




Parte Três
A comida deles chegou, e Isadora sorriu para o garçom enquanto ele colocava a travessa de comida no meio da mesa. Ele podia ouvir a risada de Cooper onde estavam sentados fora da sala privada. Normalmente, eles jantavam com Dominic, mas aquela noite era diferente.
Isadora pegou seu copo, mas continuou olhando para Dominic, decidindo não tomar outro gole. "Parece bobo agora pedir para você me contar sobre você."
"Porque eu sou um mafioso?"
Ela riu então, colocando o copo de volta na mesa. "E eu achando que homens como você não tinham senso de humor."
"Me conte sobre você. Ainda não decidi se gosto de você ou não."
Quando ela sorriu, foi nesse sorriso que Dominic percebeu que a tinha conquistado. Ela queria que ele gostasse dela. "Já que você sabia meu nome antes de eu me apresentar, acho que você já sabe tudo sobre mim."
"Eu gostaria de ouvir de você." Dominic não sabia o que era sobre ela, mas ela o intrigava por algum motivo. A verificação de antecedentes que ele fez sobre ela não mostrou nada que o preocupasse.
"Não sei o que dizer. Trabalho na cidade para uma pequena agência de publicidade em ascensão, e estava apenas ficando no seu hotel até encontrar um apartamento adequado. Meu apartamento anterior era realmente terrível, então agora estou procurando um novo," disse Isadora.
"Para qual agência você trabalha?"
"Winsome Ads," disse Isadora. Ela olhou para ele por um momento antes de franzir a testa. "Você não é dono dela, é?"
Dominic sorriu e balançou a cabeça. "Não, não sou. É uma empresa muito pequena; o que você faz lá?"
"Nada glamoroso; trabalho na recepção."
Eles terminaram o jantar com mais conversa fiada enquanto tomavam café, e Dominic se pegou olhando para ela novamente. Ele queria saber mais sobre ela do que as coisas que poderia descobrir sozinho. Ela parecia muito relaxada para uma mulher que acabara de conhecer alguém com ligações à máfia.
"Foi muito bom, Dominic; obrigada," ela disse com sinceridade nos olhos.
"Você sabe que em algum lugar já é amanhã," ele disse, testando as águas, ao que ela riu.
"Por mais agradável que tenha sido, eu não transo no primeiro encontro."
Dominic riu, então assentiu com a cabeça. "Então vou pedir um carro para você e pegar seu número. Talvez possamos fazer isso de novo."
"Eu gostaria."
Dominic a puxou contra si, beijando-a como ela nunca tinha sido beijada antes. Foi um beijo cheio de uma forte sensação de necessidade, a promessa de amanhã, e o que sem dúvida seria o sexo mais apaixonado antes de soltá-la. Dominic encostou a testa na dela e sorriu.
"Uau," Isadora sussurrou.
"Vejo você amanhã, Isadora," disse Dominic.
Ethan a acompanhou até outro SUV, onde ela acenou quando a porta se fechou. Dominic observou enquanto o SUV dela acelerava antes de finalmente deslizar para o banco de trás de seu próprio SUV para ir para casa. A viagem de volta à cobertura não demorou muito, e Dominic se moveu rapidamente para o elevador depois que Ethan estacionou o SUV no estacionamento subterrâneo.
Dominic não parava de pensar em Isadora. Normalmente, as mulheres mal podiam esperar para assinar o NDA e pular na cama com ele. Elas faziam tudo o que ele mandava com entusiasmo. Isadora parecia ser diferente. Ele gostava dela, e isso era um problema. Ele não podia gostar dela demais.
Não havia futuro com ela, e Dominic não sabia como se sentir em relação a isso. Ele havia sido criado com a certeza de que se casaria com uma mulher escolhida por seu pai, uma mulher que fortaleceria a aliança deles dentro da La Famiglia.
"Primeira vez que Dominic é rejeitado," disse Cooper com um sorriso enquanto entravam no saguão escuro da cobertura de Dominic.
"Eu não fui rejeitado propriamente dito," respondeu Dominic.
"Pelo menos ela não te deu um tapa," Hudson comentou por trás.
"Eu pensei que você gostasse de levar tapa," disse Gage, que falou das sombras.
A mão de Ethan estava em sua arma, relaxando apenas quando Gage emergiu do canto da cozinha escura. Ele era como um fantasma, e a expressão em seu rosto dizia a Dominic que ele não tinha continuado a beber.
"Porra, Gage," disse Ethan.
Hudson se virou para Gage e sorriu. "Depende do motivo pelo qual você está levando o tapa."
"Você já está com um pouco de tesão, Hudson? Toda essa conversa sobre levar tapa faz seu sangue ferver, né?"
Hudson era o imprevisível—sombrio e perigoso. Ele tinha um senso distorcido de certo e errado e um ponto fraco por prostitutas, animais e Dominic. Ele tinha uma tendência a sair dos trilhos, e mais de uma vez, Dominic teve que tirá-lo da cadeia. Hudson também tinha cabelo um pouco mais comprido, mas eram seus olhos que assustavam as pessoas.
Ethan era mais equilibrado, uma pessoa ao ar livre que adorava cozinhar e experimentar na cozinha. Ethan era da Austrália, podia pilotar qualquer coisa com hélices ou asas, e se orgulhava de sua habilidade de dirigir com segurança como um maníaco.
Cooper era o mais jovem do grupo, mantinha o cabelo raspado e tinha um talento para o humor rápido. O humor era seu aliado enquanto ele cuidava de Hudson, fazendo de sua missão de vida manter Hudson fora de problemas. Cooper também era o melhor atirador de elite que o exército já havia produzido.
"Melhor perguntar ao Dominic sobre bombear sangue, já que ele foi rejeitado," retrucou Hudson após alguns segundos de silêncio.
"Você não transou com a mulher do bar?" Gage perguntou a ele.
"Vou transar com ela amanhã," disse Dominic enquanto passava por Gage em direção à cozinha e abria a geladeira.
"Você tem muitas regras, Dominic. Não é uma entrevista de emprego; é só sexo. Coloque uma camisinha e apenas transe com ela, onde for," disse Gage.
"As regras estão lá por um motivo, e eu não vou transar com uma mulher que eu não tenha investigado." O olhar no rosto de Dominic disse a Gage que ele não iria discutir isso mais.
"Estou tendo dificuldade em entender como você consegue transar. Assinar um NDA não é exatamente romântico ou excitante," retrucou Gage.
"Ver meu pau pela primeira vez geralmente resolve," disse Dominic enquanto passava por Gage em direção ao corredor e ao seu quarto no final dele.