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Para o desconhecido

Mary sentou-se na carruagem, sentindo-se um pouco deprimida depois de deixar tudo e todos que conhecia para trás.

Isso não era totalmente verdade, ela pensou, na verdade, estava cercada por pessoas que conhecia, e estava com a Senhora e Kopa. Isso ajudava um pouco, ela só precisava encarar isso como uma aventura. Como quando Erik e ela exploravam a cidade quando eram crianças.

Depois de um tempo, a carruagem parou, e Mary olhou para a Senhora com uma expressão de dúvida.

"Temos que esperar pelos vagões com nossa bagagem", explicou a Senhora sem que Mary precisasse perguntar.

Mary assentiu e percebeu que não poderiam viajar sem os vagões de carga. A procissão com os cavaleiros cinzentos e a solitária carruagem branca era apenas para criar uma impressão, para manter a visão da Senhora e sua comitiva.

Mary pensou que deveria ter percebido isso antes, ela, mais do que ninguém, deveria saber quanto alimento era necessário para alimentar todas essas pessoas. Enquanto esperavam os vagões alcançarem, Mary pensou na jornada à sua frente e em uma série de outras coisas.

Ela descobriu que tinha uma série de perguntas, mas não sabia se teria coragem de fazê-las. Ela se virou para Mildy, que estava sentada em frente a ela.

"Quanto tempo vai durar a viagem?" perguntou Mary.

"Mais ou menos uma semana, dependendo do clima e outras coisas," respondeu a aari, e as outras duas mulheres assentiram. Mary ficou quieta por um momento antes de fazer a próxima pergunta.

"Que língua se fala em Salmisara?" "Salamis é a mais comum, mas em Salmis há tantos comerciantes e diferentes nacionalidades que o comum é falado com frequência. Depois, há várias línguas locais nas diferentes regiões, mas a maioria pode ser considerada dialetos do salamis," respondeu Mildy.

Mary ficou surpresa. Em Dermes, só se falava a língua comum.

"Então eu tenho que aprender salamis," disse Mary.

"Você vai se virar bem com o comum, pelo menos nos primeiros meses," a Senhora a tranquilizou. Mas Mary balançou a cabeça.

"Eu não posso viver em um lugar e não falar a língua deles. Isso seria desrespeitoso da minha parte," ela disse. A declaração fez as outras três mulheres sorrirem.

"Você é sábia para a sua idade," disse Leana.

"Obrigada," respondeu Mary.

"Não faria mal se déssemos algumas aulas ao longo do caminho," disse a Senhora. "Nos daria algo para fazer."

Mary se sentiu um pouco melhor, parecia importante para ela se tornar parte da cidade que se tornaria seu novo lar.

Kopa abriu a porta para anunciar que os cavaleiros estavam agora se reorganizando com os vagões e que poderiam continuar a jornada em dez minutos.

O dia então consistiu em uma das mulheres na carruagem dando a Mary uma nova palavra em salamis, Mary a repetia em voz alta algumas vezes e depois se concentrava em tentar lembrá-la. Depois de um tempo, ela era perguntada se lembrava das diferentes palavras.

Mary descobriu que era surpreendentemente fácil lembrar as diferentes palavras. O que causava mais problema era a pronúncia. Salamis era mais melódico e tinha mais nuances dentro da melodia do que a língua comum.

O joguinho delas significava que ela não tinha tempo ou energia para pensar sobre sua decisão ou seu futuro. Algo pelo qual ela era grata e que a ajudava a focar no presente.

O dia virou crepúsculo e, na última hora, elas viajaram por uma paisagem arborizada que quase não tinha sinais de presença humana. Mary começou a pensar que continuariam viajando durante a noite quando avistou uma colina um pouco mais à frente, onde parecia haver uma vila no topo.

Fogueiras entre os pequenos edifícios iluminavam a escuridão que se aproximava. À medida que se aproximavam, Mary percebeu que os edifícios eram, na verdade, tendas montadas em um aglomerado denso.

As tendas eram guardadas por pessoas vestidas de cinza, e Mary percebeu que a Senhora tinha uma comitiva maior do que havia trazido para a cidade. O restante do grupo estava esperando aqui no acampamento.

Mary podia ver mais vagões de carga entre as tendas. Era realmente uma grande empreitada mover todas essas pessoas, pensou Mary. Então a carruagem parou e Kopa abriu a porta para ajudar as mulheres a descer. Um grupo de pessoas vestidas de cinza se levantou para cumprimentar a Senhora.

"Está tudo pronto para a partida amanhã," disse um dos homens. Ele era pequeno de estatura, mal mais alto que Mary, mas a expressão em seus olhos dava a impressão de que era um homem acostumado a ser obedecido.

"Obrigada, Nihal," disse a Senhora com um pequeno sorriso. Ela indicou para Mary se aproximar, e Mary apressou-se em obedecer. "Nihal, esta é Mary, ela nos acompanhará em nossa jornada. Mary, este é Nihal, ele supervisiona os cavaleiros cinzentos," disse a Senhora.

Nihal inclinou a cabeça em reconhecimento a Mary, e Mary respondeu com uma pequena reverência e olhou para baixo. Mary achou que viu uma expressão de desaprovação no rosto da Senhora e ficou com medo de ter feito algo errado, deveria ter mostrado mais respeito e, se sim, como?

Mas a expressão passou tão rapidamente que Mary não tinha certeza se tinha visto ou se imaginou. A Senhora continuou a conversar com o pequeno grupo de pessoas vestidas de cinza. Mary ficou pensando em quem poderia perguntar como deveria se comportar e olhou ao redor.

Ela viu Kopa ajudando a descarregar alguns dos baús e malas de um dos vagões de carga. Ela caminhou até ele, ficando um pouco de lado, esperando ele terminar. Como de costume, ele parecia saber que ela estava lá e virou a cabeça em sua direção, sorrindo um pouco antes de continuar a trabalhar.

Havia atividade por toda parte e Mary se sentia inquieta e desnecessária onde estava, sem ajudar. Quando Kopa se aproximou dela, ela perguntou.

"O que posso ajudar?" Kopa sorriu para ela.

"Você pode me fazer companhia enquanto faço minha ronda," ele disse. Mary não ficou totalmente satisfeita com a resposta, mas assentiu e o seguiu enquanto ele começava a caminhar.

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