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Capítulo 08 Ariele

Depois do jantar, coloquei a Toni na cama como de costume. A menina de 6 anos era tão gentil e doce, e eu não podia deixar de me sentir mais apegada a ela a cada dia que passava. Parecia que foi ontem que a conheci, mas já fazia várias semanas desde que comecei a trabalhar como babá.

Toni era uma criança tão especial, que precisava apenas de atenção e carinho. Ela era muito carente, e eu adorava passar tempo com ela. Quando ela não estava ocupada com suas atividades, nós brincávamos, líamos histórias ou simplesmente conversávamos. Era incrível ver como ela se abria para mim e confiava em mim.

No entanto, eu não podia deixar de notar que Cassandra, a mãe de Toni, não lhe dava a atenção que ela merecia. Às vezes, Cassandra passava horas no telefone ou no computador sem se preocupar em brincar ou conversar com a filha. Outras vezes, ela simplesmente a deixava sozinha em casa sem um adulto para supervisioná-la. Isso partia meu coração porque eu era apenas uma funcionária, não da família.

Eu sabia que meu papel como babá era cuidar de Toni, mas eu queria mais do que isso. Eu queria ser uma figura de apoio para ela, alguém em quem ela pudesse confiar e conversar quando estivesse triste ou com medo. Eu queria ser a pessoa que lhe daria atenção e carinho, mesmo quando sua mãe não podia.

Por isso, eu fazia questão de estar presente na vida de Toni, já que praticamente passávamos 24 horas por dia juntas. Eu queria mostrar a ela que alguém se importava com ela, que alguém a amava e valorizava. E acho que estava conseguindo.

Enquanto a observava dormir naquele momento, não pude deixar de sentir um senso de gratidão por ter conhecido essa garotinha. Ela me ensinou tanto em tão pouco tempo, e eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma depois dela.

A rotina dela era muito agitada, e eu pretendia ter uma reunião com Eric e Cassandra quando o fim de semana chegasse. Cassandra parecia sempre ocupada, e Eric tinha seus compromissos sujos, mas, mais importante, se houvesse uma possível discussão, eu não queria que Toni presenciasse. Eu pretendia reduzir a carga de trabalho dela, gostassem eles ou não, já que o mafioso insistia tanto na minha presença para cuidar de Toni; era hora de ouvir mais a criança.

Depois de colocar Toni na cama, fui para a cozinha. Cassandra não estava lá, como era o caso todas as noites. Ela mal via a filha. Vi pela janela que a noite estava linda e decidi tomar um pouco de ar fresco, imediatamente me arrependendo quando avistei Eric no corredor. Eu o evitava o máximo possível quando Toni não estava por perto, mas parecia inútil porque ele sempre conseguia provocar as reações que queria do meu corpo.

Eu me sentia completamente dominada pela beleza de Eric. Ele era um homem perigoso, com um charme irresistível que me fazia sentir coisas que nunca havia sentido antes. Seus olhos escuros me penetravam como se pudessem ver diretamente minha alma.

Eu sabia que era errado pensar assim sobre ele. Eric era um mafioso, um homem perigoso e pecaminoso. Mas eu não conseguia evitar me sentir atraída por ele.

Toda vez que ele se aproximava, eu sentia meu coração bater mais rápido. Seus movimentos eram tão graciosos e fluidos, e sua voz, rouca e profunda, fazia meu corpo tremer. Eu me sentia confusa, sem saber o que fazer.

Eu sabia que deveria focar nos meus votos, mas a presença de Eric me deixava louca. Eu me perguntava como seria beijar sua boca ou sentir suas mãos no meu corpo. E isso me assustava.

Eu tentava me manter afastada dele, mas Eric sempre encontrava uma maneira de me atrair de volta. Ele parecia estar sempre presente, pronto para me seduzir. Eu sabia que era errado, mas não conseguia resistir.

Eu estava em um conflito interno, tentando equilibrar meus sentimentos com minha fé.

Ele se aproximou de mim, seus olhos escuros fixos nos meus.

"Por que você está acordada tão tarde?" ele perguntou, com um tom áspero na voz.

Engoli em seco, sabendo que ele poderia facilmente detectar minha timidez.

"Não consegui dormir," respondi, minha voz trêmula.

Eric se aproximou mais, olhando nos meus olhos, e eu me senti nervosa e envergonhada.

"Não quero que você ande sozinha à noite, mesmo que seja aqui. Você parece tão tímida e inocente, Ariele," ele disse com um meio sorriso. "Eu gosto disso em você."

Corei e desviei o olhar, sentindo um calor subir em minhas bochechas. Eric era direto, e eu sabia que ele estava me paquerando. Eu não tinha certeza do que dizer, então permaneci em silêncio, esperando que ele continuasse.

Eric se aproximou ainda mais, seus lábios roçando meu ouvido enquanto sussurrava:

"Você sabe que eu te quero, Ariele. Posso te dar tudo o que você deseja, desde que você seja minha."

Engoli em seco novamente, sentindo minha respiração acelerar. Eu não sabia como responder a isso. Eu não precisava estar ali ouvindo isso, mas também não tinha certeza se poderia resistir a ele.

"Sr. Greco," murmurei finalmente. "Eu não quero me envolver em nada perigoso ou que manche minha fé."

Ele riu suavemente, seu hálito quente no meu ouvido.

"Você não precisa se preocupar com nada, Ariele. Eu vou te proteger. E você será minha."

Olhei para ele, ainda incerta sobre o que fazer. Eu sabia que Eric era um homem perigoso, mas também não podia negar que me sentia atraída por ele. Eu não tinha certeza do que estava acontecendo, mas sabia que precisava tomar uma decisão.

"Sr. Greco, eu sou a babá da sua sobrinha por um tempo determinado; não vou ficar aqui e ser seu brinquedo," disse firmemente, afastando-me dele. Percebendo a seriedade das minhas palavras, eu estava pecando em meus pensamentos só por causa desse homem.

Eric me olhou com um olhar frio, mas depois deu de ombros.

"Tudo bem. Mas não vai demorar, Ariele. Eu não gosto de esperar."

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