




Capítulo 5
PONTO DE VISTA DE JOHN
"Você me ouviu."
"Claro que ouvi, Sr. Callahan. Mas acho que você não se ouviu."
"Me chame de John. Você já me viu nu." Cruzei os braços e ela bufou.
"Isso não faz diferença, eu vejo homens nus o tempo todo–"
"Então você não tem problema em aplicar a pomada."
"Por que você não faz isso? É algo que você pode–"
"Eu não consigo ver as queimaduras, e se eu deixar algum lugar sem pomada?" Levantei uma sobrancelha. Ela é tão divertida de observar. Ela respirou fundo e soltou, tentando controlar a raiva.
Já me disseram que eu tinha talento para irritar as pessoas. Mas com ela é tão revigorante.
"Você tem guardas, não tem? Chame-os."
"E perder o respeito deles por mim? Duvido."
"Tenho certeza de que eles já viram coisas piores e ainda te respeitam." Isso! Ela não queria dizer isso em voz alta, porque colocou a mão na boca e seus olhos se arregalaram de horror. "Desculpe, eu não queria–"
"Sim, você queria. Só não queria que eu ouvisse." Me inclinei mais perto dela, de modo que nossos rostos ficaram próximos.
Deus, ela cheirava tão floral.
"Não vou permitir que nenhum dos meus guardas aplique a pomada em mim. Você é médica e bem versada em situações como esta. E não quero que ninguém pense que eu sou gay."
"Pelo amor de doces mojitos, é pomada! Você não precisa de um diploma para aplicar pomada. E ser rotulado como gay é pior do que ser rotulado como pedófilo."
"A resposta para ambos seria 'sim', exceto que você não é uma criança."
Ela estreitou os olhos. "Como você sabe? Você tem o quê? 30 anos? Isso é bem velho para mim."
"30? Você não acompanha os tabloides?" perguntei. Eu tinha certeza de que todo mundo sabia mais sobre minha vida do que eu. Com os repórteres me perseguindo como abelhas.
"Não. Estou ocupada demais procurando emprego para ter tempo para coisas bobas como tabloides."
Sorri, um sorriso de verdade pela primeira vez naquela semana. "E ainda assim você sabia quem eu era antes de eu te contar."
"Sr. Callahan–"
"John."
"John. Não é ciência de foguetes, seu rosto está estampado em todo lugar. Não tem como eu não te reconhecer, tá bom? Eu só não fico stalkeando sua vida como aquelas fãs malucas suas." Seus lábios se franziram em um pequeno bico.
"Eu tenho coisas melhores para fazer."
"Ah, claro. Bem, quanto mais rápido você aplicar a pomada, mais rápido você volta ao seu trabalho."
Ela colocou a mão no rosto e eu sorri. Ela é tão expressiva.
"Por que você está sendo tão difícil? É só pomada e se você realmente acha que não consegue aplicar só porque não consegue ver todas as áreas queimadas, basta ficar na frente de um espelho."
"Sim, porque eu gosto de ficar na frente de espelhos admirando meu p–"
"TÁ BOM! Eu faço isso."
"Eu já imaginava."
Caminhei em direção à cama enquanto ela começava a murmurar, provavelmente se dando alguma auto-motivação.
Mas quando ela se virou e seus olhos pousaram na minha virilha nua, ela fechou os olhos e gritou.
"Meu Deus. O que há de errado com você?"
"O quê? Eu não tenho que estar nu para você aplicar a pomada?" A diversão escorria do meu tom.
"Sim, mas um aviso seria bom."
"Para alguém que vê homens nus o dia todo, você não está sendo muito discreta." Revirei os olhos.
"Eu não... Deixa pra lá." Ela caminhou lentamente até mim, ajoelhando-se, e se isso não fez algo comigo, eu não sei o que faria.
"Gosta do que vê?" Pisquei para ela, suas bochechas ficando vermelhas.
"Cala a boca. Você é tão irritante pessoalmente." Ela murmurou.
"Ouço isso muito."
Ela estava lutando para abrir a tampa e eu perguntei: "Precisa de ajuda?"
"Não, obrigada."
Definitivamente a resposta mais honesta e normal dela o dia todo.
Quando ela olhou para cima e seus lábios estavam diretamente alinhados com a ponta da minha ereção, perdi todo o senso de razão.
Uma imagem dela, nua, me tocando passou pela minha cabeça. Suas mãos macias e úmidas segurando–
Ok! Já chega.
"Vou aplicar agora."
Meu corpo estremeceu ao toque de suas mãos frias.
"Fique quieto. Você está me distraindo."
Olhei para baixo e vi seus olhos estreitados em concentração enquanto ela se focava em espalhar a pomada por toda parte. Ela pegou mais um pouco e esfregou profundamente na minha pele, minha cabeça caiu para trás com a pressão.
Por que eu não fiz isso sozinho? Porque eu não queria que ela fosse embora rapidamente.
E agora, me coloquei em uma situação desastrosa.
Desviei meus olhos dela e os fixei na porta, cada segundo de cada minuto era uma tortura. Tive que morder meus lábios para não gemer.
Ela vai pensar que sou um pervertido. Droga, eu pedi para ela ajudar com a pomada e ela me chamou de pedófilo!
Não pense, John! Não pense na pressão das mãos dela no lugar onde você mais quer.
É louco como ela não está me tocando, mas ainda assim estou reagindo a ela mais do que já reagi a qualquer mulher depois da minha doença.
Por que ela consegue me excitar assim? Será porque ela é médica e sabe todos os pontos certos?
Talvez.
"Belinda..."
"O quê!" Ela parecia frustrada.
Olhei para ela, mas ela ainda estava focada nas minhas coxas, "Seja rápida."
"Eu serei se você calar a boca."
A única mulher a falar comigo de maneira tão rude.
"Estou quase terminando. Só preciso chegar nas que estão entre suas coxas. Como isso foi parar aí?"
E então ela me colocou em uma jornada climática.
Seus dedos roçaram minhas bolas e eu soltei um gemido alto.
"Dói–?"
Meu sêmen espirrou por toda parte enquanto eu me masturbava mais forte.
"Porra!" Eu gemi, esse foi o mais forte de todos os meus orgasmos.
Quando desci do meu êxtase, minhas pernas fracas demais para me sustentar, finalmente olhei para Belinda e lá estava ela, coberta de branco.
Uh oh!