




♥ Capítulo 4 ♥
Enzo D'Angelo.
''É incrível. Muito obrigado,'' Klaus diz, genuinamente impressionado, enquanto seus olhos examinam cada detalhe do quarto, claramente maravilhado com o cuidado e a elegância do espaço preparado para eles.
''De nada,'' Christopher responde, antes de se virar para mim. ''Bem, para o Enzo... temos um pequeno problema.
''Por quê?'' meu pai, Dante, pergunta, franzindo a testa.
''Os outros quartos já estão ocupados. Posso colocá-lo para dormir no quarto dos meus filhos. Tem uma cama de solteiro que eu coloquei lá,'' Christopher explica, e eu reviro os olhos em choque.
''De jeito nenhum!'' exclamo, balançando a cabeça em negação.
''Querido,'' minha mãe diz, colocando a mão no meu ombro. ''Não há mais lugares disponíveis. O Sr. Christopher está tentando nos ajudar.
''Eu não quero dividir um quarto com os filhos dele, mãe!'' protestei, sentindo minha irritação crescer.
''Meus filhos são bem comportados, eu prometo. Será apenas por alguns dias até eu conseguir um quarto para você,'' Christopher tenta me tranquilizar, mas seu tom me irrita.
''Ele vai aceitar,'' declara meu pai Elijah, me lançando um olhar firme. Surpreso, encaro meu pai, mas ele apenas me olha seriamente. ''Você não vai, Enzo?
Fecho a cara e suspiro, resignado.
''Sim,'' respondo contrariado, e ele sorri satisfeito.
''Perfeito. Meus filhos não vão se importar. Por aqui, por favor.
Eu sigo Christopher a contragosto, viramos à esquerda e logo paramos em frente a uma porta.
''Aqui está,'' ele diz, abrindo a porta.
Entro no quarto relutantemente, sentindo uma leve tensão se formar nos meus ombros. O quarto à minha frente é grande, com paredes pintadas em tons suaves de azul e cinza, criando uma atmosfera estranhamente acolhedora. Há duas camas de solteiro, uma de cada lado do quarto, ambas com cabeceiras de madeira escura e lençóis brancos impecáveis. Entre as camas há uma pequena mesa de cabeceira com um abajur moderno, cuja luz suave ilumina gentilmente o espaço. Ao fundo, há uma grande janela que deixa entrar bastante luz natural, revelando a vista de um jardim bem cuidado. No canto direito, há uma escrivaninha de madeira clara, organizada com alguns livros e materiais de estudo, provavelmente dos filhos de Christopher.
''Sua cama é ali,'' ele diz, apontando para a cama de solteiro no canto esquerdo, ao lado da janela. ''Vou tentar conseguir um quarto para você o mais rápido possível.
Espero que sim, seu velho tolo.
''Certo,'' respondo, sem nem olhar para ele, tentando ignorar a sensação de desconforto.
''Você pode guardar suas roupas no armário,'' Christopher continua, apontando para uma porta de madeira ao lado da escrivaninha. ''Há um espaço vazio que você pode usar.
''Ok,'' murmuro, aproximando-me da cama e colocando as malas sobre ela.
''Vou deixá-lo se acomodar,'' diz Christopher antes de sair, fechando a porta atrás de si.
Assim que ele sai, meu rosto se contorce em uma expressão de raiva.
''Vai se ferrar, seu velho tolo!
Agora estou preso neste quarto com garotos que nunca vi na vida. Eu realmente mereço essa desgraça?
Solto um suspiro pesado e começo a explorar o espaço que agora é meu, mesmo que temporariamente. Caminho até o armário e abro a porta. Dentro, encontro prateleiras vazias e um espaço para pendurar roupas. Ao lado, algumas gavetas estão disponíveis, prontas para serem usadas. A madeira clara e o cheiro de lavanda que preenche o quarto sugerem que tudo foi recentemente limpo e organizado, mas isso não melhora meu humor.
Volto para a cama e abro minhas malas com um gesto irritado. A primeira mala está cheia de roupas dobradas com precisão - camisas, calças e jaquetas. Pego uma pilha de camisetas e caminho até o armário, onde começo a organizá-las nas prateleiras. Cada movimento é mecânico, como se eu estivesse no piloto automático. A sensação de que estou invadindo o espaço de outra pessoa me incomoda, mas não há nada que eu possa fazer a respeito.
Depois de guardar as camisetas, passo para as calças, pendurando cada uma cuidadosamente nos cabides que encontrei ali. Tento ignorar o fato de que estou arrumando minhas coisas no quarto de completos estranhos, mas a irritação ainda está presente. Em seguida, coloco minhas roupas íntimas nas gavetas, organizando-as rapidamente para acabar logo com essa tarefa desagradável.
''Eu deveria ter trazido minhas baratas falsas e ratos de brinquedo,'' murmuro para mim mesmo, imaginando como seria divertido assustar os filhos de Christopher.
Finalmente, depois de tudo arrumado, volto para a cama e pego a última peça de roupa - jeans preto e uma camiseta preta. Decido me trocar e ir ao banheiro.
O banheiro, pelo menos, é um alívio. Moderno e espaçoso, com azulejos brancos e um grande espelho sobre a pia, tem uma sensação de frescor que me ajuda a relaxar um pouco. A água quente do chuveiro me acalma, lavando um pouco da tensão que senti desde que cheguei aqui.
Quando termino, volto para o quarto e me jogo na cama. Para minha surpresa, a cama é incrivelmente confortável. Pego meu celular para ver as horas - ainda é meio-dia. Suspiro, sentindo o cansaço se apoderar do meu corpo.
''Vou tirar um cochilo,'' decido, fechando os olhos, e, em poucos minutos, adormeço, exausto.