




Capítulo 4 - Velhos amigos
Ponto de Vista de Joel
Fazer amor com Teegan foi melhor do que eu poderia ter imaginado. Eu não queria que nossa primeira vez fosse apressada e ao ar livre, mas ela não aceitou de outro jeito. Acabamos indo três rodadas antes de decidirmos ir embora. No começo, ela estava tão resistente a essa história de companheira. Eu não achava que ela ia me aceitar tão rápido, mas fico muito feliz que tenha aceitado. Mal posso esperar para levá-la ao palácio.
Estamos indo para o apartamento dela agora. Decidimos passar a noite lá e ir para o palácio pela manhã. Teegan não está dizendo nada, e eu consigo sentir o quanto ela está tensa pelo jeito que aperta minha mão sem parar.
— O que foi? Você não tá com arrependimento, né? — Ela se vira pra mim e olha para nossas mãos entrelaçadas.
— Nenhum arrependimento sobre o que acabamos de fazer ou sobre te aceitar. Só tô hesitante com essa coisa toda de princesa. Não sou muito o tipo de princesa. Sou mais do tipo que trabalha até cair exausta. Não sei como falar com a realeza, nem entendo de títulos ou nada disso. — Tento não rir. Teegan tá pensando mais na família real da Inglaterra. Os reis licantropos são diferentes.
— Não é tão ruim quanto você pensa. Meus pais não vão querer que você os chame pelos títulos. Eles são muito pé no chão. O palácio é enorme, mas minha mãe sempre faz questão de deixá-lo acolhedor e convidativo, então parece mais uma casa do que uma instituição. Eles vão te adorar. Não se surpreenda se minha mãe tentar te adotar e minhas irmãs quiserem te dar um banho de loja. — O rosto de Teegan congela por um momento, e então ela começa a rir.
— Isso até que parece meio maravilhoso. Não tenho irmãos, e faz muito tempo que não me sinto parte de uma família. Meus pais adotivos basicamente não quiseram mais saber de mim depois que se divorciaram. — Como alguém pode tratar esse tesouro lindo como se não fosse desejado? Também fico me perguntando o que aconteceu com os pais biológicos dela. Lobisomens abandonarem seus filhotes é raro.
— Tenho uma coisa que quero perguntar. Tudo bem se você disser que não e mandar eu cuidar da minha vida. — Ela se vira pra mim e sorri.
— Vira aqui, meu apartamento fica no final da rua, à direita. O que você queria perguntar? — Tá bom, lá vai.
— Você se importaria se eu tentasse descobrir o que aconteceu com seus pais biológicos? — Ela parece chocada, e então sorri enquanto eu paro o carro na frente do prédio dela.
— Você faria isso? Acha que consegue encontrar alguma coisa? — Relaxo e me inclino para beijá-la.
— Quero tentar. Não é comum lobisomens abandonarem seus filhotes. Normalmente, alguém da alcateia os acolhe se os pais não podem cuidar. Se conseguirmos encontrá-los, talvez possamos ter algumas respostas pra você. — Teegan joga os braços ao meu redor e beija minha bochecha.
— Obrigada. Nunca pensei em tentar procurá-los. Nem saberia por onde começar. — Vou fazer isso por ela. Ela merece saber a verdade.
— Minha equipe de investigadores é a melhor. Agora, que tal subirmos e começarmos a arrumar suas coisas? De agora em diante, você não precisa mais trabalhar em dois empregos. Vai ser minha parceira, vamos lidar com os problemas dos lobisomens juntos. Se você quiser, claro. Nunca vou te dizer o que pode ou não fazer. — Teegan ri e passa a mão no meu rosto.
— Isso me parece ótimo. Eu era resistente a tudo relacionado a lobisomens, mas você mudou minha cabeça rapidinho. Não acho mais que ser diferente é algo ruim. Parte de mim só tinha medo. Pensei que, já que meus pais biológicos e adotivos não me quiseram, meu companheiro provavelmente também não ia querer. Achava que não era boa o suficiente pra ninguém. — Ela baixa o olhar, mas eu levanto o rosto dela para poder olhar nos seus olhos azuis cristalinos.
