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Capítulo 3: Ele pensou que ela ia cometer suicídio

Victoria sorriu, mas não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, virou-se e caminhou em direção ao elevador.

"Eu falei sério," ela disse, acenando casualmente com a mão enquanto entrava sem hesitação.

Lucas ficou parado, franzindo a testa, observando-a desaparecer.

Enquanto isso, no jardim da Clínica Cleveland, um homem idoso de cabelos brancos e um homem distinto e elegante estavam sentados em um banco de pedra.

"Alexander, você tem vinte e oito anos e ainda não tem namorada. É uma vergonha," disse Nathan Howard com vigor.

Alexander Howard recostou-se, cruzando suas longas pernas e descansando as mãos nos joelhos, exalando nobreza e elegância. Seu rosto parecia ter sido esculpido meticulosamente por Deus, com traços impecáveis.

"Tem algo que você não está me contando?" Nathan perguntou cautelosamente. Ele havia apresentado inúmeras garotas bonitas a Alexander, mas nenhuma havia satisfeito Alexander. Será que ele tinha algum problema?

"Vovô, você parece bem saudável. Já que está bem, vou embora agora," disse Alexander, sentindo-se impotente. Seu avô frequentemente fingia estar doente para enganá-lo a vir ao hospital para encontros às cegas.

"Marcus, leve o vovô para casa," Alexander instruiu.

Marcus Williams, que estava esperando silenciosamente ao lado, assentiu. "Ok."

Depois que Victoria saiu, ela caminhou pelo caminho sombreado ao redor do hospital. Naquela manhã, Lucas havia ligado, pedindo que ela voltasse para a família Kennedy para discutir o rompimento do noivado. Enquanto ela não concordasse, Lucas e Clara sempre seriam um casal envolvido em um caso amoroso ilícito.

Ela parou perto do lago, olhando para a água profunda e insondável. Refletia seu próprio coração sombrio e melancólico, sem nenhuma luz brilhando, seu coração outrora apaixonado agora congelado.

Um carro de luxo se aproximou por trás dela. Alexander se inclinou contra a janela do carro, observando as fileiras de álamos passarem até que uma figura esbelta chamou sua atenção.

"Pare o carro," ele disse de repente.

Dylan, concentrado na direção, freou urgentemente. "O que houve?" ele perguntou, mas Alexander já estava fora do carro.

Victoria, perdida em seus pensamentos, não percebeu alguém se aproximando por trás.

"Senhorita, sempre há uma solução para tudo," uma voz masculina estranha disse, assustando Victoria. Ela perdeu o equilíbrio e caiu em direção ao lago.

"Ah!"

"Cuidado!"

Dylan, que acabara de sair do carro, ficou horrorizado ao ver o que estava acontecendo. Quando a mulher caiu em direção ao lago, Alexander rapidamente agarrou sua mão e a puxou para seus braços, estabilizando os dois.

O nariz de Victoria foi preenchido com uma fragrância suave, e ela podia ouvir um batimento cardíaco forte em seus ouvidos. Uma mão poderosa ainda estava em sua cintura, aparentemente sem intenção de soltá-la.

"Senhor, você pode me soltar agora," a voz abafada de Victoria veio de seu peito.

Alexander então a soltou. Ela tinha um perfume agradável que ele não se importava, e ele havia momentaneamente perdido o foco.

Victoria finalmente olhou para cima e viu o rosto de Alexander, ficando um pouco atordoada. Abaixo de suas sobrancelhas estavam um par de olhos como safiras, traços bonitos e lábios bem definidos e rubros. Ele usava um terno cinza sob medida, seu rosto frio como gelo, mas exalando uma aura elegante e nobre de cavalheiro, com uma forte presença de autoridade. Em comparação, Lucas parecia bastante comum.

Como ela não sabia que havia uma pessoa assim em Ridgefield?

"Por que você estava tentando se matar?" Alexander franziu a testa, vendo sua expressão atordoada. Victoria era muito delicada e bonita, apenas um pouco magra.

Victoria piscou seus olhos amendoados. Ele achava que ela estava tentando cometer suicídio?

"Senhor, você entendeu errado. Tenho medo de dor. Mesmo que eu quisesse me suicidar, não escolheria esse jeito. Afogar-se é muito desconfortável."

Os lábios de Alexander se curvaram ligeiramente, e ele perguntou inexplicavelmente, "Se você tivesse que escolher, qual seria o jeito?"

"Eu não pensei sobre isso." O ponto era que ela ainda tinha muitas coisas para fazer. Como poderia escolher se suicidar? Mesmo que o fizesse, ninguém sentiria pena dela. Ela não era Clara.

Alexander não perdeu o olhar de decepção e autoironia em seu rosto.

"Não fique mais em lugares tão perigosos," ele disse.

Ao ouvir isso, o coração de Victoria, que havia se tornado frio e duro, ficou um pouco tocado. Ela olhou para ele surpresa. Ele estava preocupado com ela? Ele estava preocupado com uma estranha que nunca havia conhecido antes.

"Obrigada por agora. Caso contrário, eu poderia ter caído no lago," Victoria disse sinceramente.

"Não foi nada. Foi minha aparição repentina que te assustou." O rosto de Alexander estava ligeiramente frio, mas seu tom era gentil.

Dylan, ao lado, ficou chocado. Desde quando Alexander falava tão gentilmente?

Alexander perguntou novamente, "Você precisa de uma carona de volta?"

Victoria balançou a cabeça, "Não, não, meu carro está estacionado no hospital."

Um leve arrependimento passou pelos olhos de Alexander, "Tudo bem, fique segura. Tenho algo a fazer, então, adeus."

Victoria ficou ali observando o Maybach preto partir. Esse era um carro de edição limitada. Qualquer um que pudesse comprá-lo devia ser muito rico.

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