




CAPÍTULO 4
Rozan não respondeu a princípio, apenas a olhou friamente. "Estou fazendo o que precisa ser feito; não podemos continuar sentados sem fazer nada." Ele disse enquanto passava por ela e começava a subir as escadas.
Leana o seguiu, sentindo o pânico crescer em seu peito. Ela não gostava do fato de ele simplesmente ignorar as vidas de pessoas inocentes. "E se você encontrar mais do que a escuridão? E se houver vidas inocentes lá que você vai destruir?" Ela implorou.
Quando chegaram de volta à sala do trono, ele suspirou enquanto passava a mão pelo rosto. "Eu te asseguro que não há nada lá. Eu não seria tão imprudente, e só para ter certeza, vou falar com os generais para confirmar isso." Ele disse.
Seu olhar suavizou ao notar que ela mordia o lábio. Ele sabia que ela estava apenas sendo cautelosa e tentando garantir que ele não se machucasse, e ele achava isso doce.
Ele a envolveu em seus braços enquanto acariciava sua barriga. "Eu te garanto, vou acabar com isso, e você e nossa menininha ficarão bem. A última coisa que quero é te colocar em perigo." Ele disse, observando enquanto ela relaxava os ombros e assentia com a cabeça.
Ele suspirou enquanto beijava sua cabeça antes de levá-la de volta ao quarto. Ele a cobriu. "Eu prometo, vamos sair dessa loucura." Ele disse.
E uma coisa sobre Rozan era que, não importava quanto tempo levasse, ele sempre fazia o possível para cumprir suas promessas.
...
Nos dias seguintes, ele trabalhou rapidamente para preparar seus generais para a batalha que estava por vir. Ele trabalhou de perto com Ranar enquanto fabricavam as armas juntos.
Ele se sentia confiante de que finalmente conseguiria pôr fim a tudo. Sabia que havia sido otimista assim no passado e conseguiu resolver a situação, mas havia algo que ele não conseguia identificar. Desta vez, a escuridão parecia mais rápida e mais forte. Estava se movendo muito mais rápido do que antes.
Ele sabia que estavam com o tempo apertado, mas estava impressionado com o quanto havia conseguido realizar. Leana ainda estava incerta sobre tudo, mas ele havia inspecionado a área nas partes do sul e tinha certeza de que não havia grupos lá.
A escuridão estava se movendo rapidamente e havia devorado o oeste. Estava na beira das linhas ocidentais, e apenas uma pequena faixa de terra permanecia intocada.
Era o momento perfeito para tentar planejar seu ataque. Ele estava na sala de reuniões, abrindo o grande mapa à sua frente. Ele olhou para as áreas do reino, marcadas com o norte e o leste que haviam caído e a maior parte do oeste também, exceto por uma pequena faixa.
"Então me digam. Temos certeza de que não há grupos nas áreas que podem ser afetadas?" Ele perguntou, observando enquanto os generais murmuravam entre si antes de assentirem com a cabeça.
Ele olhou para o mapa enquanto encarava a luz piscando. Era estranho como estava tão perto do perigo, mas ainda assim intocado. "Bem, então, te asseguro que podemos partir pela manhã," disse a ela.
Os generais foram dispensados, e ele não pôde evitar que um sorriso triunfante surgisse em seu rosto. Estava feliz por finalmente poder resolver tudo isso.
Ele foi para a cama naquela noite com a esposa em seus braços e manteve a esperança de que tudo estaria bem quando acordassem no dia seguinte.
Ficou surpreso quando ela não fez barulho durante a noite e não teve nenhum episódio. Ele achou que era um sinal. Logo teriam paz no reino novamente e a chance de voltar às suas vidas.
Quando o relógio marcou cinco da manhã, ele rapidamente saiu da cama e foi para o pátio. Seus homens já estavam vestidos em seus uniformes, parados em frente ao caminhão carregado com as drogas.
"Bom dia. Hoje, fizemos história e acabamos com o inimigo que nos atormentava. Com a sua ajuda, seremos capazes de trazer paz ao mundo novamente. Vocês são os heróis desta terra, e hoje vocês fazem história." Ele falou, e os homens ao seu redor aplaudiram. Tudo estava perfeitamente calculado até o último detalhe, e ele não permitiria que nada mudasse ou afetasse isso.
"Vossa alteza." Ele ouviu uma voz falar de repente enquanto afastava o rosto dos homens que estavam entrando na parte de trás dos veículos.
Ele se virou e encontrou Serban parado nervosamente atrás dele. Ele rangeu os dentes. "O que foi, general? Não temos o dia todo, temos que partir." Disse a ele, irritado.
"Senhor, você não pode enviá-los para a fronteira oeste." Ele falou eventualmente. Ele o observou com uma sobrancelha levantada. "E pode me explicar por que não?"
"Senhor, tenho motivos para acreditar que perdemos alguma coisa." Disse, enquanto puxava um grande mapa e esperava que o rei lhe desse permissão.
Com um simples aceno de cabeça, ele desenrolou o mapa mostrando especificamente a fronteira oeste. "Bem ali, no extremo da fronteira. Temos motivos para acreditar que há pessoas vivendo lá. Não podemos arriscar enviar as drogas; poderíamos destruir um grupo inteiro." Disse firmemente.
O rei sentiu seu corpo congelar com aquelas palavras. "Você quer dizer que pode haver pessoas vivendo lá? E você não tem certeza?" Perguntou. Serban olhou para ele, confuso. "Sim, mas isso não deveria ser algo que estamos dispostos a arriscar de qualquer maneira."
Rozan estava em uma situação difícil. Por um lado, ele poderia acabar com tudo isso e salvar a vida de milhões; poderia arriscar matar dezenas de inocentes; ou poderia salvar os inocentes e condenar a todos. Ele sabia que haveria consequências para suas ações, mas se preocuparia com elas depois.
"Envie os homens."