




Capítulo 7 Eu não posso te dar o que você quer
Os longos cílios de Reese tremularam, um brilho afiado em seus olhos. Ela já sabia a resposta em seu coração. "É o Malcolm."
"Malcolm? Não é seu marido? Por que ele está bisbilhotando você?"
Eles já eram casados, então o que mais havia para descobrir? E por que o nome de Malcolm soava familiar?
Calvin verificou rapidamente e exclamou imediatamente, "Meu Deus, Reese, seu marido é um figurão. Vocês dois são um casal poderoso."
"Mas... é uma pena o acidente de carro do ano passado. Desde então, ele mal tocou nos assuntos da empresa, mas sua reputação em Atlanta ainda é sólida."
"Corta o papo furado, vai direto ao ponto. Não tenho o dia todo," Reese retrucou, claramente impaciente.
"Devemos fazer com que ele não encontre nada ou o quê?"
"Isso não vai dar certo. Só vai deixá-lo mais desconfiado. Mas também não podemos deixar que ele descubra tudo. Apenas diga que eu conheço alguns remédios. Talvez ele possa me ajudar mais tarde."
Dada a sua situação atual, ele tinha que ser minucioso. Depois de menos de meia hora com ela, ele já estava questionando sua identidade. Ela teria que andar com cuidado vivendo na Villa Flynn a partir de agora.
"Entendi. Além disso, há um projeto na empresa no qual você pode querer investir. Enviei para seu e-mail. Dê uma olhada quando puder."
"Vocês cuidem disso. Talvez eu não esteja muito online ultimamente."
"Entendido, desligando."
Reese deletou o registro de chamadas e saiu do escritório.
Depois do jantar, ela levou o remédio preparado para o quarto de Malcolm. Um cheiro desagradável atingiu o nariz de Malcolm, e ele não pôde deixar de franzir a testa.
"O que é isso? Está fedendo."
"É o remédio que fiz para você. Beba mais tarde, e eu vou te dar alguns tratamentos de acupuntura. Vamos ver como você se sente em alguns dias."
Malcolm não esperava que Reese fosse tão atenciosa com suas necessidades. Por hábito, ele perguntou instintivamente, "Por que você está fazendo tudo isso por mim?"
Reese não se abalou. Colocou o remédio na mesa de cabeceira dele e respondeu suavemente, "Você é meu marido agora. Se sua perna melhorar, eu não vou precisar cuidar de você todos os dias. Vai facilitar minha vida."
"Facilitar sua vida, é?" Os lábios de Malcolm se curvaram em um leve sorriso. Seus olhos se estreitaram. "Estou paralisado da cintura para baixo. O que quer que você esteja procurando, eu não posso te dar."
"Eu não me importo com sexo," ela soltou sem pensar.
A expressão de Malcolm escureceu. Ela não se importava ou achava que ele era incapaz?
"Você só precisa cooperar comigo," disse Reese, agachando-se. Ela pegou as agulhas de prata, desinfetou-as e as arrumou cuidadosamente, tudo em um movimento suave.
Nesse momento, alguém entrou abruptamente.
"Malcolm..."
A intrusa era a segunda irmã de Malcolm, Everly Flynn. Reese ficou um pouco exasperada. Quantas irmãs Malcolm tinha?
O rosto de Everly ficou pálido quando viu as agulhas na mão de Reese. Ela correu para frente e empurrou Reese.
"Você é uma mulher maldosa, está tentando matar o Malcolm assim que chegou aqui?"
Reese foi pega de surpresa e caiu no chão. Everly então viu o rosto de Reese e cobriu a boca como se tivesse visto um fantasma.
"Meu Deus, o vovô deve estar louco. Mesmo que Malcolm esteja paralisado, ele não precisa se contentar com isso."
Everly se aproximou de Reese e, com desdém, puxou suas roupas com a ponta dos dedos.
"O que você está vestindo? Viajou no tempo de alguma outra era?"
Até os aventais das empregadas pareciam melhores do que suas roupas.
Reese ajustou os óculos, seus olhos brilhantes um tanto intimidadores.
Everly sentiu um pouco de medo ao encontrar o olhar de Reese.
"Você... que tipo de olhar é esse? Estou te avisando, eu sou a Srta. Flynn desta casa. É melhor você mostrar algum respeito."