Material para papai...
Ponto de vista do autor
"O que diabos você está fazendo aqui, Florina... Você tem ideia do que fez, tem noção do tamanho da encrenca em que se meteu..." Florina se jogou nos braços daquela pessoa.
"Eu não sei o que fazer, Jenny... Estou com medo, todo mundo está envolvido... Eles vão me matar..." Jenny era sua melhor amiga no escritório.
"Eu sei... Eu sei..." Jenny acariciou suas costas. "Escuta, Florina... Você precisa sumir por alguns dias. A máfia russa quer você morta a qualquer custo e ninguém está aqui para te apoiar. Eu não posso fazer muito, querida, eu tenho uma família..."
Florina assentiu com a cabeça. "Eu sei... Não quero que você se meta em problemas por minha causa..." Jenny tirou um cartão do bolso. "Pegue isso... É meu apartamento em Nova York. Minha mãe costumava ficar lá, mas agora está vazio. Se esconda lá por um tempo, longe desta cidade. Será difícil para eles te encontrarem em uma cidade grande..."
"Meu Deus... Muito obrigada, Jenny. Muito obrigada mesmo..." Florina chorou, abraçando-a fortemente.
"Por que você teve que se meter em um problema tão grande, querida... Mas estou orgulhosa de você pelo que fez, agora vá... Rápido..." Jenny a empurrou em direção à porta de saída. Florina sorriu para ela e enxugou suas lágrimas. "É isso aí, poder feminino..." Jenny também enxugou suas lágrimas.
"É isso aí, poder feminino... Garota corajosa e estúpida..." ela disse, sorrindo com lágrimas ao vê-la correndo. Florina chegou rapidamente em casa, escondendo-se sob seu moletom preto. Sua casa era uma bela casa de dois andares que seus pais construíram com muito amor, mas infelizmente ela os perdeu em um acidente. Florina, sendo filha única, ficou sozinha após a morte deles aos dezessete anos. Foi difícil administrar tudo no começo, mas seu pai estava preparado para o futuro. Ele deixou uma bela casa e todas as suas economias para Florina, assim como sua mãe. Seu pai também era repórter e ela queria ser como ele, então perseguiu seu sonho e alcançou o sucesso graças ao talento herdado de seu pai.
Ela transferiu todos os dados para um pendrive com todos os clipes de vídeo e fotos que tirou. O pendrive estava na forma de um pingente, então ninguém poderia adivinhar que era um pendrive. Ela rapidamente o colocou ao redor do pescoço como um belo colar de cor pastel e começou a fazer as malas, pois eles poderiam chegar a qualquer momento para pegá-la. Colocando todos os pertences necessários na mochila, ela se dirigiu para a porta, mas seu coração disparou quando viu alguns homens na frente de sua casa. Aqueles homens vestiam roupas pretas e ela era esperta o suficiente para saber quem eles eram.
'Máfia russa...' Ela não esperou um segundo e correu para fora pela porta dos fundos. Felizmente, ainda não havia ninguém lá. Ela escalou e pulou o muro e foi apressadamente em direção à estação de trem da cidade.
Os guardas invadiram sua casa e destruíram tudo. Eles vasculharam a casa, mas não encontraram nenhuma evidência. "Estamos ferrados... Onde diabos está essa garota..." O homem chutou a pequena mesa à sua frente. "Como ela consegue escapar toda vez..." Florina suspirou de alívio quando estava segura no trem. Ninguém a estava seguindo e ela não encontrou ninguém suspeito no trem também.
"Oi... Quer um pouco..." O garoto ao lado dela perguntou. Ele parecia mais jovem que ela, cerca de 22 anos. Florina olhou para ele e para a lata de cerveja que ele estava oferecendo. Ela estava com sede e, com toda essa confusão, não teve a chance de comer nada ou levar algo para a viagem. "Muito obrigada... Eu pago"
"Oh, vamos lá... Não precisa ser tão formal, sabe. Só me dê algumas dicas de beleza e está tudo certo..." Ele acenou com sua mão perfeitamente manicurada no ar e piscou para ela. Florina olhou para suas próprias mãos e depois para as dele, que eram muito mais bonitas e bem cuidadas.
