




Capítulo 3
John observava enquanto o rosto dela ficava azul enquanto ela tentava afastar as mãos dele de seu pescoço, lutando para respirar. Ele não ia matá-la, mas Casita não precisava saber disso.
“P-pare.” As pernas dela se debatiam atrás dele e ela lutava para se afastar, mas infelizmente já estava colada a ele.
John sorriu. “Então me diga onde está o anti-cola?”
“S-se eu morrer, a...im-pren-sa...vai...te...pegar...assim...pense...nisso...” Calista lutava para respirar, rezando para que ele a soltasse.
John riu. “Tenho que admitir, você é muito boa em se posicionar. Está até disposta a morrer só para me derrubar.” Ele olhou para suas mãos que ainda a estrangulavam antes de soltá-la com um suspiro.
Calista começou a tossir violentamente enquanto passava as mãos pelo pescoço.
“Você...mudou de ideia?” A voz dela saiu rouca.
John levantou uma sobrancelha. “Não me lembro de ter concordado com o que você disse. Meus médicos vão me tirar dessa.”
Calista sorriu. “Isso foi feito sob medida por um amigo. É o único no mundo, por isso existe um anti-cola. Nem seus médicos podem te ajudar a sair dessa.”
John franziu a testa, bem, se esse fosse o caso, agora era a chance perfeita para testar o hospital que ele financiava há anos. Se eles não fossem capazes de tirá-lo dessa situação pegajosa, ele retiraria todos os seus fundos e veria o hospital afundar.
“Vamos descobrir, certo?”
Ele alcançou a mesa de cabeceira, pegou o telefone e ligou para seu guarda.
“Ligue para o hospital, diga que quero o Sr. Benson no meu quarto de hotel agora mesmo–” Ele fez uma pausa, pensando no horário, “Quero ele aqui o mais cedo possível amanhã de manhã.”
“Certo, chefe, para que você precisa dele?”
“A vadia com quem estou transando nos prendeu com uma cola de fricção. Diga que é feita sob medida e ele deve trazer o que achar que vai funcionar.” John desligou o telefone e os virou de lado. “Agora vamos aproveitar a noite e esperar o médico nos tirar daqui amanhã.”
“M-mas eu tenho o anti-cola bem aqui! Não precisamos esperar até de manhã.” Calista disse freneticamente.
“Não estou pronto para atender suas exigências. Então, quanto mais rápido você calar a boca e me deixar dormir, melhor para você. Tenho uma reunião importante amanhã e não vou deixar você estragá-la.” John respondeu de olhos fechados.
Calista estava prestes a ceder, pronta para entregar o anti-cola, mas lembrou-se das palavras de sua melhor amiga e decidiu confiar na cola que não cederia a menos que ela usasse o anti-cola.
Então, com um sorriso no rosto, ela adormeceu nos braços de John, pelo menos algo bom saiu dessa noite e John não teria escolha a não ser concordar com suas exigências amanhã.
Na manhã seguinte, uma batida na porta os acordou.
“Chefe, o médico está aqui.”
John esfregou o rosto e olhou para onde ele e Calista estavam unidos. Ele esperava que a cola tivesse afrouxado durante a noite, mas ainda estava tão apertada quanto antes.
“Deixe-o entrar.”
A porta se abriu. “Bom dia, eu–”
A voz parou e John olhou imediatamente, se perguntando por que havia uma maldita médica em seu quarto de hotel.
“Quem é você–” Ele parou.
A primeira coisa que chamou sua atenção foram os olhos dela. A cor de ametista, afiados e claros como a lâmina de uma espada. Era possível ter uma cor de olhos assim?
O cabelo dela estava preso em um coque e seu corpo parecia sexy mesmo sob as roupas largas e um jaleco que parecia vinte vezes maior que ela. Ela era pequena, delicada, e ele sabia que adoraria abraçá-la.
O quê! De onde diabos veio isso?
“D-desculpe. Acho que estou no quarto errado.” Belinda gaguejou, mas não conseguia desviar os olhos do homem cujo traseiro nu estava à mostra para ela ver. Era firme e agarrável.
John notou suas bochechas coradas e como ela estava olhando para seu traseiro, ele sorriu. “Gostou do que viu?”
Belinda “Ah... o quê...” Seus olhos se arregalaram e ela se virou rapidamente, pronta para sair correndo pela porta. “Desculpe, vou sair agora mesmo.”
“Não, não, não se preocupe. Você está no quarto certo.” John disse com uma voz divertida. Ele não sabia que havia mulheres que ficavam facilmente constrangidas sob o olhar masculino. Belinda se virou para olhá-lo.
Calista acordou lentamente com a pequena comoção, olhou para John e notou que havia outra pessoa no quarto com eles.
“Oh, o médico finalmente chegou.” Ela disse sarcasticamente.
“Olha, doutora...”
“Belinda.”
“Doutora Belinda, eu gostaria que você me afastasse o máximo possível desta mulher ou não serei responsável por quebrar o pescoço dela. Já foi ruim o suficiente passar a noite assim com ela.”
Os olhos de Belinda se arregalaram ligeiramente. Isso não era o que ela esperava quando recebeu uma ligação do hospital naquela manhã.
“Então vocês estão grudados um no outro. Posso perguntar como isso aconteceu?” Ela começou a destravar a pequena maleta que trouxe consigo, tirando dois frascos de esmalte e uma garrafa.
“Prefiro não. Por favor, afaste-a de mim rapidamente.”
“Claro. Ouvi dizer que a cola é uma cola de fricção, mas ainda é uma cola, no entanto. Então, como todas as colas, seu inimigo é uma série de coisas.” Ela segurou a garrafa de água, “Acetona, por exemplo.” Ela olhou para a garrafa e para as duas pessoas nuas na cama. “Vocês conseguem se levantar?”
John segurou Calista e ela envolveu as pernas ao redor dele o máximo que pôde, já que seus quadris estavam grudados.
“Ok, então a acetona é muito perigosa para a pele, mas está diluída e o dano não será tão grande. Tudo o que vocês precisam fazer é derramar um pouco a cada minuto, certifiquem-se de não esfregar um contra o outro e se afastem o mais cuidadosamente possível.” Belinda entregou a garrafa de acetona a John.
“Você não pode usar isso!” Calista gritou.