




Capítulo 4: Tudo para mim?
Ajustando-se para que Riley pare de escorregar pelo seu lado, Maryanne resmunga. Ela olha para a mansão à sua frente. São três andares com colunas alinhando a entrada. A entrada faz uma curva em uma estrada de paralelepípedos e Maryanne tenta atravessar as grandes pedras com Riley se mexendo em seus braços.
"Senhora Maryanne!" Uma mulher, com pouco mais de trinta anos, sai do prédio, correndo até ela. "Estava esperando sua chegada." Ela sorri, limpando as mãos em um avental claro ao redor da cintura. Seu cabelo loiro está preso em um coque.
"Ah, olá. Você não está com frio?" Maryanne pergunta, notando que a mulher estava apenas com um casaco fino.
"Ah, eu estava com pressa para recebê-la," ela ri, conduzindo o caminho para dentro da casa.
Maryanne deixa Riley escorregar para baixo, seus braços estendidos enquanto ela corre em círculos pelo grande saguão.
"Max realmente comprou isso?" ela pergunta sem pensar, sua boca aberta. Ela olha para o grande lustre e o teto pintado. Há uma grande escadaria sobre o chão de mármore. À sua direita, ela pode ver portas deslizantes altas que levam a uma piscina interna excessivamente grande. Ela engole seu choque e volta sua atenção para a mulher.
Ela está sorrindo suavemente, "Sim, ele comprou. Eu sou Geneva, a empregada desta casa. Moro na ala dos empregados."
"Você tem que morar aqui?" Maryanne segura sua surpresa. Isso é realmente verdade? Por que forçá-la a ficar, completamente isolada de sua família?
"Sim, mas eu sabia que isso fazia parte do trabalho antes de aceitá-lo. Na verdade, eu gosto de morar aqui," ela ri enquanto Riley corre até uma das estátuas ao longo da parede. "Por que não levo Riley para comer algo enquanto você dá uma olhada ao redor? Seus pertences do seu apartamento chegarão mais tarde esta tarde."
"Certo, obrigada."
Maryanne observa enquanto Geneva incentiva Riley a segui-la, a jovem garota segurando a mão da empregada felizmente.
Sorrindo, ela caminha até a escadaria e começa a subir cautelosamente. Ela não pode realmente ficar aqui, pode? Este lugar é tão elegante e definitivamente não é o que ela está acostumada. Há um belo tapete vermelho no topo das escadas, e ela se desvia para a direita, abrindo a primeira porta que vê. Ela se abre para o que parece ser um quarto de hóspedes, as cobertas da cama e o papel de parede em uma cor neutra. Fechando a porta suavemente, ela continua, passando por mais estátuas e decorações elegantes nas paredes. Há vários banheiros neste andar, fazendo-a se perguntar quantos eles realmente precisam.
Ela se vira, decidindo verificar o andar de cima.
"Está gostando da casa até agora, Mary?" Max aparece de um dos quartos de hóspedes, fechando a porta.
Maryanne força seu coração a se acalmar, "É Maryanne."
Ele apenas sorri e cruza os braços. "Espero que você aproveite sua estadia aqui. Será sua casa, nossa, pelo próximo ano."
"Você tem certeza disso?" ela se pergunta pela milésima vez. "Não tenho certeza se é uma boa ideia."
"Claro que é. Riley precisa de estabilidade. Dessa forma, podemos mostrar quem é o guardião mais adequado. E quem sabe, talvez possamos aprender um com o outro," ele dá de ombros.
Maryanne estreita o olhar, mas permanece em silêncio. Ela pressiona os lábios para não dizer nada. Max normalmente é mais insensível e rude com ela, então ela não tem certeza do que ele quer.
"Como isso vai funcionar com seu trabalho?"
"Fiz planos para trabalhar de casa na maior parte do tempo, pelo menos por alguns dias."
Ela acena com a cabeça, desviando o olhar para qualquer coisa, exceto para a figura imponente e esculpida dele.
"Venha, deixe-me mostrar a casa." Max se vira e atravessa o corredor, abrindo a porta de um dos quartos.
Maryanne o segue lentamente, observando cada item. Sua mandíbula cai, "Isso é realmente necessário?"
A parede inteira está completamente coberta com imagens de câmeras de segurança. A casa inteira está sendo vigiada. Ela vê Geneva alimentando Riley na tela inferior esquerda.
"Eu só quero o melhor para Riley. Quero honrar Greg e Lucy. Também tenho vários cães de guarda que a segurança usará se alguém tentar invadir. Em cada suíte principal, a sua, a minha e a de Riley, há um quarto do pânico embutido."
Maryanne fica sem palavras, "O que. . ."
"O que foi?" Max se vira para ela, franzindo a testa.
"Isso tudo é necessário?" Ela acaba repetindo.
"Não quero correr riscos, especialmente nos dias em que preciso ir à cidade. Quero saber que vocês estão protegidos."
O coração de Maryanne dispara, mas ela reprime imediatamente.
"O que é aquilo?" ela aponta para uma das telas menores que não consegue distinguir.
Max sorri e se move para a porta, "Siga-me."
Ela sobe as escadas silenciosamente até o terceiro andar, observando a arquitetura única. Este lugar é demais para ela.
"Aqui," Max empurra uma porta e se afasta.
Quando Maryanne entra, seu corpo inteiro começa a vibrar, uma euforia crescendo em seu peito. Ela nunca tinha visto tantos livros em sua vida, nem mesmo na biblioteca. Eles cobrem cada centímetro das paredes de seis metros, com escadas presas às prateleiras para que se possa subir e pegar um livro mais alto.
"Isso... já estava aqui?"
"Sim, o dono anterior era um ávido leitor. É a razão pela qual comprei o lugar."
Maryanne volta seu olhar para ele, "O que você quer dizer?"
"Assim que vi esta sala, pensei em você e soube que tinha que comprá-la."