




06 - Quero saborear seu mel. Essa é minha sobremesa.
POV ISABELA
Sua língua lutava com a minha por espaço. Ele explorava minha boca com a língua, e eu fazia o mesmo com a dele, sentindo o gosto de uísque e chiclete de menta em seus lábios.
Estávamos ofegantes e sem fôlego, mas nenhum de nós queria se afastar do beijo.
Coloquei minha mão em seu peito para empurrá-lo um pouco. Eu precisava respirar.
Ele se afastou relutantemente e me encarou, ofegante.
"Eu tenho um enorme carinho por você e pelo seu jeito. Até o seu sorriso desencadeia algo em mim que não consigo explicar. Parece que meu corpo quer se alinhar ao seu," ele disse sem fôlego, olhando nos meus olhos. Sua mão permaneceu no meu pescoço. "Mas eu não queria te beijar só uma vez. Eu queria poder te beijar o tempo todo."
"Noah," eu disse sem fôlego, tentando pensar com clareza.
"Shh," ele disse, colocando o dedo indicador nos meus lábios. "Não diga nada," ele pediu e eu acabei rindo. Ele sabia que eu diria algo negativo sobre nós.
"Você sabe como me sinto sobre isso... Isso." Apontei para ele e para mim. "Não vai acontecer de novo."
"Vou mudar sua opinião," ele disse confiante, deslizando a mão entre meu cabelo e puxando meu rosto para mais perto do dele, trazendo meus lábios para os seus. Suspirei e senti minha calcinha ficar molhada com esse pequeno gesto. "Vamos lá."
Ele se afastou, e eu imediatamente senti falta de seus toques. Observei enquanto ele endireitava a postura no banco e ligava o carro novamente. Me acomodei no meu assento e olhei pela janela para as ruas atrás de mim enquanto ele acelerava.
"Eu disse que não estava com fome," falei ao vê-lo entrando em uma lanchonete.
"Preciso te alimentar para poder me alimentar de você," ele disse maliciosamente, me fazendo corar. Ele sempre é tão direto e fala sobre sexo de forma tão natural.
O carro desacelerou, e ele abaixou a janela pela metade para falar com a atendente.
"MEU DEUS, NOAAAAAH!" ouvi ela gritar euforicamente assim que percebeu que era ele. Revirei os olhos. "Sou sua fã. Você tira uma foto comigo?" ela perguntou. Noah riu e concordou em tirar a foto. As outras meninas que trabalhavam lá também ficaram eufóricas com a presença dele, e demorou um pouco para o pedido ficar pronto.
"Desculpa," ele pediu constrangido assim que conseguiu sair da entrega.
"Como você lida com isso?" perguntei. Deve ser horrível não poder nem ir ao mercado em paz.
"Não é fácil," ele confessou.
"Imagino. Sabe, Noah, há algum risco de alguém nos ver juntos e publicar isso?" perguntei com medo. Nunca quero ser exposta, especialmente na minha situação atual.
Ele não respondeu de imediato, virando o volante do carro para entrar em um motel.
"Infelizmente, isso é algo que não temos como saber." Ele parou o carro para falar com a recepcionista. "Mas prometo que qualquer bagunça que meu mundo fizer no seu, eu vou consertar."
Ele estendeu o braço para pegar o telefone e disse que queria o melhor quarto do lugar. Quando tudo estava certo, o portão automático foi aberto, ele ligou o carro e dirigiu até o quarto que a recepcionista havia indicado.
Como o cavaleiro que é, assim que estacionou o carro e fechou o portão, Noah deu a volta no carro e abriu a porta para eu sair. Ele estendeu a mão para me ajudar a sair do carro. Segurei sua mão, olhando em seus olhos, e saí do carro.
Noah não soltou minha mão; pelo contrário, ele me puxou ainda mais para perto dele. Colocou minha mão em seu peito e levou a mão ao meu pescoço, fazendo um leve carinho.
"Não consigo tirar você da minha cabeça. Nossa noite se repete na minha memória o tempo todo. Nossa química é incrível, loira."
Ele aproximou o rosto do meu e me deu um longo beijo. Fechei os olhos para sentir o toque dos seus lábios nos meus.
"Confesso que também não consigo esquecer. Não lembro de muita coisa, mas as sensações que senti nos seus braços estão gravadas em mim."
Ele sorriu e pegou minha mão novamente, me puxando para dentro do quarto.
"Vamos te alimentar."
"Não estou com fome," disse enquanto olhava ao redor do quarto. A luz era muito fraca, o que tornava o ambiente mais romântico. Havia uma enorme cama redonda no meio do quarto. O teto era espelhado. Notei uma área de dança no canto esquerdo e, no canto direito, havia uma enorme banheira de hidromassagem.
"Gostou?" ele perguntou, me abraçando por trás e colocando a cabeça no meu ombro.
"Uh-huh," murmurei, virando-me para encará-lo. "Quer dançar aquele polydance?" perguntei, colocando meus braços ao redor dos ombros dele.
"Você vai dançar para mim?" ele perguntou animado.
"Se você merecer..."
"Eu vou," ele riu, roubando outro beijo de mim. "Vamos comer, amor."
Noah colocou a sacola com os lanches em uma mesa perto da cama. Sentamos nas cadeiras ali e começamos a comer em silêncio. Mas não era um silêncio desconfortável, sabe? Era um silêncio agradável. Estávamos aproveitando a companhia um do outro.
"Gostou do lanche?" ele perguntou, me observando.
"Para quem não estava com fome, comi tudo."
"Gosto de te ver comer. Fico muito feliz."
Senti tanta sinceridade em suas palavras que até sorri para ele.
"Você é muito gentil. Obrigada!"
"Você vai trabalhar cedo amanhã?" ele perguntou.
"Não. Você tem algum compromisso?"
"Também não," ele respondeu, olhando nos meus olhos. Seus olhos brilhavam, e ele sorria e acenava com a cabeça enquanto me encarava.
"O que foi?" perguntei curiosa.
"Podemos ir para a sobremesa?" ele perguntou, me olhando com fome.
Deus, eu vou ser a sobremesa!
"O que você quer de sobremesa?" perguntei, só para ver o que ele diria.
Ele não respondeu; apenas se levantou da cadeira e deu a volta na mesa em minha direção. Eu estava vestida, mas seu olhar sobre mim fazia parecer que eu estava nua na frente dele. Seu olhar queimava minha pele. Eu me sentia em chamas!
Em um movimento rápido, Noah virou minha cadeira em sua direção, me deixando de frente para ele.
"Quero saborear seu mel. Essa é minha sobremesa."