Capítulo 1
Quando você se sentir sozinho ou deprimido, não desista. Há uma pessoa que estará sempre ao seu lado. Tudo o que você precisa fazer é se virar e abraçar essa pessoa.
O bip do meu despertador me tirou do sono e eu gemi de irritação ao desligá-lo. Caí de volta na cama tentando me livrar do sono que ameaçava me engolir, mas não consegui lutar contra ele e acabei desistindo, começando a cochilar novamente. Graças a Deus meu celular começou a tocar e dessa vez eu acordei de vez, xingando alto e desligando o alarme do celular.
Esse é meu hábito diário. Eu voltaria a dormir se não usasse outra fonte para me acordar. Olhei o horário e já passava das 5 da manhã. Amarrei meu longo cabelo castanho ondulado em um coque bagunçado, levantei da cama, arrumei-a e fui para o banheiro.
Fiz minhas necessidades, tomei banho, escovei os dentes e saí do banheiro vestindo apenas uma toalha.
Hoje é um grande dia na minha vida. Vou começar a trabalhar no banco privado mais prestigiado de Nova York. Fui informada de que começaria hoje mesmo e meu cargo será de secretária pessoal do próprio CEO. Me pergunto quem ele é. Legal ou um idiota. Só de pensar na minha nova aventura, fiquei animada.
Rapidamente me arrumei para o primeiro dia, fiz minha maquiagem. Passei delineador e rímel, o que realçou meus olhos castanhos. Passei um batom rosa e prendi meu longo cabelo castanho ondulado em um rabo de cavalo arrumado.
Escolhi usar uma saia lápis preta e combinei com uma blusa rosa, vestindo um blazer preto para dar um ar profissional. Calcei meus saltos pretos, coloquei meus óculos de armação preta, peguei meus arquivos importantes, minha bolsa e fui em direção à cozinha.
Deixei minhas coisas na mesa e estava prestes a entrar na cozinha quando meus olhos caíram no relógio pendurado acima da minha TV de LED. Já eram 8 da manhã e eu precisava chegar lá antes das 8:30.
"Ah, merda!" Pegando minhas coisas, corri para fora do meu apartamento, trancando-o e colocando a chave debaixo do tapete. Apressei-me em direção ao elevador e saí do prédio às pressas, dando um rápido cumprimento e despedida às pessoas que conhecia no prédio.
Peguei um táxi e finalmente cheguei ao meu destino exatamente às oito e meia.
"Deus! Estou totalmente atrasada. Por favor, me ajude" rezei mentalmente ao Todo-Poderoso e entrei no prédio chamado "Theller International's".
Fui diretamente até a moça no balcão e entreguei minha carta de admissão. A simpática moça, cujo nome era Anabelle, me ajudou com meu cronograma e me deu as direções para a sala do meu chefe.
Ouvi dizer que meu chefe era o CEO do banco e, segundo fontes, ele é muito jovem. Também ouvi que ele mantém um perfil discreto e, quando pesquisei na internet, realmente não encontrei nenhuma foto dele, exceto algumas em que seu rosto não estava claramente visível.
Peguei o elevador, apertei o botão do 38º andar, para onde eu tinha que ir, e esperei pacientemente para chegar ao meu andar.
O som do elevador me fez pular para fora e eu me apressei em direção a outra moça no balcão, perguntando sobre a sala do meu chefe. A moça me guiou profissionalmente até a sala do meu chefe e saiu assim que chegamos a uma porta de madeira.
Respirei fundo, me recompus e chequei minha roupa pela última vez. Mentalmente preparando uma desculpa por estar atrasada no meu primeiro dia, mordi os lábios e bati na porta.
Franzi a testa em confusão quando não obtive resposta e pensei em bater novamente. Bati na porta e, surpreendentemente, a encontrei aberta. Indo contra meus instintos de não entrar na sala, fiz o oposto e, por curiosidade, entrei.
Era uma sala grande. Mesa de mogno, estantes de livros, algumas fotos caras penduradas na parede, um computador e um sofá. Havia uma grande janela de vidro que mostrava a vista da cidade.
Fiquei totalmente impressionada ao ver a bela sala profissional. Havia duas portas anexas e eu imaginei que uma fosse o banheiro e, novamente por curiosidade, bati na porta de madeira apenas para não obter resposta. Cliquei a língua em irritação, girei a maçaneta lentamente e, para meu absoluto horror, havia duas pessoas devorando o rosto uma da outra.
Quero dizer, se beijando.
Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um suspiro escapou da minha boca e os dois interromperam sua pequena conversa íntima. A garota tinha cabelo preto, era alta e magra, usava saltos altos e um vestido vermelho justo na altura da coxa.
A outra pessoa era, claro, um homem. Para ser precisa, um homem absolutamente deslumbrante. Palavras não poderiam descrever o quão impressionante ele parecia vestindo aquele terno cinza da Armani. Ele era alto, cerca de 1,88m, e tinha aqueles lindos olhos verdes que poderiam prender qualquer um por horas. Mas a coisa mais assustadora era sua aura. Ele tinha essa aura sombria de "Não mexa comigo" que fazia coisas imprudentes ao meu corpo e eu tremi sob seu olhar penetrante que agora estava direcionado a mim.
A garota bateu o pé, pegou sua bolsa e passou por mim, empurrando meu ombro no processo e me lançando um olhar sujo. Eu me equilibrei e ajustei meu vestido.
"Quem é você?" O homem falou com uma voz rouca e ameaçadora.
"Sou Sangavi Carter e estou aqui para o trabalho" respondi tentando não gaguejar e não fazer papel de boba no primeiro dia. Ele era realmente intimidante e eu me contorci sob seu olhar intenso.
Ele ajustou seu terno e abotoou alguns botões da camisa interna, me lançando um olhar penetrante.
"Bem-vinda, Srta. Carter, eu sou seu chefe e o CEO deste banco, Caleb Theller" ele disse casualmente e caminhou em minha direção.
A cada passo que ele dava, eu dava um para trás. Me senti tão pequena enquanto ele se erguia sobre mim. Meu peito começou a subir e descer rapidamente.
O que estava acontecendo?
"Podemos começar agora, Srta. Carter?" Ele disse, parando a poucos centímetros de mim. Franzi as sobrancelhas em confusão.
"Começar o quê, senhor?" Perguntei e, para minha descrença, ele sorriu maliciosamente, seus olhos brilhando de forma travessa. "Ah, nada. Apenas com sua punição por estar atrasada no seu primeiro dia, Srta. Carter."
Meus olhos se arregalaram e eu mentalmente me dei um soco no rosto.
No que eu fui me meter?