




05 - Quero te beijar; esse é o desejo que sinto toda vez que olho sua boca deliciosa.
POV NOAH
Levo meu copo aos lábios, tomando um gole da minha bebida. Uísque. Dou uma olhada ao redor da boate lotada, feliz pelo sucesso do meu amigo. Apesar da multidão, algumas pessoas me reconhecem e pedem fotos. Outras garotas continuam se oferecendo. Irritante. Mal consigo me divertir.
Como um ímã, olho para a direita, o canto mais distante da área VIP, em um local isolado. Há uma poltrona vermelha, mas meus olhos se fixam nas pernas da mulher sentada ali. Levanto o olhar para o vestido preto dela e fixo meus olhos em seu rosto.
"Impossível," murmuro para mim mesmo, sem tirar os olhos da mulher que observa tudo com curiosidade.
Percebo que alguns homens estão olhando para ela, o que provavelmente ela não notou, mas eu sim. Giro a bebida nas minhas mãos e a engulo de uma vez, ainda olhando para ela. Coloco o copo de volta na mesa, bato as mãos nas roupas como se estivesse limpando algo e caminho em direção a ela. Seus olhos encontram os meus e ela me vê, reprimindo a vontade de rir de sua expressão surpresa.
"Quatro vezes em menos de 24 horas," digo ao parar na frente dela. Ela olha para minha figura parada à sua frente e fixa o olhar no meu rosto.
"Você está me seguindo?" ela pergunta, com a postura rígida.
Sorrio para ela.
"Acho que é o contrário," brinco, sentando-me ao lado dela sem ser convidado. "Você não está bebendo hoje?" pergunto.
"Estou esperando o Alex que foi buscar nossas bebidas," ela responde, olhando ao redor em busca do amigo.
"Você não acha coincidência demais todos os nossos encontros?" pergunto.
"O que você quer dizer com isso?" ela pergunta, olhando nos meus olhos.
Droga, eu estava tão perto dela que podia sentir meu coração acelerado pela proximidade.
"É destino, caramba," respondo.
Ela sorri.
"De novo com essa história de destino?"
"Acredito que o destino quer que fiquemos juntos."
Tomo a iniciativa e me inclino um pouco mais perto, pegando uma mecha do cabelo loiro dela nas minhas mãos. Enrolo-a nos meus dedos, olhando em seus olhos.
"Quando algo vale a pena, esperar é apenas uma consequência."
"Foi bom para você?" ela perguntou timidamente.
Foi a melhor transa da minha vida, e eu já estive com muitas mulheres na minha vida.
"Se eu quero de novo, o que você acha?" perguntei.
Ela mordeu o lábio, e eu segui seu movimento, querendo agarrá-la ali mesmo.
"Para ser honesta, não me lembro muito bem da noite passada." Ela riu, olhando para mim. "Eu estava muito bêbada."
"Você não bebeu hoje; posso fazer você se lembrar."
Ela olhou para mim e não disse nada. Tomei isso como um sim e me levantei rapidamente; ela me seguiu com o olhar.
"Vou te esperar lá fora em 10 minutos," disse ao sair.
Passei pelas pessoas que tentavam me parar de alguma forma e saí pela porta dos fundos porque pela frente era impossível.
Lá fora, meu carro estava estacionado onde eu o havia deixado. Encostei-me no capô do carro e cruzei os braços para esperá-la.
Meu coração batia freneticamente no peito, eu estava tão ansioso.
Já estive com muitas mulheres na minha vida, mas Isa é diferente. Nosso sexo foi tão intenso como nunca tinha sido com ninguém. Nossa química é única.
Eu a quero, e sei que ela também me quer; ela só está com medo. E eu entendo o lado dela, mas não vou desistir de tê-la em meus braços mais uma vez. Nunca desisto do que quero.
Tirando todo o meu ar, vi a loira sair da boate, olhando ao redor, e assim que me avistou, parou de andar por um momento. Tenho certeza de que ela está se perguntando se foi uma boa ideia vir me encontrar, mas vou mudar todos os pensamentos ruins que ela tem sobre mim.
Um homem se aproximou dela, colocando a mão na cintura dela e sussurrando algo em seu ouvido. Desencostei-me do carro para me aproximar deles, mas vi ela fazer uma careta e balançar a cabeça, afastando gentilmente a mão do homem de sua cintura. Ela deixou o homem falando sozinho e caminhou em minha direção.
Continuei encarando o homem que fez questão de se virar para admirar o bumbum dela enquanto ela caminhava em minha direção, cerrei o maxilar e apertei os punhos.
"Oi," ela me chamou, e senti sua mão quente no meu braço direito, ela segurou minha mão, soltando o aperto. Desviei o olhar do homem e olhei nos olhos dela.
"O que ele queria?" perguntei, tentando controlar minha raiva.
"Um idiota," ela resmungou.
"O que ele disse para você?" insisti.
"Não é importante."
Eu a encarei, ainda com uma expressão severa.
"Você me chamou aqui para isso?" ela questionou. "Vou voltar lá para dentro, então."
