irritado hoje. Já deu bronca em três diretores. Acho que ele não dormiu bem. Talvez você possa pegar um café preto para ele?"
Penelope assentiu. "Ok."
Quando Penelope voltou ao Grupo Davis com o café, ela passou por uma farmácia.
O balconista estava atrás do balcão, e o leve cheiro de remédios lhe deu uma ideia.
"Oi," Penelope disse no balcão. "Posso pegar algumas ervas?"
O balconista assentiu. "Um momento."
Dez minutos depois, Penelope estava de volta ao escritório do CEO.
Ela bateu na porta, e a voz irritada de Kelvin veio de dentro, "Entre!"
Lá dentro, dois executivos seniores estavam de pé, cabeças baixas, claramente tendo levado uma bronca.
Pedaços quebrados de uma xícara estavam espalhados no chão.
Penelope se agachou e começou a pegar os cacos silenciosamente.
"Esse é o plano de marketing que vocês fizeram em duas semanas?" Kelvin gritou, jogando os documentos por toda parte, "Vou dar mais cinco dias. Se não conseguirem, podem pedir demissão!"
Os dois executivos murmuraram, "Sim, Sr. Davis."
Kelvin se recostou na cadeira, esfregando as têmporas com força.
Quanto mais ele pensava, mais irritado ficava. Ele varreu tudo da mesa com um movimento da mão.
Assim que Penelope terminou de pegar os cacos, uma pasta pesada caiu de repente, acertando sua mão.
Um corte apareceu instantaneamente em sua palma.
Ouvindo o barulho, Kelvin saiu do transe e lembrou que Penelope tinha acabado de entrar.
Ele se levantou e a viu agachada no chão.
Penelope escondeu a mão machucada atrás das costas. "Eu trouxe café para você."
Kelvin franziu a testa.
Penelope então tirou um sachê de aromaterapia do bolso. "E isso."
"O que é isso?" Ele pegou, olhando com desdém. "É feio."
"Eu fiz esse sachê de aromaterapia com algumas ervas que ajudam a dormir e relaxar," Penelope explicou, "Você pode colocá-lo ao lado do travesseiro para uma boa noite de sono."
Kelvin jogou direto no lixo. "Inútil."
Para ele, Penelope estava zombando de sua insônia da noite anterior.
Ela estava mexendo com a cabeça dele, e isso não era legal!
Penelope suspirou. Era uma pena; Connor tinha lhe ensinado a fazer esse sachê de aromaterapia, e realmente funcionava.
Ela esperava que Kelvin pudesse dormir bem, para que seu humor melhorasse e todos não precisassem andar pisando em ovos.
"Você deveria tentar," ela disse, reunindo coragem, "É bom para o seu sono."
Kelvin gritou, "Saia!"
Depois que Penelope saiu, Kelvin notou algumas gotas de sangue fresco no carpete.
Ela estava machucada.
Seus olhos então se voltaram para o sachê de aromaterapia no lixo.
Depois de alguns segundos, Kelvin pegou o telefone. "Você já descobriu quem era a mulher daquela noite?"
Alguém do outro lado respondeu, "Ainda estamos..."
"Inúteis! Acelerem isso!" ele latiu, "A qualquer custo, encontrem ela!"
A pessoa respondeu, "Sim, Sr. Davis. Reduzimos a lista a algumas pessoas e estamos verificando!"
Kelvin bateu o telefone com força.
Ele precisava encontrar aquela mulher o mais rápido possível. Se Penelope ficasse por perto por mais tempo, algo estava destinado a dar errado!
Ela era naturalmente atraente, especialmente para os homens!
Penelope apertou a mão e caminhou para um canto tranquilo antes de abri-la lentamente.
O ferimento tinha coagulado e não estava sangrando, mas precisava ser limpo e tratado para evitar infecção.
Mas ela não tinha dinheiro para remédios.
Ela tinha gastado seu último centavo no sachê de aromaterapia, que Kelvin havia jogado fora.
Ela precisava encontrar uma maneira de ganhar algum dinheiro.
Penelope decidiu procurar um trabalho temporário nas proximidades, melhor do que ficar rondando o Grupo Davis e irritar Kelvin.
E se Kelvin precisasse dela, ela poderia voltar imediatamente.
Com isso em mente, Penelope agiu imediatamente.
Coincidentemente, o restaurante do outro lado da rua estava contratando lavadores de pratos, pagando por hora.
Ela caminhou até a recepção, perguntando, "Com licença, vocês ainda estão contratando lavadores de pratos?"
Antes que ela pudesse terminar, duas vozes se intrometeram ao mesmo tempo.
"Não é a faxineira?"
"Oh, não é a estimada Sra. Davis?"
Que mundo pequeno.
Penelope virou a cabeça e viu Lily e Audrey sentadas perto da janela, ambas olhando para ela.
Ela imediatamente saiu.
Mas Audrey não planejava deixá-la ir tão facilmente!
"Faxineira, espere," Audrey avançou e a puxou para frente de Lily, "Lily, como você a chamou?"
Lily respondeu, "Sra. Davis!"
Audrey ficou atônita. "O quê? Ela é a nova esposa de Kelvin?"
Lily assentiu. "Sim. Quando fui ao King Manor levar uma sopa para Kelvin, eu a vi. Não há engano!"
Naquela ocasião, Kelvin até a defendeu, fazendo Lily sair perdendo.
Lily guardou rancor e planejava se vingar dela algum dia!
Audrey gritou de raiva, sua voz quase perfurando o teto, "Então ela é a mulher!"
Lily perguntou, "Mas Audrey, por que você a chamou de faxineira?"
Audrey respondeu, "Porque quando eu a vi, ela estava esfregando o chão no Grupo Davis!"
Lily ficou cética. "Sério?"
Audrey contou o incidente e acrescentou, "Kelvin não a ajudou em nada!"
A situação era muito desfavorável para Penelope.
Ela permaneceu calma e sacudiu a mão de Audrey. "Você deve estar enganada."
"Impossível! É você!" Audrey insistiu, "Eu me lembro claramente do seu olhar humilde quando você estava limpando meus sapatos!"
Penelope disse, "Senhorita Jones, você deveria visitar um oftalmologista quando tiver tempo."
Com isso, Penelope tentou sair.
Desta vez, Lily a impediu. "Tudo bem, vamos dizer que Audrey estava enganada. Mas eu sou a madrasta de Kelvin. Você não deveria me cumprimentar quando me vê?"
Audrey falou, "Lily, eu não estava enganada."
Lily lhe deu um olhar.
Lily já tinha entendido tudo.
Penelope não era nada favorecida! Caso contrário, como ela poderia estar limpando os sapatos de Audrey, e Kelvin não a defendeu!
Desde que Lily se casou com a Família Davis, Kelvin a desprezava e se opunha a ela em todas as ocasiões.
Então, o que ela viu foi apenas Kelvin fazendo um show para ela!
"Já que você está aqui," Lily puxou Penelope para sentar ao lado dela. "Vamos conversar."
Penelope recusou, "Tenho coisas a fazer, não posso ficar, Lily."
Lily perguntou, "Como você me chamou?"
Penelope respondeu, "É assim que meu marido te chama."