Maldito Dylan!
CAMILLA
Eu pulei em cima dele, o objetivo era tentar imobilizá-lo. Ele continuava rindo, devido às minhas cócegas indiretas, ou talvez porque minhas investidas e ações fossem divertidas para Dylan. A última opção combina mais com a personalidade dele. Fiquei mais irritada e comecei a dar socos em todas as partes do corpo dele que eu conseguia alcançar.
"Diga que você está arrependido."
Eu ordenei, isso estava cansativo, mas eu não queria desistir sem garantir algo para mim.
Em vez de se desculpar como eu pedi, ele riu, seus olhos sonhadores brilhando de excitação. O que eu disse um segundo atrás?
Meus olhos se desviaram dos dele e foram para a posição em que estávamos. Eu estava montada nele e suas mãos estavam extremamente próximas da minha bunda. Isso explica a excitação dele e a vontade de não sair dali tão cedo.
Eu corei furiosamente, tentando sair de cima dele, mas ele apenas empurrou de volta e nossos rostos quase se tocaram. Engoli em seco, tentando manter meus olhos longe dos lábios dele. Não ceda à tentação. É isso que ele quer. Me empurrar a tomar uma atitude e depois fazer um grande alarde sobre isso. Não, Camilla. Apenas levante-se e corra na outra direção. Pense em Kyle. Pense nos sentimentos dele.
Balancei a cabeça e mantive meu olhar naqueles lábios, se eu apenas me inclinasse um pouco, eu os provaria. Cedendo à tentação, me aproximei mais, prestes a unir nossos lábios quando ouvi a garagem abrir. Isso me deu o choque de realidade que eu precisava para saber que os pais dele estavam de volta, além disso, eu tinha um namorado, Dylan era um jogador e isso era uma receita para a destruição.
Eu o empurrei com toda a força que tinha, limpei meu rosto com as palmas suadas e corri para fora do quarto, desci o lance de escadas mais próximo e fui direto para o meu quarto.
No meu refúgio seguro, coloquei a palma da mão contra meu coração acelerado, tentando acalmá-lo.
Eu estava prestes a arriscar tudo ali? Por Dylan?
"O que há de errado comigo?" murmurei, o quarto estava girando e minha cabeça doía. Dylan não se lembra do que aconteceu naquela noite. Ele só quer transar comigo e se gabar para os amigos, e eu não posso deixar que ele me afete ou encontre um caminho para o meu coração. Deitei na cama, fechando os olhos, forçando-me a dormir.
Na manhã seguinte, os raios de sol brilhavam intensamente, esfreguei as pálpebras, bocejando um pouco cansada dos eventos do dia anterior.
Acho que todos me deixaram dormir, já que não recebi nenhuma ligação desde a noite passada até agora. Fiquei no meu quarto e não me incomodei em descer para o jantar, o que me deixou com mais fome.
A Sra. Emerton disse para deixar minhas roupas em um cesto de roupa suja para a máquina de lavar, então tudo o que eu tinha que fazer era me preparar para a escola e pedir para Dylan me levar.
Eu não achava que gostaria de segurar nos abdominais dele todos os dias por semanas ou meses ou o tempo que levar para conseguir uma casa nova. Achei que poderia andar ou economizar e comprar um carro ou talvez o pai dele pudesse me levar se não fosse muito incômodo. Passei pelas roupas que eles me deram, escolhendo uma camisa branca e um jeans azul, optei por tênis para combinar com o visual da semana. Não consegui fazer nenhum dever de casa. Só esperava que os professores não se importassem. Pendurei minha mochila no ombro e saí do quarto, extremamente faminta. Desci as escadas devagar. Todos estavam comendo panquecas, incluindo Dylan, passei por ele e seus olhos ficaram em minhas costas até eu me sentar do outro lado da mesa. Senti ele me seguir até eu me sentar, claro que não ousei olhar para ele e encontrar seu olhar esperando. É isso que ele quer. Me fazer desmoronar sob ele, provar que ele é o macho alfa. Ele adora mexer com as pessoas. Mexer comigo. Não mais.
