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3 - Fuja

"Eu n-não vou!" "E se você colocou veneno nisso que vai me matar na hora?" Ela começou a apertar a lateral da cama mais uma vez, mas a verdade é que ela realmente queria comer aquilo.

"Não se preocupe, querida; não vou te matar na hora." "Primeiro, vou mostrar ao seu pai idiota como é perder uma pessoa importante na vida dele."

Ela respirou fundo enquanto ele dizia isso. Ele nunca conseguiria conquistá-la. Ela faria de tudo para sair daquele inferno! Deus decidiria o que ela faria.

Ela ergueu a cabeça e o encarou com raiva. Com sua expressão entediada, ele parecia estar de saco cheio. Ele fez um ótimo trabalho ao se sentar na lateral da cama dela e colocar a bandeja ali.

Por causa da riqueza dele, ela já o tinha visto várias vezes na TV, na internet e nas redes sociais. O homem à sua frente não era outro senão o bilionário Cuhen Malcogn. Quando o pai dela fez um acordo de negócios aqui, porque a empresa deles estava prestes a falir devido a uma série de problemas, ela recusou e, em vez disso, ofereceu comprar a empresa. Seus pais a construíram por muito tempo, mesmo que não fosse tão rica quanto a do jovem. Seu pai não a vendeu, e com a ajuda de Kleve Vergan, o negócio deles aos poucos se recuperou. O Sr. Cuhen Malcogn é um magnata dos negócios, uma águia no mundo empresarial. Ele derruba quem se opõe a ele, esmaga quem trai nos negócios, e tudo o que deseja é dele; ele não tem medo nem piedade quando se trata de dinheiro e negócios, e é por isso que é tão rico hoje. Pelo que ela sabia, a mãe dele e a noiva, que era médica, tinham morrido nas últimas semanas.

A mente dela já não estava mais focada no que acontecia ao seu redor. Seu coração se encheu de raiva, e o medo que sentia desapareceu. Ela pulou na cama e deu um tapa feroz no rosto dele. Ele era tão arrogante!

"Você é um completo idiota, Sr. Malcogn! Acha que meu pai os matou? Está mais do que claro que meu pai não tem culpa nisso! Você é louco. Vai morrer. Você vai morrer, demônio!"

O tapa que ela deu não o abalou, mas fez sua expressão escurecer. Ela ficou aterrorizada mais uma vez. De repente, ela recuou e voltou à posição anterior. Esqueceu de se lembrar que o homem à sua frente era um lunático temido por todos. Ele poderia matá-la agora mesmo, o que a deixava ainda mais apavorada.

"Você me conhece bem. Agora coma!"

Ele gritou com ela, e ela gritou de volta. Quase desmaiou de medo. Ela fez dois movimentos trêmulos com a cabeça. "Não vou!"

E o que ele fez em seguida a pegou de surpresa. Cuhen Malcogn jogou a bandeja, que se espatifou e se quebrou ao voar para onde estava. A aparência dele era sombria e irritada, como se estivesse furioso. As lágrimas dela começaram a escorrer novamente. Mesmo que ela não quisesse, elas começaram a cair.

"Maldita seja, mulher!" Ele desapareceu diante dela.

Se a porta não fosse tão resistente, já teria cedido há muito tempo, porque ele a fechava com força toda vez que saía. Mas por mais que ela forçasse o cérebro, não conseguia pensar em um primeiro passo para escapar do que estava fazendo. Ao mesmo tempo, seu estômago roncava, e ela estava à procura de comida. Sentia muito pelo alimento derramado, mas tinha sido apenas cautelosa. Não queria morrer com espuma na boca e ser jogada na floresta.

Ela desviou o olhar para a janela. Já fazia um tempo que a encarava quando uma ideia lhe ocorreu. Olhou para o cobertor e as duas cortinas penduradas na parede. Isso mesmo! Era isso que ela usaria para derrotar o demônio em forma humana enquanto ainda tinha tempo. Preferia se perder na mata a deixar que ele a matasse. Tinha esperança, porque sabia que devia haver uma saída daquela floresta.

Ela rapidamente pegou a cortina e o cobertor e amarrou as pontas juntas. Correu até a janela e amarrou novamente a extremidade da corda no pilar de madeira que separava a janela.

Ellah não verificou mais se a corda havia chegado ao chão, porque outro pensamento invadiu sua mente. Ela não tem muito tempo, e a única coisa em que pensa agora é fugir. Quando ouviu os passos do homem, correu para trás da porta sem fazer barulho. De nervosa, sua respiração ficou dificultada. "Só não suspire, senão ele pode ouvir", pensou ela, quase mordendo o lábio. Ela ainda está viva porque deseja estar.

Ela deu um sorriso debochado e correu para a janela assim que ouviu o jovem soltar uma risada de desprezo. Saiu pela porta no momento em que o ouviu se aproximar dela.

Ellah queria se parabenizar pelo excelente plano que havia bolado, mas, antes que pudesse fazer isso, correu até a janela e espiou para dentro. Do seu ponto de vista, viu o homem entrar na floresta pelo lado esquerdo, onde não havia água correndo.

Essa era sua única chance de fugir. Ela não perdeu tempo e saiu do quarto imediatamente. Ellah ficou exultante porque a porta da sala não estava trancada, apenas entreaberta. Não conseguiu pensar mais e correu para o lado direito da mata. Passou aqueles momentos correndo e caminhando.

Seu pé parecia estar dormente, junto com a sensação de entorpecimento, então ela nem percebeu a dor dos galhos secos pisoteados enquanto corria. Tropeçou ao se agarrar às raízes salientes. Não conseguia contar as cicatrizes e feridas no joelho, na perna e no braço, mas conseguia suportar. O mais importante era que ela estava conseguindo fugir.

Meu Deus!

Ela queria se cansar de tanto se cansar de se cansar. Não estava acostumada a longas corridas, mas precisava sair dali, não importava para onde o louco do Cuhen Malcogn a tivesse levado.

Não!

O céu estava prestes a escurecer, olhando para trás. Quando estava sozinha, tinha pavor do escuro. Revirou os olhos, sentindo-se desorientada e sem saber para onde estava indo. Só conseguia ver árvores altas e imponentes. Ao mesmo tempo, cada carro que passava e o chilrear estridente de pássaros e insetos ao redor acompanhavam os galhos que se erguiam. Ela detesta isso! Mas é melhor do que ser assassinada por um homem chamado Cuhen.

"Ai!"

Quando uma pedra afiada perfurou seu pé, ela gemeu. Seus olhos estavam vermelhos de tanto tentar não chorar, o que era difícil, já que conseguia ver o sangue escorrendo.

Por um breve momento, fechou os olhos e suportou a dor. Nada de bom aconteceria com ela se cedesse à dor, então precisava se conter nesses momentos. Mas ficou assustada um instante depois, ao ver um grande porco selvagem preto à distância. Parecia faminto, porque, ao notá-la, parou abruptamente de fuçar o chão e a encarou.

Ela não queria ser o jantar do porco selvagem! Apesar da dor, pisou rapidamente no pé ferido. No entanto, parecia estar dando ao animal um motivo para segui-la. Parou e jogou uma pedra nele antes de sair correndo.

"Sai daqui!"

Quando percebeu que o porco selvagem a atacaria em vez de fugir, ficou apavorada. Apesar da dor no pé, conseguiu correr.

Ficou surpresa ao ouvir disparos ao fundo. Virou-se automaticamente, vendo o animal morto à sua frente.

"Ellah!"

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