Decetar
"Posso ajudar, senhora? Está tendo problemas para entrar no seu quarto? Seu cartão-chave está funcionando perfeitamente?"
Uma voz perguntou rapidamente atrás de Samantha, interrompendo seus pensamentos. Ela se virou surpresa para ver uma jovem vestida com uniforme de calça e camisa formal com 'The Lakes Hotel and Suites. Camareira Ann' gravado nele. Samantha estava tão perdida em seus pensamentos que não ouviu a moça se aproximar.
"Ah, oi! Sim, estou bem. Está funcionando bem! Eu só... Só estou pensando em algo antes de entrar," Samantha rapidamente a tranquilizou com um sorriso fraco no rosto.
"Se a senhora tem certeza... Então tenha uma boa noite no The Lakes, senhora." A camareira Ann disse prontamente com um leve sorriso e continuou seu caminho pelo corredor. Era óbvio que a camareira achou algo estranho no comportamento de Samantha ou não acreditou na sua desculpa.
Samantha não sabia por quanto tempo estava parada em frente ao quarto 104, apenas olhando para a porta com o cartão-chave apertado na mão... Temendo o que encontraria dentro do quarto para justificar a dúvida que ouviu na voz da camareira.
Ela sabia que não podia continuar parada na porta como uma covarde, a camareira Ann poderia decidir voltar e que desculpa daria dessa vez.
Ela reuniu coragem suficiente, inseriu o cartão-chave, e a porta se abriu suavemente. Ela empurrou parcialmente a porta e entrou, o carpete de lã macia no chão abafava o som de seus saltos.
A primeira coisa que veio à mente quando entrou foi...
"Não há como Justine conseguir pagar por este quarto."
O quarto estava bem iluminado. Ela sabia que era grandioso e digno de realeza pelo pouco que podia ver de onde estava.
"Isso tudo é um engano. Ou alguém pagou por isso ou Ty estava tentando ser esperto comigo." Ela pensou com um suspiro de alívio. Será que Ty estava aprontando alguma comigo afinal... Ela se perguntou e apertou firmemente o spray de pimenta na mão, pronta para qualquer coisa que Ty pudesse ter planejado.
Então, vagamente, ela ouviu gemidos suaves, que imediatamente se tornaram abafados, seguidos por grunhidos profundos. Ela empurrou a porta mais para dentro e caminhou com pernas trêmulas em direção à cama.
Suas pernas quase cederam quando viu o corpo nu de sua melhor amiga deitado de bruços e com o bumbum para cima na cama, enquanto seu namorado estava em pé, furiosamente a penetrando por trás.
Samantha assistiu perplexa enquanto Diane, sua irmã de alma, se mexia e rebolava contra o pênis do namorado dela. Ela achou a cena de vergonha nojenta e sentiu-se enjoada até o fundo do estômago. Era tão irritantemente nojento que ela quis vomitar, e imediatamente começou a ter ânsia de vômito.
O som de sua ânsia os trouxe de volta de qualquer nuvem em que estavam. Diane fez um som engraçado como um pato grasnando e rapidamente se cobriu com o edredom antes de se arrastar para o chão do outro lado da cama.
"Oh, merda! Oh, droga," Justine xingava continuamente e pegou seu jeans que estava jogado descuidadamente no chão. Ele lutou para colocar uma perna sem tirar os olhos de Samantha e caiu no processo de colocar a segunda perna. Ele parecia patético.
Diane esperava a terceira guerra mundial, ela se preparou para os golpes e palavras como vadia imunda, traidora suja, ladra de homens... Ela sabia que Samantha era louca assim. Então, para evitar essa loucura, ela ficou no chão para proteger o rosto de qualquer forma de desfiguração.
Os olhos de Samantha seguiram o movimento de Diane e a observaram enquanto ela se encolhia envergonhada ao lado da cama. Ela ficou ali, sem palavras, apenas olhando para onde sua melhor amiga escondia o rosto de vergonha. Tentando entender o porquê.
Do outro lado, Justine finalmente conseguiu vestir suas roupas e estava avançando em direção a Samantha...
"Sam... Amor... Eu posso explicar isso..."
"Ah, é mesmo!? Samantha tirou os olhos de Diane e olhou para Justine sorrindo como se tivesse acabado de acordar para um dia lindo com a promessa de muita diversão pela frente.