Ela se virou para voltar para a boate, mas eu segurei sua cintura, puxando-a para perto de mim. Ela bateu seu belo bumbum contra meu corpo. Afastei seu cabelo, expondo seu pescoço, e dei uma cheirada, plantando um beijo ali. Ela estremeceu, me fazendo rir.
"Desculpa," sussurrei, ajeitando seu cabelo de volta no lugar e virando-a para me encarar. "Vamos sair daqui?"
"Vamos," ela respondeu.
Segurei sua mão e caminhamos até meu carro. Destravei o alarme e abri a porta para ela. Ela entrou, me agradecendo. Fechei a porta dela e dei a volta no carro para sentar no meu lugar.
Liguei o ar-condicionado e coloquei uma música suave. Liguei o carro e saí do estacionamento.
"Está com fome?" perguntei.
"Não, obrigada," ela disse, olhando pela janela enquanto as ruas desapareciam atrás de nós.
"Me conta mais sobre você," pedi, interessado. Coloquei uma mão na coxa dela enquanto segurava o volante com a outra.
"O que você quer saber?"
"Tudo," respondi.
Sinceramente, nunca estive tão interessado em uma mulher como estou nela.
"Não tenho muito o que dizer."
"Tenho certeza que sim."
Ela olhou para mim e sorrimos um para o outro.
"Bem, sou jornalista e escritora. Tenho 35 anos. Sou mãe de um adolescente de 15 anos. Acabei de me divorciar após um longo casamento. Não estou acostumada a beber; bebi ontem e acabei na cama com um estranho."
"Eu não sou mais um estranho," retruquei.
"Eu ainda não sei nada sobre você além de ser o famoso e desejado jogador do mundo todo."
"Desejado, é?"
"Não se faça de bobo! Você sabe muito bem que onde quer que vá, as garotas desmaiam por você."
"De fato," concordei. "Mas agora só tenho olhos para uma mulher. Loira. Recém-divorciada e mãe."
Ela me olhou por longos minutos e depois desviou o olhar, encarando a janela.
Disse algo errado?
Abri o porta-luvas do carro e procurei por um chiclete. Encontrei um. Rasguei o plástico e coloquei um na boca, mastigando.
"Quer um?" ofereci. Ela olhou para minha mão e pegou um chiclete também. "Fiz algo errado?" decidi perguntar. Sempre sou muito direto e honesto.
"Acabei de me divorciar, um casamento de 15 anos," ela suspirou. "Não estou procurando um relacionamento, e acho que isso é um erro."
Isso me incomodou, confesso.
Estacionei o carro em uma rua desconhecida para mim e me virei para ela.
"Um erro? Me explique, por que é um erro?"
"Sou 10 anos mais velha que você. Isso já é motivo suficiente!"
"Você nunca esteve com alguém mais jovem antes?" perguntei.
"Pelo amor de Deus, até ontem meu ex-marido tinha sido o único homem na minha vida," ela disse, mas depois ficou em silêncio, olhando para o lado oposto ao meu.
"Então, sou um sortudo?"
"Tenho 35 anos, fui criada de forma diferente de vocês jovens de hoje. Não sou como essas garotas com quem você está acostumado."
"E eu sei, caramba," disse um pouco irritado, vendo que ela estava arranjando mil desculpas para não ficar comigo. "Eu sei que você é diferente. Você é única, Isa."
Nossos olhares travaram uma guerra entre si, ninguém ousando desviar o olhar. Baixei meu olhar para sua boca rosada e voltei a encará-la.
"Não consigo parar de pensar em você," confessei. Desde que entrei naquele bar ontem e a vi, meus pensamentos traiçoeiros só me levaram a ela.
Isabela não disse nada; continuou me encarando com seus olhos intensos. Suspirei. Levantei minha mão direita em direção ao rosto dela. Segurei seu pescoço firmemente, mantendo o contato visual com ela. Acariciei a nuca dela com meu dedo, e ela fechou os olhos por um breve momento. Quando os abriu novamente, tinham um brilho diferente.
"Quero te beijar; esse é o desejo que sinto toda vez que olho para sua boca deliciosa."
"O que está esperando?" Ela perguntou suspirando, mandando meu autocontrole para o inferno.
Aproximei meu rosto do dela e segurei seu pescoço firmemente, alternando meu olhar entre seus olhos e sua boca. Ela estava fazendo a mesma coisa, mas o maldito brilho nos olhos dela estava me deixando louco e eu ainda nem a tinha tocado. Passei meu dedo indicador sobre seu lábio interno, sentindo a maciez de seus lábios.
"Quero te beijar. Quero te beijar por inteiro. Quero te prender contra a parede, esticar seus braços e morder seu pescoço devagar. Quero morder seus lábios e beijá-los. Cheirar seu rosto. Respirar pela sua pele. Quero te beijar," sussurrei. Ela suspirou.
Sem pensar duas vezes e sem perder tempo, pressionei meus lábios contra os dela. Começando com um beijo longo. Ela abriu a boca para me deixar entrar e aproveitei para explorar sua boca com minha língua.
Algumas pessoas te dão sentimentos loucos, e ela é essa pessoa...