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Capítulo 7

"Eu moro em uma casa de fazenda com meus pais e minha irmãzinha, a poucos passos daqui," ele disse para ela. Ela o encarou por um momento. Ele confia nela o suficiente para contar sobre seu território? Ele parecia calmo a respeito.

"Nós nos mudamos da Virgínia."

"Onde fica isso?" Ela perguntou, confusa. Ela nunca tinha ouvido falar de um lugar assim. Na verdade, ela não sabia nada sobre qualquer lugar além de sua casa.

"Ah, na costa do Atlântico. Fica na linha que divide o norte e o sul..." ele parou quando percebeu que estava deixando-a ainda mais confusa.

Ela deu de ombros e olhou para longe. "Eu só conheço minha casa, que é aqui. Nunca saí além da minha casa porque não me permitem."

Ele olhou para o lado do rosto dela enquanto ela falava. Seu coração afundou—será que ela estava sendo meio que presa?

"Meu pai é super protetor porque sou filha única. Ele não é brutal, eu prometo," ela esclareceu, sabendo que ele ficaria preocupado quando ela disse que não podia sair da sua zona.

"Bem, eu só tenho um toque de recolher. Só isso..."

Ela sorriu e assentiu, sem olhar para ele.

Ele olhou para o cabelo dela. Ele se perguntava se ela tingia ou se aquela era a cor natural do cabelo dela. As sobrancelhas dela também eram da mesma cor do cabelo. No olho direito, os cílios eram cinza, enquanto no olho esquerdo os cílios eram pretos. Ela era como uma obra de arte—uma bela arte que ele queria levar para casa e admirar todos os dias.

"Você já desejou poder simplesmente sair de casa e começar uma vida por conta própria... longe de casa, se possível?" Ela sempre quis fazer essa pergunta e ele parecia perfeito para sua questão.

"Ha-ha, o tempo todo. Eu gostaria de poder pagar meu próprio apartamento e começar uma nova vida, sabe—longe de casa, como você disse."

"Você pode sair de casa quando tiver os requisitos?" As sobrancelhas dela se ergueram quando fez a pergunta. Ele assentiu para ela. "Claro. Quando você faz dezoito anos, pode decidir sair de casa quando sentir que pode bancar isso. Eu tenho vinte anos e larguei a faculdade, mas... ainda estou trabalhando nisso." Ele sentiu que tinha falado demais, mas confiava nela o suficiente para contar seus segredos mais sombrios.

Ela franziu as sobrancelhas e abaixou o olhar. Ela faria dezoito anos em alguns meses e ainda não tinha encontrado seu par. Era desanimador—especialmente sendo filha do Alfa e única herdeira.

Ethan percebeu como o humor dela mudou de repente. Ele usou o dedo indicador e levantou o queixo dela. Ele fixou os olhos nos dela e ela descobriu que não conseguia sustentar o olhar.

Ela fechou os olhos e conseguiu sorrir. Ele passou as pontas dos dedos pelo antebraço dela, deixando um rastro de arrepios. Ele se aproximou mais e a envolveu com os braços. Ela estremeceu, sentindo os dedos dele circulando suas costas. Era tão bom, mas no momento errado.

Quando ele parou, ela abriu os olhos e olhou para ele, seus olhos já estavam fixos nos dela. Ela moveu as mãos para o rosto dele e acariciou suas bochechas. "Você tem bochechas de bebê—tão macias," ela admitiu, acariciando-as suavemente com os polegares.

Ele não pôde deixar de rir, diminuindo a distância entre eles. Lentamente, ele trouxe seus lábios até os dela. Sua respiração estava quente enquanto seus beijos desciam pelo pescoço dela. Suas mãos seguravam suas costas enquanto ela arqueava, pedindo por mais.

Ele se afastou e olhou para ela. Eles compartilharam um sorriso e se beijaram novamente. Ele movia os lábios em padrões desconhecidos que ela tentava imitar com os seus. Seu beijo era suave, mas urgente.

"Ethan," ela murmurou sem fôlego contra os lábios dele. Ele gemeu e a pressionou contra a parede enquanto distribuía beijos em seu pescoço, suas mãos entrelaçando-se no cabelo dele.

Ele a beijou, longo, profundo, desejando... e ela respondeu arqueando-se mais contra ele.

Essa era uma sensação nova que ela nunca soube que seu corpo era capaz de ter. Era bom e ela não trocaria isso por nada no mundo. Ela queria mais...

De repente, ele parou e se afastou, virando a cabeça. Ele olhou para seus dedos, para ver se tinha se transformado. Ele tinha... isso sempre acontecia quando ele se sentia tenso e Elise o fazia se sentir assim.

Ele tinha acabado de se transformar por causa da intensidade do que sentia. Ele respirava rápida e profundamente. E antes que ela percebesse, ele finalmente se acalmou e voltou à sua forma. Ele suspirou e se virou para olhá-la.

"Você está bem?" Ela perguntou preocupada, se aproximando dele. Ele assentiu enquanto se aproximava e a envolvia com um braço. Ela observava seus olhos, como se procurasse algo.

"Uhm... está ficando escuro, nós deveríamos... eu deveria te acompanhar até em casa..."

Foi nesse momento que ela se lembrou de quem era. Ela balançou a cabeça enquanto se afastava. "N—não! Não precisa. Eu tenho que ir agora."

Ela se soltou do abraço dele e saiu apressada do lugar. Ele não foi atrás dela. Ele não queria forçar as coisas entre eles. Não depois do que acabara de acontecer.

Ele mordeu o lábio inferior e passou os dedos pelo cabelo.

"Droga!"

Se Elise descobrisse que ele era meio lobisomem, ele duvidava que ela quisesse ficar com ele. Ele acabou de conhecê-la, mas parecia que a conhecia há muito tempo e ele não queria perdê-la.

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