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Capítulo Seis

Ela viu uma loja de conveniência à frente e se inclinou mais perto do banco do motorista.

"Você pode parar ali, por favor?" Vanessa apontou para a loja. "Preciso pegar uma coisa," acrescentou.

Normalmente, o motorista teria recusado, mas ao ver a maneira como ela falou com ele, ele sorriu.

"Claro," disse ele, sorrindo.

Vanessa olhou para a pequena Mara, que estava jogando em um tablet infantil que Vanessa comprou para ela no seu terceiro aniversário. Como mãe solteira, Vanessa fazia questão de que Mara não faltasse nada.

Segundos depois, o carro estacionou em frente à loja de conveniência e Vanessa se virou para Mara.

"Querida, eu já volto. Espere dentro do carro e não saia," disse Vanessa. Ela fechou a porta e entrou na loja de conveniência segurando sua bolsa na mão esquerda.

A mente de Vanessa não estava em paz enquanto pegava as coisas de que precisava. Ela sabia que Mara era uma exploradora quando ficava sozinha. Vanessa estendeu a mão para pegar um pacote de batatas fritas, o favorito de Mara, da prateleira, e uma mão o agarrou.

Ela se virou lentamente para ver quem era e ficou boquiaberta. Vanessa não podia acreditar em seus olhos ao encarar a traidora que se dizia sua irmã.

"Olha só quem está aqui!" disse a mulher parada na frente de Vanessa. Vanessa desviou o olhar, pegou a cesta do chão e tentou sair, mas foi bloqueada.

"Ainda tão desorganizada como sempre," disse a mulher. Vanessa sorriu para ela e tentou sair, mas a mulher a impediu novamente. Vanessa não estava interessada no que Tiana estava tramando, não era como se tivesse medo de Tiana, mas queria voltar para Mara porque estava demorando muito.

"E onde está aquele bastardo que você chama de filho?" Vanessa levantou a cabeça ao ouvir essas palavras que a atingiram com força. Ela não sabia quem era o pai de Mara, mas detestava quando alguém chamava sua filha de bastarda.

E pensar que essas palavras saíram da boca da pessoa que arruinou sua vida tornava tudo pior. Ela largou a cesta no chão e agarrou o pulso de Tiana.

"Repita o que você disse!" Vanessa gritou para Tiana, que tentava se soltar do aperto de Vanessa.

"Você está me machucando, me solta," Tiana lutou. "Como você ousa chamar minha filha de bastarda?" Vanessa disse com raiva.

"O que ela é então? Você sabe quem é o pai dela?" Tiana perguntou zombando. "Cuidado com suas palavras, tudo aconteceu por sua causa! Você acha que eu não sei?" A atenção das pessoas presentes se voltou para elas, Vanessa teve que abaixar a voz porque não queria atrair atenção para si.


De volta ao carro, Mara olhava pela janela esperando sua mãe sair. Com os olhos fixos na entrada da loja, esperando sua mãe sair, ela viu um carro muito chique e a pequena Mara sorriu.

"Mara adora aquele carro. Vou pedir para o meu papai comprar um para mim quando eu o vir de novo." Como se estivesse sendo chamada, Mara abriu a porta e correu para dentro da loja como um raio.

Ela olhou ao redor procurando Vanessa, mas a loja era tão grande que era difícil encontrá-la.

"Mamãe, onde você está?" Mara disse, andando para frente. Quando estava prestes a virar para o outro lado da loja, viu uma figura tão familiar. Ele estava de costas para ela, mas Mara podia sentir seu cheiro de longe.

"Não é o papai?" Mara disse, e seus olhos brilharam. Ela correu em sua direção e abraçou suas pernas. "Papai!" Ela gritou de alegria.

Alfred ficou chocado, não esperava ver Mara naquela loja, mas não conseguia parar de pensar nela e no incidente que ocorreu entre eles no outro dia.

Ele se virou lentamente e a pegou no colo. Ela estava tão linda quanto naquele dia, e quanto mais ela sorria para ele, mais seu coração derretia.

"Papai, eu não vou deixar você ir agora. Mamãe disse que eu veria você de novo, mas não hoje. Mara sentiu tanta falta de você," ela disse, abraçando seu pescoço.

O assistente de Alfred estava lá, ele queria parar a pequena Mara, mas quando viu o olhar nos olhos de Alfred, ficou parado. Ele não tinha ideia de por que aquela garotinha estava tentando tornar a vida deles tão difícil. Depois do incidente, ele sempre olhava ao redor para garantir que Mara não estivesse em nenhum dos lugares que eles frequentavam, porque a comoção da última vez foi demais para ele lidar.

Mas o que ele não entendia era o quanto Alfred falava sobre Mara, parecia que ele tinha se apaixonado por aquela garotinha.

"Onde está a mamãe?" Alfred se pegou perguntando para a pequena Mara. "Ela está nesta loja, mas eu não consigo encontrá-la," Mara disse, e Alfred levantou uma sobrancelha.

"Você não consegue encontrá-la?" Ele se perguntou que tipo de mãe poderia deixar uma garotinha sozinha só porque queria pegar algo na loja.

"Não culpe a mamãe, ela ama muito a pequena Mara," Mara disse, tocando o rosto de Alfred. Ele ficou tão surpreso que a garotinha sabia o que ele estava pensando e rapidamente sorriu.

"A pequena Mara é tão linda," ele imitou o jeito que ela falava. "Ah, é mesmo? Acho que é porque você é tão bonito," ela disse feliz.

"A pequena Mara está com fome?" Alfred perguntou, sorrindo para Mara. Seu secretário estava surpreso e confuso. A única vez que seu chefe sempre sorria era quando estava com sua sobrinha ou avó, mas ele estava sorrindo para Mara.

"Sim, papai, eu quero alguns lanches," Mara disse feliz. "Então o papai vai comprar muitos para você," ele soltou a bomba. Seu assistente congelou ao ouvir o que Alfred disse. Ele olhou ao redor para garantir que ninguém estivesse por perto quando Alfred disse isso e, por sorte, ninguém estava, então ele suspirou aliviado.

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