




Parte Oito
Exatamente às cinco da manhã, as portas do elevador se abriram com um ding, e Dominic entrou. Ethan sorriu de lado ao olhar para ele, e Dominic sabia que ele ainda não tinha dito uma palavra. No estacionamento do subsolo, eles entraram no SUV, e Cooper acelerou pelas ruas silenciosas.
"Alguma coisa a relatar?" Dominic perguntou aos quatro homens quietos no SUV com ele.
Cooper sorriu e balançou a cabeça. Ele era o mais simpático dos quatro, tinha os melhores modos, era cortês e respeitoso com os outros. Não bebia nem fumava; não ia a clubes de strip; e nunca se aproveitava das prostitutas que eles tinham na folha de pagamento.
Austin era menos reservado. Ele sabia o que queria e pegava quando queria. Gostava de mulheres, e muitas delas. Bebia ocasionalmente, mas geralmente só quando estavam em casa sem planos de sair. Ele era um leitor e passava muito tempo ao ar livre.
Ethan gostava de ficar nas sombras. Ele nunca deixava Dominic sozinho; estava sempre por perto, e isso se mostrou valioso ao longo dos anos. Ele sabia tocar piano, era um ótimo cozinheiro e adorava desenhar.
Hudson era o imprevisível, o que perdia a cabeça e a personalidade com a menor provocação. Sua aura era sombria e perigosa, e ele gostava que as pessoas o temessem. Ele era um pouco como Gage, sem o rosto inocente e bonito. A cicatriz sobre o olho o tornava ainda mais misterioso.
"Eu não fui a um clube de strip," Hudson finalmente disse, e todos riram.
"E Dominic não foi à praça do mercado comer um cachorro-quente no parque," Ethan disse.
"Você tá maluco?" Cooper perguntou.
"Ninguém nem olhou pra mim."
"Você podia ter sido baleado ou sequestrado! Você sabe que o Rocco tá louco pra te fazer desaparecer sem deixar rastro. Os albaneses têm uma tara por qualquer um com o sobrenome Vittori, e você vai comer um cachorro-quente no parque."
Dominic olhou para Hudson com diversão nos olhos. "Terminou de desabafar?"
"Porra, Dominic."
Dominic se virou para Austin. "Você pelo menos deixou ele tirar o pau pra fora?"
Hudson riu alto, mas seus olhos ainda mostravam violência. "Eu tirei meu pau pra fora."
Austin sorriu e balançou a cabeça. "Ele tirou o pau pra fora várias vezes, especialmente quando me perguntou se tinha uma irritação."
"Vai se foder, Austin. Eu não tenho uma irritação."
"Doença sexual é uma coisa real, sabia," Ethan disse rindo.
"Não tem irritação nenhuma!" Hudson gritou.
"Por que você tava olhando pro pau dele?" Dominic perguntou a Austin.
"Ele tava balançando aquela coisa pra todo lado; é difícil não olhar quando ele segura a porra da luz em cima e diz, 'Vê isso aqui, é uma irritação?'"
"Meu pau faz as mulheres rezarem," Hudson disse enquanto Cooper ria.
"Isso é o Gage," Cooper disse com um sorriso.
"Você provavelmente ainda é virgem, então deixa a conversa de pau pros adultos," Hudson disse. Cooper era o mais jovem da equipe, com vinte e dois anos.
"Eu tirei a virgindade da sua irmã quando eu tinha quatorze anos," Cooper disse.
"Minha irmã é mais homem do que você," Hudson retrucou com um riso.
"É, ela me contou como te comeu no rabo com o clit dela."
Dominic explodiu em risadas até ter lágrimas nos olhos, e Hudson não teve resposta. Ele ficou ali com a boca aberta, e então riu mais alto que todos. As bochechas de Dominic doíam, e ele teve que enxugar as lágrimas dos olhos.
"Eu nunca vou tirar essa imagem da cabeça," Ethan disse rindo.
Eles ainda estavam rindo quando Ethan estacionou o SUV na garagem, e Hudson esperou por ele perto da porta. Cooper o observou cuidadosamente, e então Hudson sorriu. "Essa foi boa, Cooper, muito boa."
"Bem, tecnicamente, o clitóris pode ser descrito como um pênis em miniatura; é como um pênis de menina; ele fica rígido como um pau e tem uma capuz como o prepúcio," Cooper disse enquanto todos paravam de andar e se viravam para olhar para ele.
"Você tá me dizendo que quando eu faço oral numa mulher, eu tô chupando o pauzinho dela?" Hudson perguntou.
"Pelo jeito, isso não tá te incomodando tanto," Ethan disse enquanto todos os olhos se voltavam direto para a virilha de Hudson.
"Porra, Hudson, esconde isso entre as pernas," Austin disse enquanto Hudson se ajustava.
Dominic balançou a cabeça e estremeceu com a imagem mental que Cooper havia plantado. "Podemos parar de falar sobre paus de menina e fazer algum trabalho?"
Dominic estava prestes a se encontrar com os filhos dos chefes, como fazia a cada duas semanas. Eles pagavam suas próprias dívidas a ele, já que ele era o primogênito do padrinho. Todos os filhos se reportavam a ele até que fosse a hora de ele assumir, e eles assumissem de seus pais.
Era tradição que o padrinho se aposentasse quando seu herdeiro completasse trinta anos, e o papel de Dominic agora era construir seu próprio império, ganhando dinheiro limpo com negócios legítimos e afirmando seu domínio sobre os homens que ele governaria quando se tornasse padrinho.
Ele ouvia seus problemas, dava soluções e garantia que pagassem suas dívidas a ele. Ele estava encarregado de seus territórios e dos negócios que conduziam nesses territórios. Ele também era responsável por manter o inimigo à distância e garantir que os termos das alianças fossem cumpridos.
Era um prelúdio do que ele faria como padrinho, e tecnicamente, significava que ele ainda estava em treinamento. Ele se encontrava com Conrad uma vez por mês e entregava suas próprias dívidas e as de seus irmãos, já que ele era o mais velho.
Nenhum deles morava mais com Conrad, não desde que Dominic completou vinte anos e comprou a propriedade no campo. Conrad preferia assim, o que significava que ele podia manter sua amante em casa de forma permanente.
Hudson enfiou a cabeça no escritório e esperou até que Dominic olhasse para cima. "Os aspirantes júnior estão aqui." Dominic sorriu para Hudson e acenou com a cabeça.