Capítulo 2
"Há uma teimosia em mim que nunca pode suportar ser amedrontada pela vontade dos outros. Minha coragem sempre aumenta a cada tentativa de me intimidar."
Ela se sentou no topo da montanha e começou a meditar, procurando em cada canto de cada reino sobrenatural, mas sem sucesso.
A sacerdotisa estava furiosa enquanto tentava ver se algo estava escondido dela, mas por mais que tentasse, nada aparecia.
Ela se levantou quando uma porta se abriu bem na sua frente, no meio do ar.
Entrando nela, a porta se fechou atrás dela. Ela se encontrou em uma sala, um grande recipiente de água vermelha apareceu na sua frente, enquanto ela começava a fazer algumas invocações. "Água, água, mostre-me o que está sendo escondido, quem é a última sereia que ainda não nasceu? Mostre-me seu rosto ou sua mãe?"
A água vermelha começou a girar ao redor do recipiente, e uma boca foi vista se abrindo. Ela espiou dentro da boca aberta apenas para ver escuridão. A boca desapareceu e a água ficou imóvel.
"Algo não está certo." A sacerdotisa disse olhando para a água vermelha parada.
"Eu sei disso, Tamara." Uma voz masculina profunda disse atrás dela.
A sacerdotisa agora conhecida como Tamara, não se assustou quando ouviu a voz masculina.
"Você não deveria estar aqui, eu estou cuidando de tudo." Tamara disse e se virou para encará-lo.
Diante dela estava um homem feito de água.
"Só porque eu te dei poderes suficientes para se tornar a sacerdotisa de todos os Sobrenaturais não significa que você deve falar comigo dessa maneira." O homem de água disse.
"Desculpe, meu Senhor, perdoe meus modos. Eu só pensei que você deveria estar descansando, já que drenou todo o sangue do clã das sereias. Eu não estava esperando por você." Tamara disse enquanto abaixava a cabeça.
"Eu já fiz isso, mas ainda estou sedento por aquele último sangue. Nosso plano funcionou desde o início. Eu fiz Avonmora alma gêmea do rei demônio, Tharollin. Ela pensou que os deuses a haviam abençoado com Tharollin, mas ela não sabia a verdade. Eu tenho Tharollin onde eu quero, pois precisarei de um corpo forte para ocupar quando chegar a hora." O homem em forma de água disse e riu. "E novamente, precisarei do sangue de Roen para completar o ritual, ele é o Lobo mais forte."
"Por que o sangue dele?" Tamara perguntou sem entender.
"Quero dizer, alguém que sairá de seus lombos, arranje uma donzela para ele engravidar. E quando chegar a hora, eu terei essa criança." Ele disse enquanto já traçava seus planos.
Se ele soubesse que a criança seria um Tribrido sobrenatural, ele não teria sugerido o plano.
"Claro, meu Senhor. Mas o que devo dizer aos Reis e Rainhas quando perguntarem o que os deuses disseram? Ainda não descobrimos onde está a última sereia."
"Eu direi o que fazer, por enquanto, seu foco deve ser descobrir onde a sereia nascerá para que você possa trazê-la para mim. Eu, por outro lado, continuarei cegando os deuses. E uma vez que Tharollin pegar meus ossos do Portão da Escuridão, eu me revelarei a eles."
Tamara assentiu com a cabeça enquanto entregava a pedra de diamante que continha a alma de Avonmora ao homem de água, que desapareceu imediatamente.
A Sala de Reuniões:
"Rainha Lillian, desde que não ouvimos uma palavra de nossa sacerdotisa desde ontem após o massacre do Clã das Sereias, o que vamos fazer já que o portão ainda está aberto?" A Rainha Flora perguntou enquanto levantava um de seus dedos e uma flor de rosa aparecia nele, com a qual ela começou a brincar.
"Eu realmente não posso responder a você, Rainha Flora, até que a sacerdotisa venha." Lillian respondeu com um sorriso.
Antes que alguém pudesse falar, Tamara apareceu diante deles. Ela não veio sozinha, trouxe uma bela mulher que se parecia um pouco com ela.
Levantando-se, eles cumprimentaram a sacerdotisa e se sentaram.
"Sem perder muito tempo, os deuses ainda não revelaram quem dará à luz a última sereia maligna que fechará o portão da Escuridão. Mas, eles nos deram uma solução." Tamara disse com um sorriso.
"Que solução, sacerdotisa?" O Rei Davea perguntou.
Tamara se virou e apontou para a mulher ao seu lado. "Ela é a Solução."
"Ela é linda." O Rei Darin elogiou enquanto olhava lascivamente para a mulher. "Você trouxe essa donzela para mim?" Ele acrescentou.
