Faça o que quiser com ela
Jamal acordou sentindo uma dor ardente subindo do braço esquerdo e do estômago direito. Seu corpo inteiro parecia estar sob algo pesado. Ele abriu os olhos e viu alguém deitado sobre ele. Quem ousaria fazer isso, sabendo que ele odiava ser tocado?
"Levante-se agora mesmo, se ainda quiser viver." Ele ordenou à pessoa.
Quando Jamal não obteve resposta da pessoa que o segurava firmemente, ele a empurrou para o chão com força. Ficou surpreso ao ver uma faca cravada em seu braço, ele a arrancou e a jogou no chão. Foi então que seus olhos caíram sobre a pessoa que ele havia tratado rudemente.
Olhando para Roksolana no chão, o ferimento fresco em seu braço e a faca no chão, Jamal conseguiu conectar toda a situação. Ela havia tentado acabar com sua vida novamente. Jamal percebeu que algo deve ter acontecido para fazê-la desmaiar e falhar em sua nova missão.
Resmungando, ele se levantou e pegou remédios e ataduras do armário de remédios. Depois de limpar o ferimento e se enfaixar, ele examinou seu estômago. Vendo sangue fresco escorrendo da bandagem, ele tirou a bandagem encharcada e usou uma nova.
Ele ouviu a porta destrancar e olhou para cima, encontrando Sodeeq parado na porta, tentando entender o que estava acontecendo. Jamal soube quando a situação se registrou na mente de seu melhor amigo, ao ver os olhos do outro homem se arregalarem. Ele viu Sodeeq correndo em sua direção e sorriu.
"Laillah. Eu te deixo sozinho com ela por alguns minutos e você já tem outro ferimento?" O homem perguntou, examinando o ferimento em seu braço.
"Estou bem. É só um arranhão," Jamal disse a ele.
"Deixe-me colocá-la em outro lugar. Longe de você, Sultão," Sodeeq tentou convencê-lo.
"Não!" Jamal gritou, um pouco forte demais. "Apenas me traga uma corda para amarrá-la." Ele terminou.
Sodeeq olhou para Roksolana com um olhar assassino antes de sair do quarto. Em um minuto, ele voltou com uma corda longa e grossa o suficiente para amarrar um leão. Sem dizer uma palavra, ele começou a amarrar quem a corda era destinada. Ele terminou em questão de cinco minutos e saiu do quarto novamente, deixando Jamal com seus pensamentos.
Jamal olhou para o corpo imóvel de Roksolana e suspirou. Como um sultão muçulmano que servia a Alá, as mulheres não eram nada na comunidade, além de ferramentas para gerar filhos. No entanto, esta era uma mulher habilidosa na luta e que não usava hijab ou roupas destinadas a mulheres. Jamal não podia negar que estava fascinado por ela. Afinal, ela foi a primeira mulher a feri-lo. E isso, duas vezes em um único dia.
Se fosse honesto consigo mesmo, diria que estava fascinado por ela enquanto estava em seu sultanato. Suas roupas se ajustavam a ela nos lugares certos, mostrando as curvas perfeitas de seus quadris e suas longas pernas elegantes. Mesmo com o cabelo preso em um rabo de cavalo, Jamal ficou fascinado pela forma como ele fluía com seus movimentos. Ela era uma mulher bonita e ele queria estar com ela. Ele a subestimou anteriormente quando lutaram por causa de sua beleza. Ele não estava disposto a matá-la por causa de seu rosto bonito também. Ele hesitou em matar sua família porque viu a tristeza que cruzou seu belo rosto e quis apagar isso.
Jamal ficou surpreso ao se sentir excitado pelos pensamentos sobre a mulher. Ele, que tem um harém cheio de concubinas. Ele poderia ter qualquer mulher que quisesse, independentemente de seu status ou a quem pertencesse. Ele não estava carente de sexo. Mesmo quando não estava interessado em fazer sexo, as mulheres o tentavam com seus corpos, até que ele não pudesse mais conter seus desejos. Ele até já teve relações com duas mulheres ao mesmo tempo antes. Mas, aqui estava uma mulher que o fazia sentir como se estivesse sem sexo há dias. Apenas olhar para sua forma inconsciente no chão o fazia desejar rasgar suas roupas e fazer o que quisesse com ela.
Jamal sabia que precisava sair do quarto enquanto ainda tinha um pouco de controle sobre seu corpo traiçoeiro. Ele se levantou e foi até a porta, abrindo-a. Dando uma última olhada em Roksolana, ele saiu da cabine e fechou a porta firmemente atrás de si.