Capítulo 6 Tensões e tentações
CAPÍTULO 6
PONTO DE VISTA DO ALFA XAVIER
Chegando ao escritório, fiquei feliz que Christian cumpriu sua palavra. Olhando para ele enquanto acenava com as mãos, ele já estava me esperando. Isso foi surpreendente, lembrando que pensei que ele estava na cozinha preparando seu café da manhã.
"Eu pensei que você estava cozinhando quando liguei?" perguntei, imaginando se ele tinha outros poderes secretos que não queria revelar.
"Eu não estava, só menti para entender suas palavras que me pareceram muito assustadoras. Eu estava naquela cafeteria quando você ligou," ele revelou, apontando para a cafeteria, em frente aos portões do escritório.
"Entendi," respondi.
"Precisamos encontrar uma maneira de lidar com esses clientes," tremi ao pensar que iria assistir a empresa afundar sem fazer nada para impedir.
"Sobre isso, tenho uma sugestão que é muito estúpida porque..."
"Me conte," interrompi suas palavras, ideias eram tudo o que eu precisava neste momento, não palavras inúteis.
"Acho que deveríamos convocar uma reunião com todos os funcionários e informá-los sobre a redução de salário, o que nos daria fundos suficientes para aguentar por um tempo antes de encontrarmos uma solução melhor." Suas palavras eram os piores planos que eu poderia imaginar, as consequências dessa ação estavam bem na minha frente.
"Essa sua ideia assustaria nossos funcionários mais valiosos e isso seria prejudicial para nós. Não podemos arriscar isso," descartei os pensamentos da ideia de Christian enquanto caminhava até o telefone.
"Me traga uma garrafa de uísque."
"O que você quer dizer? Esta é nossa única opção," ele insistiu em suas palavras, surpreendentemente, esta era a única saída e eu não pude evitar que uma lágrima escapasse dos meus olhos.
"Isso significa que temos que ver os outros caírem porque somos orgulhosos demais para cair," argumentei contra as palavras de Christian, suas palavras eram boas demais para ser verdade, os efeitos adversos eram mais pesados do que as vantagens que ele mencionava.
"Às vezes, eles têm que fazer sacrifícios pelo bem maior da empresa," declarou Christian enquanto caminhava até a porta e pegava a garrafa de uísque e dois copos.
"Isso é insano," murmurei enquanto bebia todo o copo de uísque de uma vez, tentando aliviar a tensão que sobrecarregava minha mente.
"Bem, nossa empresa está insana, mas isso pode ser a única chance que temos de torná-la sã novamente," Christian estava se esforçando para me convencer de sua ideia, mas uma parte de mim ainda estava relutante.
"Podemos falar sobre isso outra hora? Preciso de dias para pensar sobre isso," rosnei com um tom rouco.
"Vou te dar tempo, vou pedir aos clientes que nos deem meio ano para resolver os problemas."
"Faça isso porque é a única maneira de termos uma chance," apreciei seus pensamentos, este pensamento em particular e não o anterior.
"Lembre-se de que estou a apenas uma ligação de distância." Eu estava furioso que Christian ainda estava no meu escritório.
"Tchau," suspirei enquanto enchia meu copo novamente e bebia até a última gota, minha mente fervilhava de pensamentos. Nem percebi quando adormeci na minha mesa.
O alarme para o almoço de meio-dia com Aurora me tirou das garras do sono.
"Merda, agora tenho que encontrar Aurora com a boca cheirando a álcool," ri enquanto saía do meu escritório, indo para o elevador.
Entrei no lounge, tomei um banho e troquei de roupa, vestindo algo mais leve; uma jaqueta de couro preta, uma camiseta cinza e um jeans azul, sem esquecer o belo par de botas Timberland marrons. Saí com o cabelo preso em um rabo de cavalo, Christian ficou surpreso, se perguntando por que eu estava vestido como um ídolo. Não me importei com os olhares admirados dos funcionários.
Meia hora depois, saí do carro olhando para Aurora sentada à mesa. Acho que ela deve estar irritada por eu tê-la deixado esperando por mais de trinta minutos.
"Caramba, você está deslumbrante, mais como um petisco. Eu poderia te devorar agora mesmo," Aurora disse enquanto me abraçava instantaneamente, plantando um beijo suave nos meus lábios.
Fiquei tão feliz olhando para o belo rosto de Aurora, ela usava um lindo vestido roxo que mal cobria seus seios atraentes.
"O que houve com a mudança de roupa?" Eu esperava essa pergunta dela, qualquer um que me visse assim certamente iria querer saber o motivo.
"Bem, só decidi mudar," menti, não podia dizer a ela que minha empresa estava à beira do colapso.
"Hmm, bem, está legal e eu adorei," Aurora gesticulou com um largo sorriso no rosto.
"Sabia que você iria gostar."
"Senhora, o que gostaria de comer?" O garçom interrompeu nossa conversa, olhando para Aurora. Eu sabia que ela estava pronta para dar uma bronca na garçonete, mas segurei suas mãos, acariciando-as lentamente para aliviar sua raiva.
"Vamos querer o molho de frango com folhas de hortelã, a torta de carvalho e esses bifes," eu me perguntava por que Aurora queria carne em toda a sua dieta. Isso me parecia muito estranho.
"Isso não é uma dieta de carne?" Eu sabia o que era, mas não sabia o motivo, então perguntei curiosamente.
"Sim, quero meus quadris maiores e minha pele mais sedosa do que nunca," ela gaguejou.
"Bem, eu só vou querer um copo de conhaque," disse, sem apetite para refeições.
"Bom gosto para vinhos sensuais, senhor," ela lambeu os lábios; eu sabia o que ela estava tentando fazer.
"Hmm," ela olhou distintamente nos meus olhos.
"Traga nossos pedidos, plebeia," Aurora rosnou, atraindo a atenção de todos para ela.
"Por que você fez isso?" Eu estava irritado com a atitude de Aurora, sempre sendo insensível.
"Eu tive que fazer, ela já estava babando olhando para você."
"Você tem medo de me perder para outra mulher?"