




Capítulo 3
EAMON POV
Cheguei ao território do Alpha Philip com uma sensação de urgência corroendo meu estômago. O comboio de carros parou, e eu não perdi tempo em sair, com o coração batendo forte no peito. Eu precisava de respostas, e precisava delas agora.
O que a fez fugir? Por que ela estava me evitando?
Entrei na caverna principal, meus olhos procurando por Alpha Philip. "Onde ela está?" exigi, minha voz um rosnado baixo. "Onde está Isadora?"
Alpha Philip parecia genuinamente perplexo. "Ela estava aqui," respondeu ele, com um tom tingido de preocupação. "É como se ela tivesse desaparecido. Pedi aos meus homens para procurarem, mas não conseguimos encontrá-la em lugar nenhum."
Meus punhos se cerraram ao meu lado enquanto eu lutava para conter minha raiva. "Não me venha com besteiras," rugi, minha voz ecoando pelo ar. "Ela está grávida do meu filho. Ela não deveria estar vagando sozinha, com meu herdeiro em seu ventre."
Os olhos de Alpha Philip brilharam com um toque de diversão, e isso só alimentou ainda mais minha frustração. "Tentei falar com ela, mas ela disse que precisava de um tempo sozinha para pensar."
Tempo sozinha para pensar? Pensar sobre o quê? No que ela está pensando? Por que ela fugiria de mim, de nós? Eu não conseguia entender o que havia mudado tão de repente. Será que eu fiz algo para afastá-la?
Minha mente corria com mil possibilidades, cada uma mais absurda que a outra. Sua atitude estava diferente desde a manhã passada, mesmo depois de termos feito amor na noite anterior. Será que ela ouviu minha conversa com Victor? Será que essa é a razão de toda essa atitude?
"Não, não, não," isso não pode ser o caso. Eu não acredito nisso. Se ela ouviu, as consequências seriam muito maiores do que isso, murmurei para mim mesmo. Eu tinha que tirar essa ideia da cabeça. Além disso, as portas do meu escritório são à prova de som; não há como ela ter ouvido nada. Deve ser a gravidez causando suas mudanças de humor.
Virei-me para meus homens, minha voz tensa de preocupação. "Espalhem-se, encontrem-na," ordenei. "Quero que a encontrem, custe o que custar."
Meus homens assentiram, dispersando-se em diferentes direções, determinados a cumprir minhas ordens. Mas, à medida que os minutos se transformavam em horas, não havia sinal de Isadora. Era como se ela realmente tivesse desaparecido no ar como fumaça, deixando-me para lidar com minhas próprias inseguranças e medos.
O peso da situação me pressionava, e eu não podia deixar de me sentir como um animal enjaulado, desesperado para se libertar. Nunca me senti tão fora de controle, tão impotente diante da incerteza.
Quando o sol começou a se pôr, me encontrei à beira de um penhasco, meus olhos vasculhando o horizonte em uma tentativa inútil de avistar Isadora. O vento uivava ao meu redor, carregando consigo um senso de desespero e saudade.
"Isadora, onde você está?" gritei, minha voz sendo levada pelo vento. "Por favor, volte para mim. Eu preciso do meu bebê."
Mas não houve resposta, apenas o eco da minha própria voz retornando para mim. A natureza parecia engoli-la, deixando-me em um estado de angústia e desespero.
Quando a noite caiu, eu sabia que não podia desistir. Eu a procuraria, não importava quanto tempo levasse. Eu rasgaria a escuridão, enfrentaria todos os perigos e escalaria todas as montanhas se isso significasse encontrá-la.
Com um renovado senso de determinação, me afastei do penhasco e voltei para meus homens. "Continuamos procurando," disse firmemente. "Vocês não param até encontrá-la."
A ordem ecoou pelo ar como um trovão, enviando uma onda de urgência por toda a matilha. O desespero na minha voz era evidente enquanto me virava para Victor, meu beta e segundo em comando.
"Victor, precisamos dos melhores rastreadores que esta cidade tem a oferecer," declarei, a urgência na minha voz palpável. "Quero todos os lobisomens capazes na busca por Isadora. Não poupem despesas. Ela está lá fora em algum lugar, e não podemos nos dar ao luxo de perdê-la. Tragam-na de volta para mim, viva e inteira!"
Os olhos de Victor se arregalaram em compreensão, reconhecendo a gravidade da situação. "Considere feito, Alpha," respondeu ele com lealdade inabalável. "Vou reunir os rastreadores mais habilidosos da cidade, e a traremos de volta para você."
