




♥ Capítulo 1 ♥
Aviso: Este livro contém temas de romance gay. A história foca em jovens e seus relacionamentos, explorando aspectos emocionais e românticos.
Nota: Se houver algum erro no livro, peço desculpas. Ainda estou aprendendo a falar inglês e estou fazendo o meu melhor. Espero que gostem da leitura!
Enzo D'Angelo.
''Por que decidimos viajar assim de repente?'' pergunto, desviando o olhar da janela para meus pais no carro.
''Já expliquei, querido. Estamos indo para o aniversário dos filhos de um amigo da família,'' minha mãe responde, mantendo a calma de sempre.
''Eu entendo isso, mãe. O que não faz sentido para mim é por que eu tenho que ir junto,'' digo, cruzando os braços em protesto.
''Claro que você tinha que vir, Enzo. Seu irmão e cunhado estão no outro carro também,'' minha mãe acrescenta, e eu me viro para olhar pela janela de trás, vendo o carro deles logo atrás do nosso.
''Eu poderia muito bem ter ficado em casa sozinho,'' resmungo, fechando a cara. A resposta deles é uma risada coletiva que me irrita ainda mais. ''Não vejo graça nisso.
''Você realmente acha que deixaríamos você sozinho em casa?'' minha mãe pergunta, com um sorriso discreto no rosto, enquanto eu solto um suspiro exasperado.
''Eu só coloquei fogo no sofá uma vez, e não foi de propósito. Nada de ruim ia acontecer,'' murmuro, ainda emburrado.
''Até hoje me pergunto como você conseguiu fazer isso,'' comenta meu pai, Dante, sem tirar os olhos da estrada.
É melhor ele não saber. Mas ele não acreditaria se eu dissesse que foi um acidente.
''E por que estamos saindo dois dias antes do aniversário?'' continuo, tentando entender a lógica por trás da decisão. ''Poderíamos ter viajado no dia certo.
''Enzo, ninguém chega a um aniversário no dia exato, especialmente quando vamos ficar um tempo. Tivemos que vir antes para nos acomodar,'' minha mãe explica pacientemente. Solto um suspiro pesado, tentando esconder minha frustração.
Decido ignorar a conversa ao meu redor e me concentrar na paisagem que passa rapidamente pela janela. As árvores, casas e estradas parecem borrões, mas essa distração é melhor do que pensar no desconforto que estou sentindo. A ideia de passar dias longe de casa, especialmente sem a companhia da minha píton, me incomoda profundamente. Quando cheguei em casa após o último dia de aula, fui surpreendido com a notícia de que iríamos para a Itália no dia seguinte. Não tive escolha; fui praticamente arrastado para essa viagem que eu não queria fazer.
Deixei comida suficiente para minha píton, mas isso não alivia minhas preocupações. Meu estômago revira ao pensar que ela pode ficar sem os cuidados adequados, mesmo que temporariamente. Odeio estar perto de pessoas que não conheço, e a ideia de ter que interagir com estranhos me perturba. Pior ainda, detesto qualquer tipo de contato físico indesejado. Fico arrepiado só de pensar nisso.
Enquanto continuo olhando pela janela, meus pensamentos vagam para outra questão. Meus pais estão envolvidos em negócios ilegais, algo que sempre esteve no ar, mas nunca foi discutido abertamente. Aparentemente, esse amigo que estamos visitando é um mafioso muito famoso da Itália. Já ouvi falar dele algumas vezes em conversas sussurradas entre meus pais, mas nunca me importei com isso. Para mim, é apenas mais uma parte da vida caótica que eles escolheram, que inevitavelmente me arrasta junto. Não vejo sentido em tentar entender ou me envolver mais do que o necessário. Só quero que essa viagem acabe logo para que eu possa voltar para casa e para minha rotina, onde me sinto seguro e no controle.
Além disso, desvio o olhar da janela e observo meus pais no carro por um momento. Minha mãe, uma mulher bonita de cerca de 45 anos, sempre foi o centro das atenções onde quer que vá. Ela tem longos cabelos castanhos, que caem suavemente sobre os ombros, e seus olhos verdes são incrivelmente expressivos, capazes de transmitir tanto doçura quanto firmeza. Sua pele é clara e bem cuidada, com poucas rugas, resultado de uma vida de privilégios e cuidados constantes. Ela sempre se veste impecavelmente, preferindo roupas que destacam sua elegância natural, mas sem chamar muita atenção para si. Apesar de sua aparência tranquila, sei que ela é uma mulher forte e determinada, acostumada a lidar com situações difíceis sem perder a compostura.
Ao lado dela está meu pai, Dante. Ele tem 48 anos, mas parece mais jovem, talvez por causa da forma como se mantém em forma e sempre parece estar um passo à frente de todos. Seu cabelo é escuro, com alguns fios grisalhos que só acentuam seu ar de autoridade e experiência. Seus olhos são de um marrom profundo, quase negros, e ele raramente deixa transparecer suas emoções. É um homem de poucas palavras, mas sua presença é marcante, dominando o ambiente mesmo quando está em silêncio. Seus traços são firmes, com um queixo quadrado e um porte atlético que deixam claro que ele não é alguém com quem se deve brincar. Ele sempre veste roupas escuras, em tons de preto ou cinza, combinando com sua personalidade reservada e misteriosa.