




Capítulo 5
Courtney
Já faz uma semana desde aquela noite horrível e eu tenho passado meu tempo bebendo e me drogando desde então. Tudo por causa do maldito Alec Vitale. Eu odeio esse homem. A audácia dele de me humilhar e depois aparecer e tentar me beijar. Como ele ousa! Minha voz interior tem me atormentado desde que os lábios dele tocaram os meus.
Você sabe que adorou a sensação do corpo dele contra o seu.
Não!
Pare com isso.
Eu não sinto nada por ele.
Ele é igual ao Sergei.
Um bastardo arrogante e controlador. Estou fora do trabalho há uma semana e ainda não o encontraram. Eu sei que ele está apenas esperando eu sair do esconderijo para me prender e me punir por ter fugido.
Eu preciso de algo para aliviar a tensão, para não sentir nada. Abaixando-me até a penteadeira, levo o canudo ao nariz e aspiro a substância branca. Sim. Era exatamente o que eu precisava. Guardando as coisas, olho no espelho para garantir que não há evidências do que acabei de fazer no meu rosto. Não há. Ótimo, não preciso do Alec respirando no meu pescoço de novo. Ele é como uma maldita mosca que não vai embora. Desço as escadas e me sirvo um copo de suco.
Eu me viro e com quem eu dou de cara? Alec. Ele está me encarando como se quisesse me matar. Reviro os olhos para ele e, enquanto estou me afastando, ele me puxa para trás, forçando-me a encará-lo novamente. Seu olhar intenso me lembra de como Sergei costumava me olhar.
Levo meu braço livre para tentar socá-lo, mas ele agarra meu pulso com força. “Nem pense em tentar, viciada!”
Ele acabou de me chamar de viciada?
Seus lábios roçam meu ouvido e meu corpo estremece. “Aposto que se eu olhar na sua penteadeira, vou encontrar seu estoque, estou certo?”
Não mostre medo, Courtney.
Olho bem nos olhos dele e cuspo cheia de veneno. “Você está errado, Vitale.”
Ele corre escada acima.
Não.
Ele não faria isso, faria?
Ele arromba minha porta e abre as gavetas até encontrar.
Ele está balançando o saquinho acima da cabeça para que eu não consiga alcançá-lo. “Devolva, bastardo!”
Ele tem aquele olhar nos olhos como tinha lá embaixo. “Diga-me, Courtney, quão desesperada você está para pegar isso de volta? Você seria tão desesperada quanto aquela vadia chupando meu pau só para pegar isso de volta?”
Eu o empurrei contra a parede e agarrei-o pela gola da camisa. “Eu nunca serei tão desesperada quanto aquela vadia.”
Eu esperava que ele me empurrasse de volta ou pelo menos respondesse com um comentário arrogante, mas ele não faz isso. Ele apenas entrega o saquinho e se afasta de mim, saindo pela porta.
Conversei com Giovanni e Lucien, dizendo a eles que voltaria ao trabalho hoje à noite. Para minha surpresa, eles não protestaram. Concordaram que eu não posso me esconder para sempre. Giovanni me disse que Lucien e Alec estariam lá durante todo o meu turno.
Ótimo!
Lucien não é problema, mas Alec é outra história. Ele se tornou uma dor de cabeça, especialmente enquanto estou trabalhando. Nate foi rápido em vir me perguntar por que Alec está agindo assim e, honestamente, eu não sei. Só sei que ele se tornou um espinho no meu lado.
Da última vez que Alec fez aquela merda possessiva, ele me custou trezentos dólares em gorjetas. Bem, não esta noite, idiota. Estou na metade do meu turno e é hora do meu intervalo para o almoço.
Giovanni disse que eu poderia fazer isso no escritório dele para que nada acontecesse comigo, mas acho que foi mais por causa do que aconteceu da última vez que eu estava no intervalo. A maneira como Alec estava tão bêbado e como ele me estrangulou. Isso é uma coisa que percebi sobre Giovanni. Ele não tolera danos às mulheres. Ninguém sabe que Giovanni tem sido o responsável por me fornecer as drogas. Ele diz que eu trabalho melhor com elas e ele não está errado. Eu funciono melhor e fico menos irritada.