"Viva e inteira," enfatizei, minha voz firme. "Quem conseguir trazê-la de volta ilesa receberá uma recompensa digna das lendas: cem barras de ouro!"
A excitação se espalhou pelas matilhas à medida que a notícia se espalhava. Uma única barra de ouro era suficiente para transformar até o lobisomem mais indiferente em um caçador implacável. Barras de ouro, o material dos sonhos, cada uma valendo uma fortuna por si só. A mera ideia de possuir tal riqueza enviava um arrepio pelas veias de cada lobisomem.
A cidade fervilhava com a empolgação da caçada, e logo, os rastreadores mais habilidosos e implacáveis foram reunidos, ansiosos para reivindicar o prêmio lendário. Eles eram ferozes, astutos e determinados, cada um acreditando que seria o responsável por trazer Isadora de volta para mim.
Os melhores rastreadores da cidade foram convocados, cada um renomado por suas habilidades em encontrar até a presa mais esquiva. Eles se reuniram ao redor de Victor, seus olhos brilhando de antecipação, ansiosos para provar seu valor e reivindicar o cobiçado prêmio.
Com o cheiro de Isadora ainda fresco no ar, os rastreadores partiram, seus sentidos aguçados e sua determinação inabalável. Eles não deixaram pedra sobre pedra, seguindo cada trilha e vasculhando cada centímetro da cidade. A caçada estava em andamento, e a cidade se tornou um playground para suas habilidades e expertise.
À medida que se aventuravam na natureza selvagem, a caçada ganhou vida própria. Rumores sobre a recompensa lendária se espalharam como fogo, atraindo ainda mais atenção e interesse. Era uma competição de inteligência e força, uma corrida contra o tempo para encontrar a esquiva Luna.
A atmosfera da cidade crepitava de antecipação, cada lobisomem movido pelo apelo da recompensa e pelo desejo de provar seu valor diante de tanta riqueza. As ruas estavam em polvorosa com conversas sobre a caçada, todos especulando sobre quem seria o responsável por reivindicar as barras de ouro.
Enquanto isso, eu andava de um lado para o outro, meu coração dividido entre medo e esperança. O trono, o poder, nada disso importava se eu não pudesse ter Isadora ao meu lado. Ela era a peça que faltava na minha vida, a que está carregando meu herdeiro. Sem um herdeiro para me suceder, nunca serei coroado rei.
À medida que a noite se estendia, a cidade permanecia viva com a caçada. O ar crepitava de energia, a promessa da grande recompensa alimentando sua determinação.
A lua brilhava sobre nós com um brilho assombroso, zombando de nossos esforços fúteis. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, cada minuto sem Isadora enviando ondas de pânico pela minha alma.
"Ela não pode estar longe!" gritei, minha frustração transbordando. "Procurem cada centímetro desta selva! Quero que a encontrem, e quero que a encontrem agora!"
O vento uivava ao nosso redor como um coro de espíritos lamentando, como se até os elementos chorassem a perda de Isadora. Meu coração batia no peito, e cada batida ecoava seu nome. Minha mente era um turbilhão de emoções - medo, arrependimento, raiva e amor, todos colidindo em uma sinfonia caótica.
"Encontrem-na, ou terão que responder a mim!" avisei meus homens, meus olhos brilhando com uma intensidade que combinava com o fogo dentro da minha alma.
Continuamos, movidos por uma determinação feroz e pela adrenalina que corria por nossas veias. A escuridão da noite parecia se estender para sempre, mas eu me recusava a sucumbir ao desespero. Isadora tinha que estar lá fora, em algum lugar, e eu não poderia descansar até que ela estivesse segura em meus braços novamente.
"Isadora!" gritei, minha voz ecoando entre as árvores. "Por favor, volte para mim! Eu não posso viver sem você. Eu preciso de você!"
A cada passo, meu desespero crescia, e a ideia de perder meu trono empalidecia em comparação com a ideia de perdê-la. Isadora era meu coração, minha alma e o amor da minha vida. Perdê-la significava perder tudo.
De repente, um vislumbre de esperança apareceu à distância. Um rastro tênue de seu relógio de pulso dourado no chão, um sinal de que Isadora esteve ali. Meu coração disparou de antecipação, e eu instiguei meus homens a seguir a trilha com vigor renovado.
"Estamos chegando mais perto!" gritei, minha voz se quebrando de emoção. "Continuem!"
À medida que nos aproximávamos da trilha, eu podia sentir a presença de Isadora, como uma força magnética me puxando em sua direção. Meu coração acelerou, e uma mistura de medo e alívio tomou conta de mim. Meu coração batia descontroladamente como uma fera enlouquecida ameaçando escapar de sua jaula.