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Capítulo Sete

“Vá buscar o que ela quiser comer,” ele disse ao seu assistente, que estava tão absorto em pensamentos. Alfred se virou para ele quando não obteve resposta. “Você está surdo?” Ele o trouxe de volta à realidade.

“Ah, me desculpe,” o secretário se desculpou. “Não fique aí parado,” Alfred resmungou, e o assistente saiu rapidamente de sua vista.

“Não grite com ele, papai, eu gosto dele,” Mara disse sorrindo. “Tudo bem, papai não vai gritar com ele de novo,” ele disse sorrindo também.


Vanessa lembrou-se de Mara, que ela havia deixado no carro. Ela olhou para o relógio no pulso e percebeu que já tinham se passado vinte minutos.

Ela pegou a cesta e empurrou Tiana para fora do caminho.

“Nos encontraremos de novo,” Tiana disse enquanto Vanessa se afastava. “Nunca mais nos encontraremos, eu te odeio!” Ela disse com raiva e saiu apressada.

Vanessa estava tão irritada que queria chorar. Ela culpava Tiana por tudo o que havia acontecido. Sua vida não estaria em caos se Tiana não tivesse feito aquilo com ela, mas às vezes, ela ficava feliz que Tiana tivesse feito aquilo porque agora ela tinha uma filha tão adorável, e tudo graças a Tiana.

Assim que saiu da loja, viu a porta traseira do carro aberta e correu até lá.

“Onde está Mara?” Vanessa perguntou olhando dentro do carro. O motorista estava dormindo profundamente, então ele não tinha ideia de que Mara havia saído do carro. “Você demorou muito,” o motorista disse abrindo os olhos.

“Desculpe, mas onde está minha filha?” Ela repetiu, e foi então que o motorista percebeu que Mara não estava no carro. “Oh não,” ele desceu rapidamente do carro.

“Ela estava neste carro,” ele disse apontando para o banco de trás. “Então onde ela está?” Vanessa fechou os olhos e respirou fundo. “Ela se perdeu de novo,” ela disse baixinho.

“Talvez você devesse verificar a loja novamente, ela pode estar lá,” o motorista sugeriu, e Vanessa correu para dentro da loja, deixando o motorista e todas as compras para trás. “Oh Deus!” o motorista exclamou fechando a porta. Ele rezou para que Vanessa encontrasse Mara, porque sabia que poderia estar em apuros se tudo desse errado.

“Mas talvez eu não esteja, ela parece ser gentil,” ele disse tentando sorrir, mas sua mente não estava em paz. “Ah, quem eu estou enganando, é tudo minha culpa,” ele encostou as costas no carro, olhando nervosamente para a entrada da loja.

Vanessa esbarrou em Tiana, que estava saindo da loja, fazendo com que tudo o que estava em suas mãos caísse no chão.

“Ei, olha por onde anda!” Tiana resmungou, pronta para outra briga, mas Vanessa não estava com humor. “Saia do meu caminho!” Ela empurrou Tiana para fora do caminho e correu para dentro da loja, escaneando tudo com os olhos.

Ela pensou que aquele seria o dia mais feliz de sua vida, pois havia trabalhado tanto para que pudessem deixar a cidade, mas acabou sendo o pior dia de todos.

“Oh Mara, pare de perambular por aí uma vez na vida,” Vanessa disse preocupada, avançando pelos outros lados da loja e, por sorte, viu Mara sentada no colo de um homem.

“De novo não,” Vanessa congelou ao ver Mara sentada no colo de Alfred. Ela desejou ter algum tipo de magia que a tornasse invisível e pudesse pegar Mara de Alfred.

“Mamãe, eu encontrei o papai,” Mara acenou para Vanessa animadamente. Ela estava segurando um pedaço de chocolate na mão esquerda e um pirulito na mão direita. A boca de Mara estava manchada de chocolate, assim como suas mãos, mas isso não fez Alfred colocá-la no chão.

Ele a segurava sem se importar com a gola branca de sua camisa que estava manchada de chocolate. Seu assistente tentou tirar Mara de Alfred para levá-la embora, mas Alfred o advertiu.

Alfred examinou Vanessa com os olhos enquanto ela se aproximava deles à distância. Ela parecia tão familiar para ele, mas ele não tinha ideia de onde a tinha visto antes.

“Desculpe, minha filha te incomodou de novo,” Vanessa se desculpou quando estava perto o suficiente. “Vamos,” Vanessa disse tentando tirar Mara de Alfred, mas ela se agarrou ao pescoço dele com força.

“Não, Mara não quer deixar o papai, ele vai embora de novo e nunca mais vai voltar,” Mara disse inocentemente. “Mara! Ele não é seu pai,” Vanessa tentou explicar o mais calmamente possível, mas Mara estava sendo teimosa.

“Você disse que ele é meu pai, ele é bonito e tem todas as características que você mencionou. Eu não quero ir com você de novo, eu quero meu papai,” Mara insistiu.

Ela levantou a cabeça do ombro dele e olhou para ele com um olhar de piedade.

“Papai, me leve com você,” Mara disse com lágrimas nos olhos. Sua boca tremia como se estivesse prestes a chorar.

“Ei, vamos lá, querida, não chore,” ele a acariciou suavemente nas costas e Mara descansou a cabeça no ombro dele novamente.

Vanessa estava perplexa, ficou ali confusa com o que estava acontecendo na sua frente.

“Ele está fazendo isso de propósito ou o quê?” Ela pensou. Vanessa se perguntava por que Alfred estava tão calmo e gentil com Mara, ela não sabia quais eram suas intenções e queria apenas pegar Mara e sair daquela cidade porque já estavam atrasadas para o voo.

“Por que você deixaria uma garotinha sozinha? Você deve sempre manter um olho na sua filha,” o assistente disse a Vanessa, que não sabia o que dizer. “Desculpe,” ela finalmente encontrou sua voz.

“Vamos, querida, estamos atrasadas,” ela disse a Mara, que agora estava lambendo o pirulito na mão. “Não, vamos com o papai,” Mara insistiu.

“Mas…” Alfred interrompeu Vanessa. “Eu levo vocês,” ele disse a Vanessa.

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