




Capítulo 2
"Sim," Kelvin sempre foi o cara que assumia o comando.
Lily tentou colocar algumas mulheres ao redor dele para mantê-lo sob vigilância, mas ele não ia deixar isso acontecer.
Ele queria encontrar a mulher da noite passada, mas de jeito nenhum Lily podia descobrir. O quarto estava completamente escuro, então ele não conseguiu ver bem o rosto dela.
Se Lily enviasse alguém para fingir ser ela, ele não teria ideia.
A melhor jogada agora era fazer Penelope se passar por aquela mulher misteriosa!
Ela devia muito a ele, e ficar ao lado dele para sempre era o mínimo que ela podia fazer.
Depois de desligar, Kelvin sorriu, "Penelope, escute. Você vai se casar comigo."
Casar com ele? Penelope ficou chocada.
Mas o rosto dele mostrava que ele não estava brincando.
No cartório, Penelope segurava a caneta, hesitando em assinar.
Ela nunca imaginou ser a esposa de Kelvin; não achava que merecia isso.
Ela preferia ficar no hospital psiquiátrico do que estar com Kelvin 24 horas por dia.
O funcionário parecia confuso, "Senhorita Cooper, você está fazendo isso de livre e espontânea vontade?"
Penelope hesitou. "Eu..."
"Claro," Kelvin envolveu os braços ao redor dela por trás, guiando sua mão para assinar, "Minha esposa está apenas um pouco emocionada demais."
O peito dele pressionava contra suas costas, gentil, mas firme.
"Penelope, se esse casamento não acontecer, eu vou te jogar para os lobos na montanha de trás!" Kelvin sussurrou uma ameaça gelada em seu ouvido.
Penelope se sentia como uma marionete, completamente sob o controle dele.
Assim que a certidão de casamento foi emitida, Kelvin a pegou. "Não tenha ideias, Penelope. Você ainda não é nada."
Ela mordeu o lábio. "Casar comigo é só mais uma maneira de me torturar?"
"Sim, você pode pensar assim," Kelvin disse, saindo. "De volta à Mansão King."
A Mansão King era o palácio particular de Kelvin, situado em uma área rica, cercada pela natureza, e ridiculamente luxuosa.
Era como uma prisão chique.
Penelope estava na sala de estar, vestindo roupas gastas e tênis de lona, como um patinho feio em um castelo.
Os empregados cochichavam entre si.
"Quem é ela? Ela se veste pior do que nós."
"O Sr. Davis a trouxe pessoalmente."
O mordomo, Jeff Smith, repreendeu, "Parem de fofocar! Esta é a Sra. Davis, a dona da Mansão King!"
Como ela poderia ser? A Sra. Davis parecia tão simples!
Kelvin se aproximou e ordenou friamente, "Limpem-na e mandem-na para o meu quarto."
Penelope ficou horrorizada.
Não, ele veria os hematomas em seu corpo!
Mesmo que nada acontecesse, só estar no mesmo quarto que Kelvin era sufocante!
Ela recuou. "Eu posso dormir em qualquer lugar, no porão, no depósito, até no chão!"
"Faça o que eu digo!" Kelvin acenou com a mão, sinalizando para os empregados levarem-na, e subiu as escadas.
As palmas de Penelope estavam suando, temendo o que viria a seguir.
Ela não aguentava mais isso.
Ela tinha que fugir!
A banheira estava cheia de água, e os empregados estavam prestes a despir-la.
"Eu faço isso sozinha," ela disse, "Vocês podem esperar lá fora."
Os empregados hesitaram. "Mas o Sr. Davis ordenou."
Penelope insistiu, "Eu não vou contar a ele."
Depois de mandar todos embora, Penelope olhou para a pequena janela.
No escritório, Kelvin estava sentado em frente ao computador, conversando com o médico, William, na tela. "Os resultados dos testes chegaram?"
William tossiu, "Sim, mas..."
Kelvin assentiu. "Desembucha."
"Baixa contagem de esperma," William disse, "Eu verifiquei três vezes; é preciso."
O dedo de Kelvin parou de bater na mesa.
Alguns dias atrás, quando ele recebeu o relatório médico, ele não podia acreditar. Ele procurou os melhores urologistas no exterior, mas o resultado foi o mesmo.
William continuou, "No entanto, Sr. Davis, eu encontrei algo incomum nos testes."
"Continue," Kelvin disse.