"Bom dia a todos."
Digo baixinho enquanto pego meu café da manhã. Até agora, tudo bem. A não ser que Dylan tenha algo a dizer sobre isso.
"Bom dia, querida, espero que tenha dormido bem?"
A mãe dele perguntou, eu assenti em resposta, comendo em silêncio.
Depois de algumas panquecas, levantei-me para ir a pé para a escola. Precisava sair cedo se quisesse chegar antes da primeira aula.
"Estou indo para a escola." Eu disse, eles me olharam de um jeito estranho antes que o pai dele falasse.
"Dylan pode te levar, querida, você não pode ir a pé para a escola."
"Claro que posso." Respondi com uma risada brincalhona, mas eles não pareceram convencidos.
"Dylan, o que você disse para ela?"
O pai dele perguntou depois da minha risada estranha. Droga. Ele está claramente desconfiado ou sabe como o filho pode tratar mal as mulheres, talvez um pouco dos dois.
"Nada. Dylan não fez nada, eu só quero andar, parece engraçado."
Pelas expressões em seus rostos, pude perceber que eles não acreditaram em mim. De jeito nenhum.
"Entendo que você sinta a necessidade de ficar sozinha, querida, mas Dylan pode te levar e, se ele tentar algo, você pode nos contar e eu pessoalmente o mato."
A mãe dele disse com um sorriso doce.
"Tudo bem." Cedi, sem mais desculpas. Se eu insistisse mais, seria o assunto da conversa. Eu apenas ficaria quieta e evitaria conversas com ele, pegaria carona para a escola e nada mais.
"Cuide-se, querida." Acenei para eles, saindo de casa com Dylan atrás de mim.
Ele subiu na moto, eu o segui e ele me levou para a escola.
Tentei ao máximo evitar contato com ele, mas ou eu o segurava firme ou caía da moto. Escolhi a primeira opção e tentei não me deixar levar pelo perfume dele ou deixar o cheiro doce nublar meu julgamento e decisão sobre meus próximos passos.
Então, percebi que a escola estava à vista e ele não estava parando como no dia anterior. Ele estava se aproximando da zona vermelha, qualquer aluno poderia passar e me ver na moto dele. Ele esqueceu?
"Dylan, o que você está fazendo?"
Perguntei enquanto ele continuava dirigindo. Nos aproximamos das instalações e Dylan não estava parando.
"Dylan, alguém pode nos ver juntos."
Aumentei a voz, mas ele parecia surdo ou não se importava? O que aconteceu com as conversas sobre a reputação dele e como as garotas reagiriam se nos vissem juntos? O que diabos ele está pensando?
Então, chegamos ao estacionamento, eu estava segurando-o firme. Ele tirou o capacete e todos os olhos estavam literalmente em nós. Eu tinha acabado de chegar à escola com o bad boy, uma posição que as garotas morreriam para estar, algumas até matariam. Depois disso, essa última palavra poderia ser meu destino. Ousei olhar ao redor e as garotas estavam me encarando enquanto os garotos me avaliavam, provavelmente pensando que eu era a nova conquista, se perguntando o que Dylan viu em mim e debatendo em me pegar depois, já que as garotas dele geralmente eram as melhores, palavras deles, não minhas.
Pelo canto dos olhos, avistei Kyle. Meu coração se despedaçou.
Ele estava no canto do corredor, olhou diretamente para Dylan e depois para mim, pressionou os lábios em uma linha fina, a realização brilhou em seus olhos, seus olhos magoados. Então, ele balançou a cabeça tristemente, abaixou-a, virou-se e foi embora sem dizer uma palavra. Desci da moto, olhei furiosa para Dylan e corri para dentro para tentar salvar meu relacionamento. Nem eu me perdoaria em uma situação como essa. Por que Dylan continua procurando maneiras de arruinar minha vida? Atualmente, Kyle está chateado e a escola inteira está se desmoronando. Isso não vai acabar bem para nenhum de nós.