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Capítulo 4

Quando a limusine parou, eu saí sem muita demora. As portas do cassino se abriram e vários olhares se encontraram com os meus. Alguns assustados, outros surpresos. Com passos largos, me dirigi ao elevador. Queria chegar ao meu escritório o mais rápido possível e vi funcionários e clientes saírem do meu caminho.

Sentei na minha poltrona, tirei um charuto do meu terno, acendi e dei uma tragada. Ouvi uma batida na porta e ordenei:

"Entre."

Olhei com raiva para os dois idiotas que se aproximavam da minha mesa. Eles estavam assustados e intimidados pela minha presença. Meros insetos, eu poderia facilmente destruí-los. Controlei minha raiva, decidindo brincar com eles.

"Um viciado de merda hackeou o sistema do cassino, vocês estão cientes disso?"

Eles me olharam, confusos. Os desgraçados não sabiam e isso só aumentou minha raiva. Coloquei minha arma na mesa e eles olharam assustados para o objeto. Com uma voz trêmula, um deles disse:

— Não recebemos nenhum aviso no nosso servidor.

— Hmm! Interessante...

"Mas vamos resolver isso o mais rápido possível."

"Vocês têm dez minutos, após o tempo estipulado, se não me trouxerem nenhuma informação, deem adeus a este mundo."

— Sim senhor.

Quando saíram do meu escritório, levantei da cadeira, fui até o bar e me servi de um copo de uísque. Sempre gostei de assustar todo mundo. Não tolerava erros nos meus negócios, muito menos daqueles que trabalhavam diretamente para mim. Bebi de um gole só e coloquei o copo no balcão. Voltei para a poltrona, afinal, o que me restava era esperar.

Observei as câmeras de segurança, vendo as pessoas jogarem. Gosto desse negócio, me rendeu muito dinheiro. Claro, não se compara ao dinheiro que ganho com a Bratva, mas quanto mais, melhor. Dentro do tempo estipulado, os imbecis reapareceram com um papel na mão. Peguei o histórico do homem, Roberto Smith, um empresário e atualmente desempregado, o único bem que possuía era sua casa modesta e eu sorri, sem humor. A casinha não pagaria nem metade do que ele me devia.

Procurei o endereço, anotei e enviei para um dos meus motoristas. Ordenei que alguns soldados se preparassem para uma viagem a Beverly Hills e, sem perder mais tempo, saí do cassino, querendo resolver essa merda o mais rápido possível.

O veículo estacionou em frente à casa do infeliz. Saí do carro e avaliei. Com passos largos, caminhei até a entrada e forcei a maçaneta frágil que quebrou mais fácil do que eu esperava. Invadimos a casa e vi o desgraçado sentado em uma poltrona mais velha que ele, comendo comida enlatada. Ele se assustou ao nos ver e se levantou da cadeira.

— Quem são vocês? — perguntou, assustado.

"Entregadores de pizza."

Avancei em direção ao homem e agarrei seu pescoço. Encostei seu corpo na parede e o levantei do chão. Assustado e sem fôlego, ele agarrou minha mão. Incapaz de respirar, ele lutou, e eu vi o desespero em seus olhos.

"Tentou hackear o servidor do cassino para limpar sua dívida? Já vi hackers melhores."

— O que quer dizer? Eu não fiz nada — ele engasgou.

"Não se faça de idiota, verme. Você acha que pode aproveitar meu cassino sem pagar? Ou paga em dinheiro ou com a vida."

"Eu pretendo pagar, eu vou pagar!"

— Você é um fracasso, não tem nem onde cair morto.

— Eu tenho uma filha, ela trabalha, pode pagar minha dívida.

— Vai jogar sua dívida nas costas da sua filha?

— Ela paga... — Roberto estava perdendo a consciência e eu o soltei, deixando-o cair no chão. Encarei os soldados e ordenei:

— Revistem a casa, podem pegar qualquer coisa de valor.

Subi os degraus procurando vestígios de mais alguém na casa. Não queria que houvesse testemunhas quando eu o matasse. Caminhei até o último quarto no final do corredor, abri a porta e vi um quarto feminino. Entrei e me aproximei da cômoda. Havia uma trilha de fotos, possivelmente da garota. Peguei uma fotografia nas mãos. A aparência da garota, com seus belos olhos azuis e cabelos ruivos, trouxe de volta algo que eu sempre lutava para esquecer. Observei aquele rosto com cuidado. Tinha um rubor juvenil e inocente, e eu gostava de tal beleza natural. Saí do quarto com a fotografia na mão e voltei para a sala.

— Esta é sua filha? — perguntei, mostrando a foto.

— Sim — ele confirmou.

— Quantos anos ela tem?

— 25 anos.

— Onde ela trabalha?

— Em um hospital em Los Angeles.

— Então ela é médica?

— Sim. Eu sei que ela vai pagar a dívida.

— Tem certeza? O valor é muito alto.

— Eu sei que ela vai.

— Sua filha é muito bonita.

— Ela herdou a beleza da mãe, minha falecida esposa.

— Estou pensando em maneiras de aproveitar essa dívida.

— Faça o que quiser, não me importo.

— Você não se importa com sua filha, Smith?

— Nem um pouco.

Cansado das suas palavras, agarrei sua camisa e o levantei do chão.

— Escute, a partir de hoje você vai fazer tudo o que eu mandar. Investigue mais sobre sua filha, quero saber os passos dela.

— O que você quer saber sobre isso?

— Não te interessa! Apenas faça o que eu digo.

Soltei o verme e dei um soco em seu rosto. Ele cambaleou e caiu no chão, o golpe machucou seu rosto. Fiz sinais com a mão e os soldados instalaram mini câmeras ao redor da sala. Não queria que a garota percebesse nada. Deixamos o desgraçado na casa e saímos.

Na limusine, liguei o equipamento de monitoramento e, usando o iPad, observei o desgraçado que, nervoso, derrubava os móveis da casa. Sorri, ele estava nervoso e isso era ótimo. Sempre gostei de desestabilizar meus oponentes. A garota se tornaria uma prostituta por causa do pai. Ela era bonita e eu aproveitaria isso até decidir seu destino final.

No hotel, tomei um banho e jantei. Deitado na cama, acessei as câmeras e vi a ruivinha limpando e arrumando a bagunça que seu pai havia feito. Ela estava exausta, provavelmente do trabalho do dia. Depois de terminar a limpeza, foi para a cozinha e vi o desgraçado sentado à mesa, com a mão no rosto. Ao servi-lo, ela se assustou e tentou ajudar, mas ele começou uma discussão e bateu em seu rosto. Fiquei surpreso quando a vi jogar a comida nele.

Ela foi para o quarto e, minutos depois, a vi sair da casa, carregando malas. Ela estava deixando a casa e talvez isso fosse uma vantagem para mim. Eu tinha planos para ela e eles seriam deliciosos para mim.

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