"Não para você, Darin. Os deuses querem que Roen se case com Rosa, que é minha prima. A criança que vocês dois terão será aquela que saberá onde está a última sereia e a sacrificará aos deuses. Ela é o sacrifício final, só quando a sereia for sacrificada, o portão poderá se fechar para sempre."
O Rei Roen, um lobisomem muito bonito, ficou surpreso ao ouvir a notícia. Ele levantou a cabeça para recusar a oferta, mas as palavras congelaram no meio do caminho. Diante dele estava uma donzela muito bonita, sua alma gêmea, ele havia se imprimido nela.
Quando um metamorfo, um Lobo, se imprime em uma garota ou mulher específica, ele se torna incondicionalmente ligado a ela pelo resto de sua vida. Quando isso acontece, a experiência é descrita como sendo puxado gravitacionalmente em direção a essa pessoa enquanto um calor brilhante o preenche, e todos e tudo mais em sua vida se tornam secundários, e apenas a pessoa impressa passa a importar, deixando o metamorfo com uma necessidade profunda de fazer qualquer coisa para agradar e proteger sua alma gêmea. Não é como amor à primeira vista, realmente. É mais como... a gravidade se move... de repente. Não é mais a terra que te segura aqui, é ela... Você se torna o que ela precisa que você seja, seja um protetor, um amante ou um amigo.
Ele esperava que sua impressão fosse Avonmora, mas os deuses não puderam conceder seus desejos do coração, e agora, ela está morta.
O Rei Roen se levantou rapidamente e foi ao encontro de Rosa, ele a abraçou sorrindo. "Eu encontrei minha impressão finalmente, ela é minha alma gêmea!" Ele gritou para que todos ouvissem.
O resto dos Reis e Rainhas todos sorriram, exceto Darin, que estava emburrado. O Rei Lobo finalmente encontrou sua alma gêmea após três mil anos de busca.
"Parabéns." Encheu a sala.
"Mas como você sabia que sua prima seria a alma gêmea dele?" Lillian perguntou desconfiada.
"Isso porque os deuses revelaram que minha prima deveria ser trazida aqui para o Rei Roen ver. E graças aos deuses por seu conhecimento." Tamara disse. "Os deuses também exigiram que o Rei Lobo fosse feito Rei de todos os Sobrenaturais, já que sua adorável futura esposa dará à luz aquele que nos salvará a todos. Uma escola será construída onde todas as crianças de cada clã irão frequentar." Com isso, ela desapareceu, deixando sua prima para trás.
Lillian sentiu que algo estava errado, mas deixou passar. Tamara não mencionou como prevenir que a escuridão do portão se espalhasse, de qualquer forma, isso é trabalho de uma bruxa.
1.000 anos depois:
"Desculpe, Rainha Lillian, mas não posso aceitar sua neta de volta, ela será transferida." O diretor da escola de bruxas disse à rainha sentada em seu escritório.
"Ash, dê a ela uma segunda chance, ela vai mudar, eu prometo." A Rainha Lillian implorou em nome de Rae.
Rae, que parecia menos preocupada com a discussão que estavam tendo bem na sua frente, estava assobiando enquanto colocava as pernas em cima da mesa do diretor.
Ash já estava acostumada com o comportamento de Rae.
"Mesmo que você nos governe, com todo o respeito, minha rainha, eu ainda mantenho minha posição. Rae bateu em seus veteranos gravemente, eles ainda estão no hospital se recuperando, ela é tão teimosa e faz o que bem entende, está saindo do nosso controle. Então, não tenho outra escolha, minha rainha. Estou transferindo-a para a escola de sobrenaturais e isso é definitivo." Ash disse e tirou uma carta. "Esta é uma carta de recomendação que você dará ao Diretor da escola de sobrenaturais. Fala sobre o comportamento de Rae para que ele possa avisar seus alunos para ficarem longe dela."
"Eu vou falar com ela, mas tente reconsiderar sua decisão." Lillian disse.
"Eu, na verdade todos os professores, já tivemos o suficiente dela, não há nada que eu possa fazer."
"Vovó, você pode nos dar um minuto, quero falar com a Sra. Ash sozinha, por favor." Rae disse enquanto parava de assobiar.
Levantando-se, "Eu estarei lá fora, não faça nada estúpido." Com isso, Lillian deixou o escritório.
"O que é, Rae? Se você quer me pedir para permitir que você volte para esta escola, temo que minha resposta ainda seja Não."
"Eu não estou te pedindo, Sra. diretora. A carta na sua mão, mude-a e escreva como sou maravilhosa e útil para sua escola."
"Você não diz a uma professora de quinhentos anos o que fazer."
"Você parece ter esquecido com quem está falando, eu sou Rae, onde quer que eu vá, eu causo problemas. E também sei de que lado da cama você dorme à noite, não me faça visitá-la esta noite. Mude essa carta de recomendação imediatamente."