




Capítulo 4
Amanda Pov.
De manhã, acordo com o agradável cheiro de café e os raios de sol que atravessam as cortinas. Sento-me e passo as mãos pelo cabelo antes de pegar a caneca de café na mesa de cabeceira, que está ao lado de um bilhete.
"Não quis te acordar porque você estava dormindo muito bem. Se precisar de mim, estou no porão. -R".
Dou alguns goles de café e depois saio da cama para fazer minha rotina matinal, e talvez depois eu me junte a Ron no porão. No porão fica a academia dele. É lá que ele vai quando quer fazer exercícios.
Depois de terminar minha rotina, decido que já tive o suficiente de ficar no quarto e desço as escadas com a caneca de café na mão. Quando abro a porta do porão, tenho a surpresa da minha vida. Ron bate no saco de pancadas que ele tem pendurado no meio da sala com tanta força que acho que falta pouco para ele cair do teto. Mas essa não é a surpresa da minha vida, porque estou acostumada a vê-lo bater no saco de pancadas com tanta ferocidade, mas com a camisa. Agora, no entanto, Ron está sem camisa e... Deus... Mesmo se você fosse cego, ainda veria os músculos se movendo sob a pele dele.
Será que ele ficou mais sexy e eu não percebi?
Dou um tapa mental em mim mesma porque acabei de ter um mini ataque cardíaco com a visão à minha frente, mas... Como eu adoraria sentir esses músculos se tensionando e depois relaxando sob meus dedos.
Ok Amanda... Acho melhor você ir encontrar algo para fazer. Você não pode ter fantasias sobre seu melhor amigo.
Quero me virar e sair, mas como se sentisse minha presença, Ron para de bater no saco e se vira para mim.
Meu Deus... Ele sempre teve esses gominhos no abdômen?
-O que você está fazendo? Ele me pergunta, mas estou muito atordoada agora.
-Desculpe?
-Perguntei o que você está fazendo. Ele diz com um sorriso no rosto, como se pudesse ouvir todos os meus pensamentos e adorasse o que ouve.
Mal consigo desviar os olhos do abdômen dele e olhar nos olhos dele. Exceto que, quando faço isso, minhas bochechas pegam fogo por algum motivo desconhecido para mim, e o sorriso dele se alarga.
-Eu... Eu vim te dizer que... Josh provavelmente vai passar por aqui. Digo gaguejando.
Eu? Gaguejando quando se trata de Ron? Nunca. O que há de errado comigo?
-Seria bom se ele viesse quando eu não estiver aqui, assim não preciso quebrar nada, e Deus me livre, ele não vai poder jogar mais. Ele diz enxugando o suor com uma toalha.
Seria algo... Talvez se Ron quebrasse alguns ossos, ele saberia parar de me tratar com tanto desrespeito, como se eu não importasse. Mas eu não sou a favor da violência, então...
-Você vai se comportar normalmente e não vai fazer nada com ele.
-Você é boa demais para ele, Amanda, e ele não te valoriza como você merece.
Por algum motivo, estou sem fôlego e achando essa conversa demais, então faço o que costumo fazer. Me retiro.
-Ok... Vou fazer o café da manhã. Venha quando terminar aqui. Digo e saio apressadamente do porão sem deixar Ron dizer mais uma palavra.
Uma vez na cozinha, decido fazer um café da manhã simples. Ovos com bacon. Me pergunto se ainda consigo me concentrar na cozinha depois do que aconteceu no porão.
-Oh, minha querida... Como você cresceu.
Meus olhos se movem imediatamente para a porta da frente e não consigo esconder meu choque quando vejo minha mãe entrar na casa. Passaram-se, quantos? Cerca de quatro anos e meio desde a última vez que a vi e parece que ela não mudou nada. Na verdade, parece que está radiante...
Estou feliz que ela esteja contente, mas acho que ela deveria ter escolhido ficar comigo em vez de sair de férias com o namorado.
-Mãe... Digo com a voz tremendo de emoção e me apresso a terminar o café da manhã para não queimar os ovos.
Ela entra na cozinha e me puxa para seus braços assim que desligo o fogão. O abraço dela é caloroso, exatamente como eu me lembrava, e não consigo controlar as lágrimas que inundam meus olhos.
-Senti tanto a sua falta, minha querida. Ela disse com um suspiro.
-Isso significa que você não vai deixá-la de novo?
A voz de Ron surge e nos separamos do abraço enquanto me preparo para acalmá-lo. Não quero que ele discuta com minha mãe, embora Ron esteja certo.
-Garanhão? Deus... Não acredito que você ainda está por aqui. Disse minha mãe, se aproximando dele e o abraçando.
-Então? Você não respondeu minha pergunta. Ron insiste, e eu espero pacientemente pela resposta da minha mãe.
-Não sejam crianças... Amanda não precisa mais de mim. Ela é madura, ela é responsável. Além disso, ela tem você, não é?
Ron acena com a cabeça enquanto pensa em algo, e fico um pouco desapontada que minha mãe vai sair em outra viagem por sabe-se lá quanto tempo.
Preparo o café da manhã em três pratos e depois os coloco na mesa.
Não importa que minha mãe vá ficar aqui por pouco tempo, o que importa é que ela está aqui agora. Todos nos sentamos à mesa e começamos a comer. De vez em quando sinto os olhos de Ron em mim, mas decido ignorá-lo, estando muito atenta ao que minha mãe está dizendo.
Parece a manhã perfeita, até que a última pessoa que eu queria ver hoje aparece na porta. Josh. Vejo Ron se tensionar e decido lidar com Josh o mais rápido possível enquanto ele ainda está intacto. Tenho uma vaga sensação de que Ron não vai conseguir se segurar por muito tempo e vai pular no pescoço dele. Não quero nenhum show hoje.
Além disso... Ron não merece perder seu tempo com Josh. Já basta que eu perdi o meu tempo com ele.
-Josh, vamos conversar. Digo e faço um gesto para ele me seguir para fora.
Percebo que ele não gosta muito do fato de eu não convidá-lo para entrar na casa, mas é para o próprio bem dele.