




ASSASSINO DO MEU PAI
"Como vai, Tio Rafael?"
Rafael sentiu um desconforto ao ver o sorriso de Aisha. Essa garota, que é tão estoica quanto uma rocha, mas quando sorri sempre causa arrepios na espinha.
"Bem, minha querida," Rafael ignorou seus sentimentos e disse em um tom fingido de preocupação. "Deve ser muito difícil para você assumir toda a família De La Torre. Se houver algo que possamos fazer, por favor, nos avise."
"Não há necessidade disso," Aisha respondeu quase imediatamente em um tom direto. Aisha perdeu o sorriso e tudo o que restou foi sua habitual fachada sem emoção. "Afinal, estou perto de descobrir quem matou meu pai."
A mão de Freohr apertou sua cintura e ele perguntou em um tom apressado. "Quem matou o Tio Morano, Aisha?"
Seu pai.
"Este é um problema dentro da família De La Torre, então não há necessidade de incomodá-lo." Aisha disse a Freohr enquanto olhava para Rafael.
Ninguém, exceto Aisha, percebeu como o corpo relaxado de Rafael ficou rígido ao ouvir a declaração de Aisha.
Aisha sorriu internamente e, casualmente, tocou seu brinco esquerdo.
De repente, Rafael sentiu a vibração de seu telefone. Rafael franziu a testa ao pegar o telefone.
"Chefe, volte para a sede principal rapidamente! Estamos sendo atacados!"
Irritado, Rafael quase gritou ali mesmo, mas percebeu que estava em público, então só pôde abaixar o tom e sussurrar, "O que você quer dizer com ataque? Exceto pela família De La Torre e Lumière, ninguém tem coragem de entrar em guerra conosco."
"Chefe, nós também não sabemos! Eles simplesmente----ack!"
Rafael xingou baixinho. Ele precisava sair imediatamente. Se fosse qualquer filial menor, ele poderia deixá-los morrer, mas era a sede principal que estava sendo atacada.
De qualquer forma, quem quer que sejam esses tolos, ele os fará sofrer!
"Pai, o que você quer dizer com ataque?" Tanto Freohr quanto Aisha tinham uma audição aguçada, então também ouviram o que o homem disse ao telefone.
"Eu ainda não sei, mas vou descobrir." Rafael respondeu em um tom apressado. "Fiquem aqui e não deixem ninguém saber disso."
"Eu vou." Freohr assentiu, mas não pôde deixar de se sentir preocupado.
Era a sede principal, seus melhores mafiosos estavam lá. Então, quem poderia ter a coragem de atacar a sede principal?
"Devo enviar alguns dos meus homens?" Aisha sugeriu, embora, com o orgulho de Freohr? Ela tinha certeza de que Freohr rejeitaria imediatamente sua oferta.
Não que ela fosse ajudá-los de qualquer maneira.
"Não há necessidade disso," como esperado. "Meu pai pode lidar com isso."
"Chefe, está feito," uma voz rouca sussurrou através dos brincos de Aisha. "Estamos apenas esperando suas ordens."
Aisha tossiu um pouco e tocou sua testa. Vendo-a agir um pouco estranha, Freohr ficou preocupado que ela pudesse ter se esforçado demais.
"Você está se sentindo mal?" Freohr perguntou em um tom preocupado. "Quer ir para casa?"
"Não," Aisha respondeu quase imediatamente. "É o aniversário da tia, ela vai ficar chateada se eu for embora."
"Tenho certeza de que a mãe vai entender." Freohr envolveu os braços na cintura dela e deu um pequeno abraço.
Aisha respirou fundo e assentiu, "Vou apenas dormir um pouco no quarto de hóspedes. Me chame quando o banquete começar."
"Claro," no entanto, Freohr não planejava acordá-la. "Venha, eu te levo."
Freohr mandou uma mensagem para sua mãe e levou Aisha para o seu quarto. Aisha tinha seu próprio quarto ali, mas era um pouco longe, então ele só podia levá-la para o seu.
"Durma aqui e descanse." Freohr disse, em tom de comando, com uma voz firme.
Aisha quase riu do tom protetor dele. Infelizmente, os olhos de Aisha escureceram enquanto observava Freohr sair.
Freohr estava caminhando pelo corredor frio e vazio quando pegou seu telefone e digitou uma mensagem de um número desconhecido.
"Prossiga com o plano. Aisha está doente e dormindo no meu quarto, então ela não estará lá por um tempo."
Freohr apertou um botão no telefone e passou por uma varanda aberta. Era noite, então naturalmente estava frio, mas Freohr nunca sentiu tanto frio em sua vida.
Ignorando a sensação, Freohr balançou a cabeça e saiu. Ele não percebeu os olhos azuis escuros que o observavam pelas costas.
Dando um passo, Aeron olhou para o quarto de Freohr com uma expressão sombria.
Seu telefone tocou na noite silenciosa, ele pegou o telefone e ouviu o que a outra pessoa dizia, "Chefe, Rafael Cavelli chegou ao local."
Aeron murmurou em resposta, seus pés o levando até a frente do quarto de Freohr. "Certifique-se de que ele sofra grandes danos, mas não o mate. Ser inválido e inútil por toda a vida é muito melhor do que dar-lhe uma morte fácil." Depois disso, ele desligou o telefone e abriu a porta.
O nariz de Aeron se contraiu um pouco ao sentir o cheiro de um tipo familiar de droga no momento em que abriu a porta. Era afrodisíaco e estava no ar.
Aeron imediatamente cobriu o nariz e olhou ao redor para encontrar Aisha. Ele ficou ligeiramente surpreso com a cena diante dele.
Aisha estava encolhida no chão, segurando a região inferior como se estivesse com dor. Ela respirava pesadamente e seu rosto estava corado.
O rosto de Aeron, que era conhecido por ser estoico e inexpressivo, escureceu ao perceber o que estava acontecendo com Aisha.
Seus punhos se cerraram tão fortemente que os nós dos dedos ficaram brancos.
Aisha percebeu que alguém estava no quarto. Se aquele maldito Freohr voltasse e a forçasse, ela não seria capaz de lutar.
Maldito seja, Aisha amaldiçoou em seu coração. Drogas não tinham tanto efeito sobre ela quanto sobre uma pessoa comum. Ela só podia deduzir que Freohr tinha alguém para fazer uma droga mais forte.
Fui descuidada!
Ela usou toda a sua força para levantar os olhos e ficou chocada quando viu os olhos azuis hipnotizantes.
"A-aeron?"