




Capítulo 5 O drama
Quando Emily acordou na manhã seguinte, os eventos da noite anterior pareciam um fragmento de sua imaginação. O encontro com o cara rico dos negócios foi agradável, no entanto. Isso a fez sorrir enquanto saía da cama e se apressava para se arrumar para o trabalho.
À luz sóbria do dia, ela decidiu que era melhor que nada mais tivesse acontecido. Byron podia ser charmoso e incrivelmente bonito, mas suas mudanças de humor não eram um bom sinal.
Emily ficou cada vez menos iludida quando a realidade de Josh estar na cidade se instalou. Ela não sabia se ele estava de visita ou se tinha decidido se mudar para lá apenas para persegui-la, mas era uma boa ideia denunciá-lo à polícia, ou pelo menos obter algum conselho.
Quando chegou ao escritório, procurou sua amiga Pam, que trabalhava em vendas. Elas eram amigas desde a universidade, e Pam sabia todos os detalhes da vida de Emily. Ela provavelmente adoraria ouvir sobre a noite passada, mas infelizmente estava fora em uma reunião de vendas.
Emily já sabia que Pam diria para ela ir atrás daquele cara rico e bonito. Pam era uma pessoa determinada. Ela nem sempre entendia que Emily não era assim, mesmo que às vezes Emily quisesse ser mais forte e assertiva, mas não sabia como.
Quando Emily foi para seu cubículo de costume, achou difícil manter a mente no design da última campanha de marketing.
Por pura curiosidade, ela queria procurar Byron na internet. Parte dela não queria porque, obviamente, ele não estava interessado nela, e ela se conteve de fazer isso a manhã toda, mas depois de completar parte de seu trabalho, ela digitou "Byron Pomeroy" no motor de busca do computador.
As coisas que apareceram a deixaram boquiaberta. Ela cobriu a boca com a mão, tentando não soltar uma exclamação de surpresa para que todos no escritório não ouvissem.
"Você está bem?" uma das mulheres no cubículo ao lado perguntou.
"Sim," disse Emily. "É só uma tosse."
Ela esperava talvez uma ou duas contas de mídia social para sua página pessoal ou seu negócio. Mas havia inúmeras entradas sobre ele. Os artigos que surgiram sobre Byron Pomeroy falavam de um bilionário implacável que destruía sua concorrência e fechava corporações inteiras se seu café fosse servido um grau mais frio do que o habitual. Ele possuía um império de empresas, e Emily achou incrível que nunca tivesse ouvido falar dele antes. Claro, ela não lia notícias de negócios a menos que tivessem algo a ver com a indústria da moda. O homem nas fotos parecia exatamente aquele homem doce e bonito que a ajudou, mas ela mal podia acreditar que era ele.
Por que ele se deu ao trabalho de ajudá-la? Talvez até esse empresário malvado tivesse um ponto fraco, uma fraqueza por mulheres em fuga. Ela se lembrou do que ele contou sobre o divórcio dos pais. Ele deve ter sentido pena dela, pensou Emily. Nunca houve nenhuma atração ali.
Emily olhou para cima da tela para ver se mais alguém tinha notado sua reação. Estava tudo bem; todos os outros estavam trabalhando ou conversando sobre outras coisas em seus cubículos. Mas então ela viu a recepcionista entrando com... Josh. Esse era seu pior pesadelo se tornando realidade.
"Emily, tem um amigo aqui para te ver," disse a jovem recepcionista, "Mas seja rápida. Os gerentes não gostam de muitas visitas sociais."
"Esse não é meu amigo," disse Emily, incapaz de compreender como ele estava ali.
"Emily, precisamos conversar," disse Josh gravemente, como se ela fosse algum tipo de encrenqueira. "Não pode continuar assim. Você pode sair comigo por um momento?" Ele se aproximou de sua mesa, mas ela estava paralisada de choque.
Ele estava agindo como se isso fosse normal, invadindo seu local de trabalho e exigindo falar com ela.
"Não," disse Emily. "Saia! Este é meu escritório."
Ela realmente não tinha seu próprio escritório, mas as palavras saíram assim, já que aquele era seu território muito mais do que dele. Ela não conseguia decidir se estava mais assustada ou com raiva ao vê-lo ali.
"Ok, se você não vai vir comigo, vou ter essa conversa aqui e agora," declarou Josh.
"Esse cara está te incomodando?" Sam, um de seus colegas, sussurrou para Emily. "Vou chamar a segurança."
"Obrigada," Emily sussurrou de volta. "Eu realmente não quero ele aqui."
"Não há nada para conversar," disse Emily a Josh, "Por favor, vá embora. O que quer que você diga agora, eu nem vou ouvir."
Ela se sentiu mais tranquila pelo fato de que Sam estava discretamente chamando os serviços de segurança do prédio. Outras pessoas pararam de trabalhar e focaram toda a atenção na cena que se desenrolava.
"Eu não me importo," Josh respondeu de forma arrogante. "Você não parece se importar com meus sentimentos, então por que eu deveria me importar com os seus?"
"Eu nem sei do que você está falando!" disse Emily. Já era ruim o suficiente que, na mente de Josh, ela fosse a causa de toda a sua miséria, mas agora parecia que ele iria convencer todos os seus colegas de trabalho de que ela estava de alguma forma machucando-o.
"Eu sei que você está saindo com todos esses homens diferentes só para me deixar com ciúmes!" ele gritou.
Todos no escritório pareciam estar julgando-a agora. Claro, ela saía com homens diferentes porque era solteira, mas ele estava fazendo-a parecer algum tipo de mulher fácil, algo que as outras mulheres no escritório claramente perceberam.
Uma das mulheres mais velhas franziu os lábios, enquanto a jovem recepcionista realmente deu uma risadinha, feliz por encontrar algo para fofocar mais tarde.
"Eu não posso fazer isso," disse Emily enquanto lágrimas surgiam em seus olhos.
Ela mal sabia o que estava fazendo, mas de repente se levantou de sua mesa e saiu rapidamente do escritório coletivo e foi para o corredor, tentando se afastar.
Por mais que estivesse dividida entre ficar ali e se defender e correr o mais longe possível, Emily percebeu que quanto mais falava com ele, mais parecia que ele tinha algum direito real sobre seu tempo.
Ela só queria estar bem longe desse homem. O puro pânico a levou mais fundo no labirinto de escritórios e cubículos na parte de trás do prédio. Havia uma saída de emergência que ela poderia usar. Estava por aqui em algum lugar...