"Eu sou Cherry, a propósito... E o que você está pensando está certo, eu sou gay..." Ele riu.
"Você é lindo..." Ela disse olhando para ele.
"Cala a boca, eu gosto de homens gostosos... Você não está nem na fila..." Ele deu um olhar maldoso e ela riu junto com ele. "Então, você é turista?" Ele perguntou, tomando um gole de sua cerveja.
"Não, essa era minha cidade, mas estou me mudando para Nova York..." Ela suspirou e tomou um grande gole da lata. "Ohh... Aconteceu alguma coisa, alguma tragédia talvez..." "É meio como um filme, mas eu realmente não quero falar sobre isso... A vida de uma repórter é uma droga... Sério!" Ela bufou.
"Uau... Você é realmente uma repórter, garota? Eu realmente preciso de uma no meu grupo de mídia agora... Quer dizer, onde eu trabalho, então se você estiver livre, pode se juntar a nós. Eu também ganho uma comissão assim. Na verdade, nosso grupo de mídia é novo e precisamos de uma equipe legal agora..." Ele tagarelou de excitação.
Florina estava fugindo. Ela estava definitivamente com pouco dinheiro e tinha acesso limitado ou nenhum à sua conta. Talvez a máfia estivesse rastreando e ela não podia arriscar. Era sua melhor chance, ela poderia ganhar algum dinheiro e o grupo de mídia ser novo significava que não seria um problema para ela se esconder. "Sério, eu adoraria... Oh meu Deus, Cherry, você é um anjo. Você salvou minha vida..." Ela o abraçou de excitação.
"Ei, garota, você está estragando minha camisa de marca e eu estou fazendo isso pela comissão, aliás..." Cherry disse com uma voz maldosa. Florina sorriu.
"Obrigada..." E ele sorriu. "Ok, então me dê alguma fofoca picante... Você tem um namorado gostoso?" Cherry terminou sua cerveja e Florina também. "Sim, mas o desgraçado me traiu..." Ela pegou outra lata dele. "Oh, desculpe..." Ele deu um sorriso de desculpas. "Não se preocupe... Não me arrependo de ter terminado... Ele não valia nada mesmo..." Ela disse, terminando a lata de um gole. "Não valia nada como..." Cherry perguntou, levantando as sobrancelhas. "É falta de educação... Mesmo que ele seja meu ex agora, eu não deveria falar mal dele..." Ela respondeu. "Você não estava satisfeita... Estava?" Cherry disse sorrindo.
Florina olhou para ele surpresa.
"Ah, vamos lá... Esse é o principal motivo para a maioria dos términos e divórcios. Mas não posso te culpar, garotas têm necessidades... Qual é o seu tipo, a propósito..." Florina pensou por um segundo. "Umm... Eu não sei, mas quero um homem que saiba o que está fazendo na cama. Ele deve saber como lidar com sua parceira. Você me entende..." Cherry sorriu. "Você quer alguém dominante..." "Você quer dizer tipo Christian Grey..." Seus olhos se arregalaram. O sorriso de Cherry se alargou. "NÃO, tipo Massimo Torricelli... Ele é um verdadeiro daddy..." Ele estava empolgado. "365 dias... Bem, isso é quente, mas é só um filme. Nenhum homem é como ele na vida real..." Ela disse, recostando-se preguiçosamente em seu assento. 'E acho que já tenho problemas suficientes com a máfia na minha vida agora'. Cherry bufou.
"Sim, não poderia concordar mais... Mas ei, não perca a esperança, talvez você encontre algum daddy que realize todas as suas fantasias sombrias... Vamos lá, você tem um corpo de deusa do sexo..."
"Me deseje sorte..."
Eles brindaram, mesmo que a lata de Florina estivesse vazia. Ela se recostou em seu assento. 'Minha vida virou uma bagunça em apenas uma noite... Não consigo imaginar o que Nova York tem reservado para mim agora...'