Jogo meu almoço no lixo e começo a abrir a porta quando Giovanni entra correndo. “Graças a Deus você ainda está aqui. Alec está bêbado de novo, então eu ficaria aqui por um tempo.”
Alec está bêbado?
“Ele não deveria estar trabalhando?”
“Eu simplesmente não sei o que há de errado com ele, desde que te viu, ele está tenso e mais idiota do que já é,” revelou Giovanni.
Isso é por minha causa?
Olho para meu chefe, confusa. “Ele me odeia. Ele mesmo me disse.”
Ele sorri para mim e joga a cabeça para trás, rindo. “Não. Ele não te odeia. Nunca o vi tão nervoso por causa de uma mulher. Fique aqui até eu te mandar uma mensagem dizendo que está tudo limpo.”
Já se passou mais de uma hora e finalmente recebo uma mensagem de Giovanni me dando o sinal verde. Já era hora. Acho que Alec finalmente desmaiou.
Abro a porta e vejo Lucien carregando um Alec muito bêbado. Fico de lado e Alec abre os olhos e me olha dolorosamente. “Eu não te odeio. Odeio que gosto de você. Odeio ter que te ver com essa roupa aqui, com olhos curiosos vendo o que é meu. Mas, acima de tudo, odeio que você me faz sentir.”
Eu sei que ele nem vai se lembrar disso. Então faço a única coisa que consigo pensar. Dou um tapinha suave na bochecha dele. “O que você disser, Alec.”
Depois que digo isso, ele desmaia de novo e Lucien me olha com um pedido de desculpas. Eu preciso me afastar dele e voltar ao trabalho.
Aproximando-me do bar, vejo Nate e ele dá um tapinha nas minhas costas e me diz. “Que bom que você voltou. Graças a Deus Alec desmaiou. Tudo o que ele queria fazer era falar sobre você.”
Quase engasgo com meu shot. "O quê? Eu não faço ideia de por que ele me odeia." Ele ri enquanto limpa o bar e balança a cabeça para mim. Está mais barulhento aqui hoje à noite, mais do que o normal. Olho para a multidão de pessoas dançando e se esfregando umas nas outras. Elas não têm nenhuma preocupação no mundo.
Eu queria não ter que dormir com um olho aberto e olhar por cima do ombro a cada segundo. Eu queria tanto que Sergei simplesmente me esquecesse e me deixasse em paz. Uma lágrima solitária escapa e sinto uma mão no meu ombro. Viro-me e é Caterina. "Se isso é sobre o Alec..."
Eu a interrompo antes que ela possa dizer mais alguma coisa. "Não, isso é sobre toda essa confusão em que coloquei sua família. Eu nunca quis que isso acontecesse."
Ela me abraça e me assegura. "Não, isso é bobagem, minha família é máfia, então quando você se tornou minha melhor amiga, você se tornou família também."
Família.
Algo que eu nunca tive.
Limpo a garganta e tomo meu shot. “Meu turno está quase acabando, você espera por mim?”
Levando seu drink aos lábios rubi, ela toma seu shot e bate o copo na mesa. “Claro.”
Vou para os fundos do bar ver o que precisamos pedir. De repente, sou empurrada contra a parede de frente, com meus pulsos presos atrás das costas. Não preciso ouvir ou ver quem é. Já sei que é Alec. Posso sentir o cheiro do seu perfume e do álcool.
Por que ele não me deixa em paz?
Maldito.
Sinto sua respiração em mim enquanto ele pressiona beijos desajeitados no meu pescoço. Mordo o lábio para evitar que um gemido escape. Courtney, não ouse gemer. Você odeia esse homem e odeia isso. Não funciona. “Mmm...”
Ele agarra meu cabelo, puxando minha cabeça para trás para ter melhor acesso. “Eu preciso de você agora, Courtney. Estou cansado de lutar.”
Suprimo outro gemido que ameaça escapar e cerro os dentes. “Que pena, Alec, porque eu não estou.”