"Sim, deixa eu adivinhar... Algo como... Foi a bebida?... Você estava tão drogado que não sabia como chegou aqui?... Ela te seduziu?... Você escorregou e caiu na vagina dela?... Ah, talvez tenha sido a Diane que escorregou e caiu acidentalmente no seu pênis, né? Qual desculpa você vai usar, Justine?" Samantha perguntou e riu alto.
Justine estava confuso e com medo. 'Ela deveria estar com raiva... Por que está rindo de mim como se tudo estivesse bem!?'
"Sam, por favor, eu... Isso foi um erro... Na verdade, eu..." Ele gaguejou sem parar até que Samantha não aguentou mais e o interrompeu abruptamente, mal conseguindo esconder sua irritação com ele dessa vez...
"Olha, cara, eu não dou a mínima para qualquer desculpa que você queira dar agora... Você pode ir transar com um cavalo, se quiser! É assim que você é insignificante para mim. Você pode ficar com ela, ok, eu não me importo. Só preciso de alguns minutos a sós com minha ex-melhor amiga. Você pode pelo menos fazer isso por mim!?" Samantha disse com irritação.
Justine não encontrou nenhuma desculpa para ficar mais tempo. Na verdade, ele estava feliz por sair. A garota estava agindo de uma maneira estranha e ele não queria ser testemunha disso. Ele tentaria novamente quando ela se acalmasse.
Graças a Deus ela não era o tipo de namorada louca que sairia quebrando e destruindo coisas de valor. Ele caminhou calmamente até onde estava seu iPhone e o relógio de pulso dourado Armani, ambos presentes preciosos que ganhou de mulheres, pegou-os e saiu do quarto.
Samantha o seguiu com os olhos indiferente. Ela não estava com raiva de Justine, estava com raiva de si mesma porque sabia quem ele realmente era antes de concordar em ser sua namorada.
Concorda, ele era bonito e divertido de estar junto, mas ainda assim, ela poderia ter feito melhor do que escolher um caça-dotes como namorado para passar o tempo de sua vida solitária.
'Ah, bem! Foi divertido enquanto durou.' ela pensou indiferente. Mas a traição de sua melhor amiga? Sua parceira de vida. Sua amiga para sempre... Isso doeu de uma maneira que palavras nunca poderiam descrever. Samantha parecia calma, mas estava verdadeiramente devastada pelo que Diane fez.
Elas eram melhores amigas há quase dez anos. Inseparáveis por dez anos. Faziam tudo juntas há dez anos... Ela e Justine eram namorados há apenas nove meses.
Ela não conseguia entender por que Diane, de todas as pessoas, faria isso com ela. Por que arriscaria jogar fora dez anos de amizade!? Depois de sua avó, Samantha escolheria Diane se fosse perguntada para classificar as poucas pessoas em sua vida de acordo com sua importância.
Seu olhar voltou para Diane, que havia levantado a cabeça de onde estava enterrada quando ouviu o tom frio que Samantha usou ao dizer a Justine que precisava de alguns minutos a sós com sua ex-melhor amiga. Diane rapidamente se ajoelhou ao lado da cama e começou a implorar a Samantha.
"Sam, por favor... Por favor... Eu sinto muito..."
Samantha olhou diretamente nos olhos de Diane, puxou uma cadeira ao lado da cama e sentou-se nela.
"Sente-se, Diane..." Samantha disse indicando outra cadeira mais próxima de Diane, mas Diane continuou implorando pelo perdão de Samantha de joelhos.
"Sam, por favor, me perdoe... Eu sinto muito..."
"Ok, faça como quiser, se quer ficar de joelhos, é problema seu," Samantha disse indiferente enquanto Diane continuava implorando por perdão como se não tivesse ouvido o que Samantha disse.
"Eu sinto muito... Eu sinto muito... Eu sei que errei com você..."
"Por quê?" Samantha perguntou diretamente sem rodeios.
"Foi um erro..."
"Eu não sou estúpida, então não comece a me dar desculpas estúpidas... Não existe sexo acidental, Diane! Além disso, esta não é a primeira vez que vocês dois se entregam a isso, então não acha que é besteira começar a dizer que foi um erro?"