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Capítulo 3

Kelvin realmente admitiu que era casado!

Quem diabos era a Sra. Davis para fisgar o chefão da principal família de LA, o presidente do Grupo Davis?

A câmera continuava a dar zoom, capturando o olhar intenso e inabalável de Kelvin para a lente.

Então, em uma voz baixa, Kelvin disse: "Querida, você já se divertiu; é hora de voltar para casa."

Soava tão indulgente e gentil.

Mas Penelope sabia que ele estava a avisando!

Vendo aquele sorriso sanguinário nos lábios dele, ela sentiu um calafrio percorrer seu corpo, como se ele estivesse bem na sua frente.

Kelvin se virou e saiu, com os seguranças bloqueando todos os repórteres.

Se não fosse para usar a mídia para mandar uma mensagem para Penelope, Kelvin não teria aceitado a entrevista de jeito nenhum!

Enquanto isso, Penelope viu várias enfermeiras empurrando uma maca em direção a uma ambulância, prestes a transferir o paciente.

Era sua mãe!

Para onde estavam levando Grace?

Sem se importar em se expor, Penelope correu imediatamente. "Mãe!"

Ela segurou firmemente a mão de Grace. "Desculpe, mãe, fui tão ingrata. Só posso te ver agora."

Quando disse isso, já estava cercada pelos seguranças.

Os seguranças disseram: "Sra. Davis, esta é uma ordem do Sr. Davis; por favor, não interfira."

"Eu não vou mais fugir, vou voltar agora mesmo!" Penelope implorou amargamente, "Por favor, não levem minha mãe."

Mas Penelope só pôde assistir enquanto Grace era levada embora.

Kelvin conhecia suas fraquezas muito bem; qualquer movimento em falso causaria uma dor excruciante.

Meia hora depois, no escritório do CEO, Kelvin estava em frente à janela panorâmica, segurando um cigarro apagado entre os dedos.

"Sr. Davis, a Sra. Davis está aqui," seu assistente, Ryan Parker, bateu na porta.

Kelvin respondeu, "Entre."

Penelope entrou, com o rosto pálido.

Kelvin estava de costas para ela. "Você ainda sabe voltar?"

"Libere minha mãe," ela disse humildemente, "Você pode fazer o que quiser comigo."

Kelvin respondeu, "Eu não tinha intenção de machucá-la. Penelope, é você que está sendo desobediente."

Penelope se desculpou, "Desculpe, eu estava errada."

Kelvin semicerrou os olhos. "Você acha que um pedido de desculpas é suficiente?"

Penelope apertou os punhos com força, suas unhas cravando na carne. "Eu prometo, nunca mais vou fugir."

Como ela poderia escapar do controle de Kelvin? As vidas de Connor e Grace estavam nas mãos dele.

Além disso, só ficando ao lado dele Penelope teria a chance de investigar a verdade por trás da morte de Vincent e limpar o nome de Connor!

Kelvin fez um gesto com o dedo, e ela obedeceu, caminhando até ele.

Ele se inclinou até seu ouvido, sussurrando, "Diga-me, devo quebrar sua perna esquerda ou a direita?"

Ele usou o tom mais gentil para dizer as palavras mais duras.

As pernas de Penelope fraquejaram, ela estava tão assustada que não conseguia ficar de pé. "Eu não vou ousar novamente."

Kelvin segurou firmemente sua cintura esguia. "Se acontecer de novo, eu mesmo vou quebrar!"

Ele a soltou com um resmungo frio, sentando-se preguiçosamente no sofá, levando um cigarro à boca.

Penelope meio que se ajoelhou ao lado dele, pegando o isqueiro para acender o cigarro, "Sr. Davis."

Ele não se moveu por um longo tempo.

O isqueiro ficou cada vez mais quente, queimando sua mão, mas Penelope não ousou soltar, temendo desagradar a ele.

Sua mão ficou cheia de bolhas pelo calor, e o ar cheirava a carne queimada.

Só então Kelvin se inclinou para acender o cigarro.

"Se você quer salvar sua mãe, faça algo para me agradar," Kelvin soprou uma baforada de fumaça no rosto dela, "Você sabe como agradar um homem?"

Penelope tossiu repetidamente, seu rosto ficando vermelho.

Sua aparência divertiu Kelvin, fazendo-o rir, como se ela fosse seu bichinho de estimação.

No entanto, antes que seu riso desaparecesse, Penelope ficou na ponta dos pés e gentilmente beijou seus lábios.