Ele me força a virar e vejo o olhar animalesco em seu rosto. Meu corpo está tremendo quando sinto suas mãos em meus quadris.
Não.
Eu não vou deixar ele fazer isso comigo. Não de novo. Levando meu joelho com força ao seu entrepernas, ele instantaneamente desaba no chão e eu corro dali e esbarro em Lucien.
“Você viu o Alec?” Lucien perguntou.
Aponto para a porta. "Sim, ele está lá dentro cuidando das bolas no chão."
Balançando a cabeça rindo, ele admite para mim. “Eu disse a ele para parar de fazer isso com você, mas ele é teimoso. Caterina está esperando nos fundos.”
Caterina e eu estamos no nosso quinto shot. Não, espera. É o sétimo shot? Droga, eu não sei. Quem se importa, né? Eu com certeza não. Enquanto ela despeja meu próximo shot, ela sorri. “Então, eu tenho uma ideia, por que não fazemos o Alec ficar com ciúmes?”
Meus olhos quase saltam da cabeça. “Não! Eu nem gosto dele. Por que eu iria querer deixá-lo com ciúmes?”
O rosto dela se ilumina. “Ah, amiga, só vai lá e coloca o vestido mais curto que você encontrar no meu armário, pega o vermelho.”
Relutantemente, subo e pego o vestido vermelho. Ele é bonito. É um vestido de um ombro só que fica logo abaixo da minha bunda, mas a cobre adequadamente. Pelo menos não preciso trocar meus sapatos. Estou com meus saltos vermelhos. Enquanto desço as escadas, ouço Caterina ofegar ao me ver. “Caramba, você está ótima. Agora vamos beber.”
Tropeço pelo chão da cozinha enquanto Lucien e Alec entram e a cumprimentam. Alec me olha e seu rosto empalidece, depois fica rígido. O que subiu no rabo dele? Vou cumprimentar Lucien e eles dois sorriem para mim, sabendo como isso está afetando Alec. Lucien só coloca mais lenha na fogueira ao me abraçar. Eles me deixam sozinha com o maldito idiota.
Viro-me lentamente para encará-lo e ele está segurando o bar e respirando pesado. Ele fecha os olhos e aproveito a chance para subir furtivamente para o meu quarto. Vou me deitar, mas logo ouço uma batida na porta.
Droga.
Quase consegui escapar dele.
Abro a porta e ele me empurra para a cama, segurando-me pela cintura. “Você acha isso engraçado? Flertar com Lucien na minha frente.”
Eu o empurro e aponto meu dedo na cara dele. “Você não me possui, idiota. Não se esqueça de que você me odeia.”
Ele roça os dentes no meu pescoço. "Não é assim que eu me lembro. Você me deixou te reivindicar."
Por favor, Alec, vá embora.
Estou bêbada demais para isso.
Pego meu pijama e tiro o vestido, deixando-o cair aos meus pés. Então coloco meu pijama bem devagar para torturá-lo. Ainda estou de costas para ele e ouço a porta bater, me avisando que ele foi embora. Solto um suspiro que não sabia que estava prendendo e desabo no travesseiro, deixando o sono me dominar.
Na manhã seguinte, acordo com Caterina sorrindo para mim. Não outro plano de “deixar Alec com ciúmes”. Uma ideia para deixar Alec irritado para que ele me ataque no clube. Olho para ela balançando a cabeça. “Ah, não. Eu não vou fazer o que você está pensando. Tenho que me preparar para o trabalho de qualquer maneira.”
Ela faz beicinho, mas entende. Entro no clube e cumprimento Nate. Ele acena para mim e me chama. Ele parece nervoso e esfrega a mão atrás do pescoço, desconfortável. “Então, eu estava pensando se você quer sair comigo depois do trabalho?”
Estou prestes a responder sim quando alguém me puxa para seu corpo e ouço a voz tão familiar falar. “Não, ela não está interessada. Ela é minha.”
Viro-me cheia de raiva quando ele me força para o quarto onde me atacou e pressiona seus lábios nos meus.