




Capítulo 1.
POV: FANNY
"Pronta para o seu primeiro dia, Fanny?" Antonni perguntou à sua irmã mais nova em linguagem de sinais. Fanny sorriu para ele, não muito animada.
"Você sabe melhor, Antonni, vai ser como na última universidade," ela disse em linguagem de sinais.
"Não, desta vez quem te machucar vai lidar com todos nós quatro, não importa se é homem ou mulher, vão sofrer do mesmo jeito!" respondeu Antonni em linguagem de sinais.
"Isso não vai ajudar, irmão, vou ser intimidada onde quer que eu vá, só não mude de universidade de novo, quero terminar meu curso, não me importo com esses idiotas!" Ela respondeu em linguagem de sinais.
"Mas nós ligamos, e ninguém vai te machucar de novo e sair impune, eu garanto!" Antonni disse em linguagem de sinais.
POV: ANTONNI E ADRIAN
"Vamos!" ela suspirou. Antonni a ajudou com a bengala e eles saíram. Seus irmãos já estavam no carro, seu irmão gêmeo Adrian e os outros irmãos, os gêmeos mais velhos Gabriel e Daniel.
POV: GABRIEL E DANIEL
"Você pegou tudo que ela precisa, Antonni?" Gabriel perguntou.
"Sim, Gabriel, ela pegou tudo, só não está animada!" Antonni abriu a porta do carro e Fanny entrou.
"Além disso, depois de tudo que ela passou na última universidade, foram mais cruéis do que no ensino médio!" Daniel disse com raiva.
"Mas desta vez não haverá misericórdia para quem fizer nossa irmãzinha sofrer, eles vão sofrer o dobro!" Adrian disse.
"Não se preocupe, tudo vai ficar bem, irmã!" Gabriel falou em linguagem de sinais.
"Vamos logo, quero acabar com isso, conhecer os idiotas que vão zombar de mim, as garotas populares que vão ter nojo de mim e os valentões que vão tentar me atacar!" Ela falou em linguagem de sinais.
"Não vamos permitir isso mais, Fanny, confie nos seus irmãos!" Adrian falou em linguagem de sinais. Antonni entrou no carro e Gabriel, que era o motorista do dia, ligou o carro e eles partiram.
POV: ANTONELLA
Que pena, hoje era dia de prova na faculdade, não que ela não tivesse estudado, mas sempre ficava nervosa no dia da prova, ainda mais para ela que tinha uma média alta para manter e não perder a bolsa de estudos, pela qual lutou tanto para conseguir.
"Oi, gatinha, nervosa para a prova?" perguntou Fábio, se aproximando.
"Só um pouco, estudei bastante!" eu disse simpática.
"Como uma nerd pode ser tão bonita!" ele disse, tocando meu cabelo longo e loiro, que contrastava com minha pele muito branca e olhos azuis intensos.
"Para de ser bobo, Fábio!" eu disse empurrando-o.
"Aqui, comprei para você, sei que você adora chocolate, nerd linda!" Ele me entregou a barra de chocolate, eu peguei sorrindo.
"É por isso que eu te amo, Fábio!"
"Eu sei que você me ama, seu destino é casar comigo, nerd linda!" ele disse e eu ri.
"Continue sonhando!"
"Eu vou, fique contente! Preciso ir, estou atrasado, boa prova, gatinha!" ele disse e ao sair correndo esbarrou em alguém. "Você é cega, garota!" ele gritou para a menina, seus olhos se arregalaram.
"Pare de ser rude, Fábio!" eu disse séria.
"Você não vai se desculpar, garota?" ele disse irritado, a menina gesticulou assustada. "Você é louca, garota!"
"Ela está pedindo desculpas, só que em linguagem de sinais!" eu disse olhando para a garota.
"Uma mudinha, era só o que faltava nesta universidade."
"Desculpe, garota, esse cara está agindo como um idiota!" Eu falei em linguagem de sinais para a garota muito assustada, ajudei-a a pegar suas coisas do chão e sua bengala. "Você está bem?"
"Uau, você sabe linguagem de sinais, isso é raro!" Ela me respondeu em linguagem de sinais.
"Minha avó era surda e muda, então aprendi quando criança!" Eu falei em linguagem de sinais.
"Você é linda mesmo fazendo esses sinais estranhos, Antonella!" Fábio disse e quase me beijou, eu evitei. "Fuja o quanto quiser, gatinha, você ainda vai ser minha namorada!" Fábio piscou para mim e saiu.
"Quer ajuda? Você é nova aqui, não é?" Eu falei em linguagem de sinais.
"Sim, sou, estou perdida, estou estudando administração!" ela fez sinais.
"É meu curso também, vamos juntas, sou Antonella Moreau." Eu me apresentei em linguagem de sinais.
"Sou Fanny Torres!" Ela se apresentou e eu a levei para a sala. Sentei no lugar de costume, e então minha turma se juntou a mim.
A garota sentou bem na nossa frente, conversando com meus amigos, quando Amanda, a mais nojenta e metida, parou na frente da nova aluna.
"Por que você está no meu lugar, nojenta?" ela disse irritada, a garota olhou para ela confusa. "Saia daí, idiota!"
"Ei, Amanda, ninguém tem lugar marcado aqui, quem chega primeiro senta. Sente-se!" eu disse irritada também.
"Cala a boca, bolsista de merda, eu tenho sim um lugar e é onde essa esquisita está!" falou arrogantemente.
"Cala a boca, ridícula!" eu disse e vi a garota se levantar e sair, eu a segurei. "Sente aqui!" Eu dei meu lugar para ela e fui sentar no fundo, meus amigos vieram atrás de mim.
"A Amanda vai incomodar essa garota, agora que você a defendeu, sinto muito!" eu disse para Julia, minha amiga.
"Vou ver o que ela vai fazer, você é insuportável, não está feliz com nada!" eu disse, Gustavo entrou na sala e veio até mim e me beijou na boca, eu o empurrei. "Pare de fazer isso, ou vou te socar, idiota!" eu disse irritada.
"Eu te amo, Branca de Neve loira, você sabe disso!" ele disse sentando na minha frente.
"Idiota!" eu resmunguei, ele tirou um presente da mochila e colocou na minha mesa.
"Para você, teimosa!" ele disse.
"Só porque você me dá presentes não significa que eu te dou permissão para me beijar, se fizer isso de novo eu vou te socar, já te disse!" eu continuei falando.
"Tá bom, tá bom, abre!" Ele disse, eu abri, e era um celular novo de última geração. "Aposenta esse museu que você tem nas mãos e salva meu contato como o amor da sua vida!" ele disse.
"Você é louco, não posso aceitar isso!" eu disse devolvendo para ele.
"Porque eu estou te dando!" ele disse sério. "Tá bom, seu celular é uma porcaria, fica com ele sem reclamar!" ele disse.
"Gustavo, eu não vou ser sua namorada só porque você me dá presentes!" eu disse imediatamente.
"Eu sei, Branca de Neve loira, é só um presente, aceita!"
"Tá bom, obrigada!" Eu beijei o rosto dele feliz.