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6| DIGA ISSO, AMOR

FREMA:

"Acorda, seu preguiçoso de merda."

Virei para o outro lado, protegendo meus ouvidos da voz irritante de Riley enquanto ela gradualmente se afastava.

"Me deixa em paz, Riley." Eu murmurei baixinho, esperando um balde de água fria no meu corpo a qualquer momento. Quando não senti nada depois de alguns minutos, abri os olhos lentamente e olhei ao redor.

Então me dei conta.

Sequestrada.

Olhos verdes como o rio.

Bíceps fortes.

Cara de poker.

Aparência de deus grego.

Eron Castile.

"Ugh. PQP no nível mais alto." Murmurei para mim mesma e a necessidade urgente e ameaçadora de vida pelo meu café matinal habitual me atingiu, fazendo minha cabeça girar.

"Eu. Preciso. De. Café." Disse sonolenta e arrastei meus pés até a porta, destrancando-a e começando minha busca por café. E comida.

Chegando à cozinha, abri a geladeira e tirei uma caixa de leite, engolindo o conteúdo de uma vez só.

"Ainda não é café..." Murmurei para mim mesma novamente e então comecei a fazer meu café. Engoli tudo de uma vez também e assim que fiz isso, meus olhos se abriram e finalmente me lembrei da noite passada.

Caramba. E se ele estiver vindo me pegar? Deus sabe que eu estava só brincando, ele com certeza sabe como dar uma surra. Mordi meu lábio com a confissão e congelei ao ouvir uma voz atrás de mim.

"Quem diabos é você?" Uma voz feminina soou. Virei-me, e uau, a garota parada do outro lado era simplesmente a modelo perfeita. Seu cabelo era preto como ébano, caindo sobre sua pele bronzeada incrível, sem esquecer seu rosto, esculpido à perfeição e colocando meu rosto sardento no chinelo.

"Você está surda agora?" Ela perguntou novamente e meus olhos se arregalaram enquanto eu tropeçava nas palavras.

"Eu- Uhm, Eron, ele--" Comecei a dizer quando ela me interrompeu.

"Que diabos, quem disse que você podia chamá-lo assim?" Ela perguntou, me lançando um olhar fulminante.

Eu não conseguia fazer isso. Eu nunca conseguia enfrentar ninguém porque Arsen sempre me ajudava a fazer isso. Ele sempre me defendia, mas onde estava Arsen agora?

"Eu-- esse é o nome dele?" Murmurei estupidamente e ela revirou os olhos.

"Bem, meu nome é Kayla e seu querido Eron ainda me chama de querida, então nomes não funcionam muito por aqui, rostinho bonito. Quero dizer, pelo que sabemos, ele pode não se lembrar de você na próxima semana. Somos todos casos passageiros." Ela disse com naturalidade e saiu andando.

Somos todos casos passageiros.

**

Saindo do banho, me perguntei quando Eron voltaria do trabalho, como todos aqui me disseram. Dei de ombros, franzindo a testa enquanto vestia um suéter bege folgado e um short, que parava logo abaixo da minha bunda. Eu não usava sutiã, porque eu era assim. Além disso, essas coisas eram desconfortáveis pra caramba. Fiquei surpresa no início quando descobri que havia um armário cheio de roupas femininas, mas depois deixei pra lá porque estava cansada de tentar entender o homem.

Decidindo me manter ocupada com alguns romances que encontrei no quarto, escolhi "Ódio Mútuo de Fay .B. Peters."

Logo, a porta rangeu um pouco e eu me levantei da cama.

"Quem está aí?" Perguntei em um sussurro baixo. A porta se abriu completamente agora, revelando o homem de olhos azuis do restaurante no primeiro dia em que conheci Eron.

"O-o que você está fazendo aqui?" Perguntei e ele coçou a nuca, o que eu tenho que admitir, era fofo.

"Nem eu sei. Acho que só vim dizer oi para a nova musa do meu chefe." Ele disse e eu estreitei os olhos.

"Ele é seu chefe também? Achei que vocês fossem amigos ou algo assim?" Perguntei e sentei de volta na cama. Ele sorriu levemente e fechou a porta, caminhando devagar para dentro.

"Somos. Na verdade, sou a coisa mais próxima que ele tem de um melhor amigo. Não que ele tenha muitos outros amigos fora. Eron... Ele é um homem complicado, e não leva nada ou ninguém mais a sério do que seus negócios." Ele disse e eu me vi ficando mais interessada.

"Seus negócios?" Perguntei e ele riu, me irritando novamente.

"Desculpe, docinho, é que essa informação não pode ser divulgada... Ainda." Ele disse e eu revirei os olhos.

"Vocês são ilegais, né?" Perguntei e ele não fez nenhum movimento para responder, me irritando mais.

"Desculpe," ele finalmente disse e sentou na beira da cama. "Sou Liam, a propósito." Ele disse e eu sorri.

"Eu sei seu nome, você mencionou no restaurante." Respondi. Ele assentiu, me olhando de cima a baixo.

"Eron deve ter visto também. Você é tão pura quanto o ar fresco, mas também tão selvagem quanto uma flor crescendo sozinha." Ele disse, rindo.

Eu corei levemente. "Ah."

"Eu tenho que ir agora, Frema... É isso?" Ele disse e eu assenti. "Nos vemos por aí." Ele disse e eu respondi genuinamente,

"Espero que sim." Ele me deu um largo sorriso enquanto saía do quarto, revelando um deus grego de tirar o fôlego sem sorrir ao sair.

Esse é o Eron, a propósito.

"Espero que tenha gostado da conversa," ele disse baixinho e eu quase me mijei nas calças com a maneira bruta que ele falou.

"Eu--" Comecei, mas ele me interrompeu,

"Venha aqui." Ele disse, seu olhar ardente nunca deixando meu rosto avermelhado.

Engoli em seco e senti minhas pernas tremerem a cada passo que dava em sua direção. Seu braço forte envolveu minha cintura assim que me aproximei, meus seios sensíveis pressionados contra seu peito duro.

"Escolha, Princesa. Você prefere ficar de quatro e me deixar mostrar como um garoto de três anos bate... Ou vai ser uma boa menina e se ajoelhar?" Ele perguntou contra meu lóbulo e minha respiração falhou com seu pedido. Mas me senti orgulhosa por ter ferido seu ego na noite passada, mesmo percebendo que nunca tinha feito isso antes.

"Devo escolher em vez disso?" Sua voz veio novamente, áspera e impaciente. Eu ofeguei quando sua mão apertou minha bunda, me fazendo responder rapidamente.

"Eu vou fazer." Eu disse, minhas bochechas agora de um vermelho profundo enquanto um sorriso brincava em seu rosto bonito.

"Fazer o quê?" Ele perguntou, me provocando. Eu nunca tinha dito isso em voz alta também. Ele inclinou meu queixo gentilmente, seus olhos intensos tirando cada grama de dignidade instantaneamente.

"Eu vou... Eu vou chupar seu--" As palavras ficaram presas na minha garganta. Ele riu profundamente.

"--pau. Diga, amor." Ele provocou.

"Pau?" Murmurei baixinho e ele rosnou baixo, colando seus lábios nos meus, me deixando completamente sem sentido já.

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