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Capítulo 7

EAMON POV

A reunião do conselho estava a todo vapor, discussões ecoando pelas paredes da câmara enquanto os membros da minha alcateia compartilhavam atualizações e estratégias sobre como resgatar Isadora. Eu estava sentado na cabeceira da mesa, minha mente dividida entre os assuntos em pauta e a dor constante em meu coração por Isadora. A busca por ela consumia meus pensamentos, guiando minhas decisões e alimentando minha determinação.

"Alpha Eamon," a voz de Victor cortou o burburinho, trazendo minha atenção de volta à reunião. Sua expressão era grave, e seus olhos fixaram-se nos meus com uma seriedade que fez meu pulso acelerar.

Inclinei-me para frente, a tensão na sala era evidente. "O que foi, Victor?"

Ele pigarreou, seu olhar firme. "Recebemos informações confiáveis sobre o paradeiro de Isadora, mas temo que não sejam boas notícias."

Meu coração deu um salto, uma onda de adrenalina percorrendo meu corpo. "Onde ela está? Ela está bem?"

As palavras de Victor me atingiram como um soco no estômago. "Ela está sob custódia do Alpha Jack, líder da Alcateia da Lua de Sangue."

Raiva, frustração e medo fervilhavam dentro de mim, uma tempestade de emoções que ameaçava me consumir. Isadora era minha; como ele ousava tocá-la?

Meus punhos se cerraram involuntariamente, minhas unhas cravando nas palmas enquanto eu lutava para conter a fúria que ameaçava explodir. "Aquele desgraçado, como isso aconteceu? Como ele conseguiu chegar até ela?"

O olhar de Victor não vacilou, e sua voz permaneceu firme. "Não tenho certeza, meu Alpha."

Um rosnado escapou da minha garganta, um som primitivo de frustração e fúria.

"Precisamos resgatá-la," declarei, minha voz baixa e perigosa. "Meu filho está no ventre dela; não podemos deixar que os planos de Alpha Jack se concretizem. Sei que ele não pararia de inventar maneiras de me arruinar."

Victor assentiu em concordância. "Já reuni uma equipe dos nossos guerreiros mais fortes. Estamos prontos para agir quando você der a ordem."

Levantei-me abruptamente, a cadeira arrastando no chão enquanto eu andava pela sala. O rosto de Isadora passou diante dos meus olhos.

"Prepare nossas forças," ordenei, minha voz um comando que não admitia oposição. "Vamos invadir o território de Alpha Jack e trazer Isadora de volta."

"Alpha Eamon," uma voz interrompeu, e eu me virei para ver um dos anciãos do conselho, o Ancião Thorne, levantando-se de seu assento. Seu rosto marcado pela idade estava repleto de experiência, e seus olhos carregavam um peso de cautela e estratégia.

"Fale, Ancião Thorne," disse, meu tom respeitoso enquanto me inclinava para frente, pronto para considerar seu conselho.

Ele pigarreou, seu olhar encontrando o meu com uma calma resoluta. "Embora eu entenda seu desejo de confrontar Alpha Jack diretamente, devo alertar contra precipitar-se em uma batalha que pode ter consequências graves."

Troquei um olhar com Victor, meu segundo em comando, que não parecia convencido. Ainda assim, as palavras do Ancião Thorne tinham peso, e eu estava disposto a ouvi-lo.

O Ancião Thorne continuou. "Alpha Jack pode estar esperando um confronto direto. Em vez disso, devemos considerar uma abordagem mais furtiva, que nos permita entrar em seu território sem sermos notados e resgatar Isadora sem alertá-lo e colocar seu bebê em perigo."

Um murmúrio de concordância percorreu a câmara, e eu me peguei considerando a sabedoria nas palavras do Ancião Thorne. A segurança de Isadora era primordial, e se uma operação secreta pudesse garantir seu resgate enquanto minimizava o risco de uma guerra total, era uma opção que valia a pena explorar.

"Ancião Thorne, como você propõe que executemos esse plano?" perguntei, minha voz medida.

Os olhos do Ancião Thorne brilharam com um lampejo de estratégia. "Temos guerreiros na alcateia habilidosos em infiltração e espionagem. Com a ajuda deles, poderíamos invadir o território de Alpha Jack sob a cobertura da escuridão. Nosso objetivo seria localizar e resgatar Isadora sem nos envolvermos em combate direto."