Ela pensou: 'Isso deve agradá-lo, certo?'

Mas ela não tinha a menor ideia sobre sexo, não sabia o que fazer a seguir.

Kelvin olhou para Penelope à sua frente.

Os cílios dela tremiam de nervosismo, seus lábios eram macios e atraentes. Ela não tinha consciência do próprio charme.

Ele rapidamente sentiu algumas reações fisiológicas.

Isso não era uma coisa boa, afinal, Penelope era a filha do assassino de seu pai!

"Saia," Kelvin a empurrou sem piedade, seus olhos cheios de desprezo.

Penelope se levantou silenciosamente do chão e saiu. Para seu desgosto, assim que saiu do escritório, ouviu Ryan dizendo: "Sra. Davis, o Sr. Davis disse que o departamento de limpeza está com falta de pessoal."

Penelope assentiu. "Ryan, eu entendo, vou agora mesmo."

Para ela, ser faxineira era melhor do que ficar ao lado de Kelvin.

Ryan observou a figura de Penelope se afastando, balançando a cabeça com um suspiro.

Ele tinha pensado que Kelvin havia encontrado o verdadeiro amor, por isso se casou tão rapidamente, mas não esperava que o status de Penelope fosse tão baixo.

"Sr. Davis," Ryan relatou o trabalho do dia e acrescentou, "Sobre a transferência da mãe da Sra. Davis."

Kelvin disse, "Arranje os melhores médicos de primeira linha para tratá-la."

Ryan ficou surpreso.

Kelvin falou, "Não entendeu?"

Ryan respondeu, "Entendi, Sr. Davis."

O rosto de Kelvin estava inexpressivo. "Não deixe ela saber."

Ele fez isso apenas para controlar melhor Penelope.

Com Grace em suas mãos, ela só poderia obedecer a todas as suas ordens.

Kelvin se recostou na cadeira de couro, ligando casualmente a vigilância.

Na tela, Penelope, vestida com o uniforme de faxineira, estava concentrada na limpeza com um esfregão e um balde.

Durante seus dois anos no hospital psiquiátrico, Kelvin ocasionalmente ligava a vigilância para verificar como ela estava, tentando aliviar sua dor pela perda de Vincent através do sofrimento dela.

Mas ele calculou mal.

No início, Penelope estava realmente em um estado lamentável, mas rapidamente encontrou maneiras de sobreviver e gradualmente se adaptou.

Comparada à loucura e desordem dos outros, Penelope estava limpa e arrumada, composta e graciosa, como uma rosa entre espinhos.

Se não fosse pelo ódio profundo, Kelvin realmente a admiraria.

Ele estava prestes a desligar quando, de repente, outra mulher apareceu na vigilância.

Era Audrey Jones, a noiva nominal de Kelvin.

Audrey invadiu o Grupo Davis.

Lily havia encaminhado para ela uma notícia, e foi assim que ela descobriu que Kelvin havia anunciado seu casamento!

Ela precisava ver por si mesma quem era a mulher com quem Kelvin se casou.

Ela estava determinada a arranhar o rosto daquela mulher, arrancar seu cabelo, despí-la e jogá-la na rua!

Audrey caminhava rapidamente em seus saltos altos, não esperando que o chão estivesse recém-limpo e ainda molhado. Ela quase escorregou e caiu.

Audrey gritou, "Quem está tentando me prejudicar!"

Os funcionários do Grupo Davis todos conheciam Audrey, sabiam que ela era difícil de lidar, e rapidamente a evitaram.

Apenas Penelope, sem saber, continuou seu trabalho.

Audrey olhou ao redor e rapidamente a avistou. "Você, a faxineira! Foi você que limpou este chão? Venha aqui!"

Penelope olhou para cima. "Você está falando comigo?"

Audrey gritou, "Sim! Ajoelhe-se e limpe o chão direito!"

Penelope franziu a testa.

Vendo que ela não se movia, Audrey ficou ainda mais irritada. "Você não entendeu? Se eu tivesse caído agora, você estaria em grandes apuros!"

Penelope olhou para ela. "Sim, mas, em inglês, o que isso significa?"

Furiosa, Audrey a encarou.

"E há claramente um aviso de piso molhado," Penelope continuou, "Você não sabe ler?"

"Como você ousa responder? Você sabe que eu posso te demitir agora mesmo!" Audrey não podia acreditar que uma simples faxineira ousava responder para ela!

Penelope retrucou, "Me demitir? Quem você pensa que é?"

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