William explicou, "Posso confirmar que é porque você tem consumido um certo alimento ou medicamento por um longo tempo que você desenvolveu essa condição."
Ao ouvir isso, Kelvin relaxou um pouco.
Ele sorriu friamente, "Isso pode ser resolvido?"
William respondeu, "Claro. Sr. Davis, vou prescrever alguns medicamentos para você, com um tratamento de três meses. Mas a melhor maneira é encontrar a causa e eliminá-la completamente."
Kelvin assentiu, "Entendi."
Ele olhou pela janela, juntando as peças em sua mente.
Desde que seu pai faleceu, Lily vinha enviando todos os tipos de sopas para a Mansão King todos os dias, alegando que estava cuidando dele.
Se ele não bebesse, Lily reclamava, sempre mencionando o quanto seu pai, Vincent Davis, as adorava.
Irritado, Kelvin tomava alguns goles só para calá-la.
Ele nunca esperava que Lily fosse tão ardilosa.
Ela queria garantir que, mesmo que ele se casasse, não pudesse ter filhos, acabando com a linhagem da família Davis!
Nesse momento, passos urgentes ecoaram do lado de fora, e Jeff bateu na porta com força. "Sr. Davis!"
A expressão de Kelvin ficou gélida. "Por que o pânico? Fale!"
Jeff respondeu, "A Sra. Davis sumiu!"
O banheiro estava impecável, a banheira intocada, apenas a janela de exaustão estava aberta, grande o suficiente para alguém passar por ela.
Penelope tinha escapado pela janela!
Como ela ousou!
O rosto de Kelvin escureceu, "Seus inúteis, não conseguem nem vigiar uma mulher!"
Alguém mencionou, "Sr. Davis, o telefone da Sra. Davis ainda está aqui, e há uma mensagem de voz."
Kelvin a reproduziu, e uma voz feminina clara soou, "Kelvin, depois de dois anos de compensação, não devemos mais nada um ao outro. Não quero te ver pelo resto da minha vida!"
Kelvin quebrou o telefone, seus olhos ardendo de raiva. "Vão atrás dela imediatamente! Ela não pode ter ido longe!"
Naquela noite, a Mansão King estava iluminada como uma árvore de Natal, com veículos e pessoas indo e vindo.
Penelope se escondeu em um esgoto imundo, escapando por pouco dos homens de Kelvin.
Ela aproveitou o caos para descer a montanha, indo direto para a prisão para ver seu pai, Connor Cooper.
Penelope chamou, "Pai."
"Penelope! Você está viva!" Connor estava emocionado, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Achei que você tinha morrido."
Penelope perguntou, "Pai, vim te perguntar, o que realmente aconteceu com a morte do Sr. Davis?"
Connor explicou, "Eu também não sei, o remédio que usei estava correto! Penelope, você acredita em mim?"
"Eu acredito," Penelope mordeu o lábio e assentiu.
Então, Connor era inocente.
Ela nunca devia nada a Kelvin, nem precisava compensar por qualquer pecado!
"Fomos incriminados, mas a situação já está definida, não pode ser mudada," Connor suspirou, "Penelope, você deve se proteger."
Penelope segurou o telefone, olhando firmemente para Connor através do vidro, "Pai, eu vou encontrar as provas para limpar seu nome."
Depois de visitar seu pai, Penelope foi ao hospital ver sua mãe, Grace.
Antes de chegar à entrada do hospital, ela viu quatro seguranças vestidos de preto!
Penelope imediatamente se escondeu.
Kelvin havia previsto que ela iria ao hospital, então colocou pessoas lá cedo.
Se ela fosse pega e levada de volta, o que a esperava seria uma tortura infernal!
Enquanto Penelope pensava em como evitar os seguranças, a tela eletrônica gigante do outro lado de repente piscou, mudando para notícias financeiras de LA.
O rosto bonito de Kelvin dominava o centro.
Ele estava em frente ao prédio do Grupo Davis, vestindo uma camisa preta, exalando uma aura poderosa, mas preguiçosa, com um leve sorriso.
Ao lado dele, um círculo de repórteres o entrevistava.
"Sr. Davis, é verdade que você planeja entrar na indústria do entretenimento?"
"O plano de aquisição do Grupo Davis será concluído a tempo?"
"Sr. Davis, ontem um repórter o fotografou entrando no cartório, posso perguntar se você estava lá para..."
Kelvin levantou ligeiramente o queixo, olhando para a câmera. "Para me casar."
Essa única frase causou um alvoroço instantâneo.