Assenti, o plano tomando forma em minha mente. Era uma empreitada arriscada, mas prometia resultados. "E se formos descobertos?"

A expressão do Ancião Thorne permaneceu firme. "Devemos estar preparados para essa possibilidade. Nossos operativos seriam treinados para escapar e evitar a captura, garantindo que o sucesso da missão não seja comprometido."

Enquanto a câmara do conselho fervilhava com uma energia tensa, o plano do Ancião Thorne para um resgate secreto de Isadora pairava no ar como uma promessa frágil. A discussão continuava, e a impaciência e frustração de Victor tornavam-se cada vez mais palpáveis. Seus braços estavam cruzados firmemente sobre o peito, seus olhos ardendo com um fogo que ameaçava consumir a razão.

"Esse plano me parece uma besteira. Chega desses joguinhos," a voz de Victor cortou a sala como uma adaga. "Não deveríamos nos esgueirar como ladrões na noite. Somos fortes, e devemos mostrar essa força!"

Suas palavras reverberaram pela câmara, acendendo uma faísca de dissidência no ar. Murmúrios de concordância percorreram os membros do conselho, cada um ecoando o sentimento de Victor à sua maneira.

Senti minha raiva subir como uma tempestade, meu maxilar se contraindo em resposta à insubordinação de Victor. Como ele podia desconsiderar tão imprudentemente o plano cuidadosamente elaborado pelo Ancião Thorne? A segurança de Isadora era primordial, e eu não permitiria que ego e bravata colocassem isso em risco.

Caminhei para frente, meus passos ecoando como um tambor de autoridade. "Victor." Minha voz era um rosnado baixo e perigoso. "Não tolerarei essa imprudência."

Seu olhar encontrou o meu, um desafio espreitando em seus olhos. "Eamon, não podemos nos dar ao luxo de ser passivos. Temos a força e os números. Vamos usá-los!"

Minha contenção estava se desfazendo fio a fio, e minha paciência estava se esgotando a ponto de romper. E então, em um momento de fúria vulcânica, deixei meus instintos tomarem conta. Minha mão disparou, minha palma conectando-se com a bochecha de Victor em um tapa retumbante que ecoou como um trovão.

A sala caiu em um silêncio atordoado, o impacto do tapa reverberando como uma onda de choque pelo ar. A cabeça de Victor virou para o lado, seus olhos arregalados de choque e descrença. Por um breve momento, o tempo pareceu parar, o peso da minha raiva e da sua insubordinação colidindo naquele único gesto.

"Você mostrará respeito pelas decisões do conselho, pela segurança da nossa alcateia e por Isadora." Minha voz era um sussurro baixo e perigoso. "Ou será removido desta câmara."

A tensão na sala era sufocante, criando uma atmosfera carregada que crepitava como relâmpago. E então, com um aceno de submissão relutante, Victor deu um passo para trás, seu olhar caindo para o chão.

"Entendido," sua voz estava subjugada, um reconhecimento silencioso de seu erro.

Virando-me para longe dele, dirigi-me ao conselho mais uma vez. "O plano do Ancião Thorne é o curso que seguiremos. A segurança de Isadora é nossa prioridade, e executaremos esta missão com precisão."

Enquanto eu falava, a energia na sala mudou, o foco retornando à tarefa em mãos. Em meio à incerteza e urgência, havia uma determinação compartilhada de ver Isadora retornando em segurança para nossa alcateia.

"Alpha Eamon," uma voz rompeu o silêncio carregado. Virei-me para encontrar Luka, seus olhos firmes e resolutos. "Tenho experiência em operações furtivas. Solicito liderar a equipe de resgate."

Seu pedido era um vislumbre de esperança, uma promessa de que o resgate de Isadora estava ao nosso alcance. Assenti, minha gratidão e confiança não ditas, mas compreendidas.

"Você tem minha confiança, Luka," disse, minha voz carregando o peso do nosso compromisso compartilhado. "Lidere a equipe e traga Isadora de volta; prepare-se com os homens; vocês partem ao pôr do sol."

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