




Capítulo 4 O amor não é um negócio
Quando Chloe colocou os pés na entrada do restaurante, estava cinco minutos atrasada.
"Boa noite. Como posso ajudá-la, senhorita?" perguntou um homem bonito, vestindo um terno preto.
"Boa noite. Tenho uma reserva no nome de Evan Bailey." ela disse, tentando soar calma.
O homem a conduziu até uma sala privada, onde seu chefe a esperava.
A cada passo dado, seu nervosismo aumentava.
"Boa noite." ela disse envergonhada.
"Boa noite, Srta. Rodriguez." disse o Sr. Bailey enquanto se levantava.
Ele a avaliou descaradamente de cima a baixo, o que fez Chloe se sentir constrangida.
O maître do restaurante puxou a cadeira para ela se sentar.
"Oh, obrigada!" Chloe disse simplesmente. O Sr. Bailey também tomou seu assento.
Ela se sentia como um peixe fora d'água. Era a primeira vez dela em um restaurante chique. Estava acostumada a frequentar estabelecimentos de classe média, como o restaurante de seus pais em Nova Jersey.
"Posso perguntar o que esta bela dama gostaria de pedir?" o maître perguntou, olhando descaradamente para seus lábios.
"Pode trazer uma garrafa de Cabernet Sauvignon 2015 da Scarecrow e a especialidade do chef para nós dois." disse o Sr. Bailey rudemente. "E se quiser manter seu emprego, não volte a esta sala esta noite."
Chloe arregalou os olhos, olhando para o homem à sua frente.
O maître ficou sem palavras, então apenas saiu da sala.
O Sr. Bailey a encarava com aqueles olhos gélidos e a mandíbula rígida.
"Você está atrasada." ele apontou, sem mudar sua expressão.
"Foi o trânsito." ela mentiu, desconfortável. Não queria explicar que passou inúmeros minutos em um banho quente.
O Sr. Bailey se levantou e começou a andar ao redor da mesa.
Havia uma energia estranha entre eles. Chloe evitava seus olhos, porque eram intensos demais para ela.
Chloe estremeceu quando ele sussurrou em seu ouvido:
"Você foi ótima mais cedo hoje."
Seus lábios tocaram o lóbulo da orelha dela. Sua respiração ficou irregular.
Foi tão inesperado que ela olhou para ele. Pela primeira vez naquela noite. E de todas as formas, foi um grande erro.
Ele estava muito perto. Ela podia sentir o aroma forte do perfume dele.
Chloe exalou pesadamente, enquanto sentia um calor subindo pelo corpo.
O Sr. Bailey não lhe deu tempo para pensar duas vezes quando eliminou a distância entre seus lábios.
Chloe foi pega de surpresa e tentou se afastar, mas o Sr. Bailey tinha uma mão possessiva segurando seu pescoço.
Ele sugou seu lábio inferior e então invadiu sua boca com a língua apaixonadamente. À medida que o beijo ficava mais intenso, ela colocou os braços ao redor do pescoço dele.
O Sr. Bailey envolveu um braço ao redor da cintura dela e a levantou da cadeira.
Ele a segurava possessivamente com suas grandes mãos. Ela estava totalmente entregue ao beijo.
Foi intenso, mas ambos precisavam de ar. Ele afastou seus lábios dos dela gentilmente e disse:
"Precisamos falar sobre negócios."
Chloe assentiu, ainda confusa. Seus olhos ainda estavam fechados porque ela não conseguia olhar para ele. Ainda não.
O Sr. Bailey tirou os braços dela e voltou para sua cadeira.
Chloe respirava fundo para se acalmar. Depois de alguns segundos, ela se sentou.
Um homem baixo e de meia-idade entrou na sala, quebrando o clima pesado que havia se instalado. Ele estava ali para servir o vinho.
Chloe se perguntava como aquele homem podia ser tão contraditório. Não teve muito tempo para pensar nisso porque ele começou a falar:
"Vamos falar de negócios agora." ele estava sempre analisando seus movimentos. "Quais são suas aspirações na vida?"
"Isso é negócio?" ela zombou.
"Vai ser." o Sr. Bailey disse rudemente. "Por enquanto, apenas responda o que eu pergunto."
"Eu..." ela começou asperamente, mas ele a interrompeu primeiro:
"Por favor."
Ela baixou a guarda. Será que aquele dia poderia ficar mais estranho? Ela se perguntava. O Sr. Bailey sendo gentil era a última coisa que ela esperaria ver na vida.
"Eu só quero ser uma empresária de sucesso. Ajudar os outros." Chloe disse timidamente.
"Quem são os outros?" ele parecia interessado.
"Hum... Minha família. E aqueles que vivem em necessidade."
Ela tinha um sorriso triste no rosto porque se lembrou de seus pais.
"E se você fosse milionária?" ele perguntou de repente, estudando sua reação.
"Impossível!" Chloe riu, desacreditada.
"Impossível é apenas algo que ninguém conseguiu alcançar até agora." o Sr. Bailey tomou um gole de seu vinho enquanto a observava.
"Verdade." ela apenas disse, com a cabeça baixa por parecer tão boba.
"Tenho uma proposta para você, Srta. Rodriguez." ele disse firmemente enquanto ela levantava a cabeça para olhá-lo.
"Estou toda ouvidos." ela o encorajou a continuar.
"Case-se comigo."
"O QUÊ?" Chloe não conseguiu se controlar e gritou.
"Um casamento de contrato. Fingimos ser um casal feliz por um ano e, no final de 12 meses, você receberá um milhão de dólares." o Sr. Bailey explicou brevemente. "Depois de um ano, você será quem quiser. O céu será o limite."
Sua surpresa se transformou em raiva.
"Você está brincando? Você não tem o direito de me propor algo assim!" ela falou sem pensar, gesticulando descontroladamente. "Quem você pensa que é? Você não é dono do mundo!"
Chloe estava furiosa e seus olhos estavam vermelhos de raiva. Ela o encarava, consternada. Sua respiração estava irregular.
O Sr. Bailey estava calmo. Em nenhum momento ele mudou o tom de voz ou a postura. Parecia um assunto usual para ele.
"O que você tem a perder?" ele simplesmente perguntou enquanto tocava sua mão.
Seus olhos estavam mais azuis do que nunca. O Sr. Bailey olhava diretamente nos olhos dela.
Ela hesitou por um momento enquanto mordia o lábio inferior. Aquele toque a fez estremecer.
"A chance de estar com alguém que eu amo de verdade."
Chloe teve a coragem de falar enquanto o desafiava com seu olhar.
Ela rapidamente retirou a mão, quebrando o toque.
"Vamos lá! Você sabe que o amor não existe! É apenas uma desculpa para agir como um tolo!" o Sr. Bailey disse com raiva.
Muitas perguntas estavam em sua mente e Chloe se sentia sufocada. Ela precisava sair daquela sala.
"Lamento informar que o amor não é um negócio, Sr. Bailey."
Ela se levantou e foi em direção à porta.
"Srta. Rodriguez!"
O Sr. Bailey não se moveu, mas sua voz denunciava o quão irritado ele estava.
Chloe não olhou para trás.
"Chloe!"
Quando ele tentou chamá-la novamente, ela já tinha ido embora.