— Querida, você é boa demais pra todo mundo. Vou passar minha vida inteira tentando me tornar digno de estar ao seu lado. — Ela ri e me beija.
— Você sabe mesmo como me fazer sentir melhor. Vamos lá, Alteza, vamos arrumar minhas coisas. — Alteza, gostei do som disso. Será que consigo fazer ela me chamar assim enquanto estamos transando? Ela sai do carro e fica na calçada me esperando, enquanto eu ainda tô meio perdido nos meus pensamentos.
“Você é um homem de trinta anos. Para de se distrair com seu pau.” Romeo diz na minha cabeça. Ele que fala. Tá praticamente montando nela na minha mente, e nem conheceu a Mia ainda.
Eu saio do carro e pego a mão de Teegan enquanto caminhamos até o apartamento dela no segundo andar. É um lugar aconchegante e agradável. O cheiro dela é dominante aqui, e isso provoca uma reação imediata no meu corpo. Me sinto como o Dr. Seuss. Será que posso pegá-la no sofá? Será que posso levá-la pra cama? Será que ela me deixaria pegá-la sobre a cadeira? Será que posso devorá-la, Sam eu sou?
— No que você tá pensando? — Não tem a menor chance de eu contar pra ela que estava imaginando uma versão safada de "Ovos Verdes com Presunto". Os olhos dela estão semicerrados, e eu percebo que ela tá olhando pra minha ereção evidente. Deveriam existir calças que escondessem isso melhor. Mas, quando ela começa a lamber os lábios, acho que talvez as calças já estejam escondendo demais.
— Tava pensando que a gente precisa fazer as malas — digo com um tom casual. Teegan tira os sapatos e vem na minha direção. Sem os saltos, ela mal chega no meu ombro. Mantendo os olhos fixos nos meus, ela abre o zíper da minha calça.
— Não acredito que era nisso que você tava pensando. A menos que você tenha um fetiche por fazer malas. — Meus joelhos quase cedem quando a mão dela desliza pra dentro da minha cueca e me envolve. Ela olha pra mim e sorri enquanto passa o polegar na ponta.
— Acho que a gente precisa resolver isso antes de fazer as malas. — Eu a levanto nos meus braços e a levo pro sofá. Talvez eu consiga pegá-la no sofá, na cama e sobre a cadeira. Com certeza vou tentar.
Eu me sento no sofá e coloco Teegan de pé na minha frente. Passando a mão por baixo da saia dela, tiro a calcinha e empurro a saia pra cima. Ela sobe no meu colo e me monta, deslizando sobre mim com facilidade. A sensação de estar dentro dela é quase suficiente pra me fazer gozar, e ela nem começou a se mexer ainda.
Ela sorri enquanto começa a cavalgar. Talvez, em algum momento, a gente consiga chegar ao quarto. Embora, sentir ela subindo e descendo em mim seja bom pra caramba. Tiro a blusa e o sutiã dela pra ter acesso aos seios maravilhosos. Quando coloco um mamilo na boca e chupo, Teegan começa a cavalgar mais rápido. Alguns minutos depois, gozamos juntos, mas eu ainda não terminei com ela. Me levanto, peço pra ela envolver as pernas ao meu redor e a carrego pro quarto. Tá na hora de usar essa cama.
Algumas horas depois, finalmente estamos arrumando as coisas dela. Teegan trocou de roupa e tá usando um short de pijama e uma camiseta justa. Eu tô só de cueca e camiseta, então não dá pra evitar querer ficar atrás dela toda vez que ela se abaixa. Preciso mesmo tirar esses pensamentos da cabeça. Se fôssemos humanos, acho que nenhum de nós conseguiria andar direito agora, mas, por sorte, somos lobisomens.
Pedimos pizza pro jantar depois de terminarmos de arrumar tudo. Conto pra ela como era a vida no palácio quando eu era criança, e vejo um pouco da tensão dela desaparecer. Minha família vai adorar ela de verdade. Eles não gostam de pessoas esnobes e metidas que aparecem por lá. Gostam de gente de verdade, que teve uma vida de verdade. Ainda não contei pra eles que encontrei minha companheira. Planejo fazer uma surpresa quando chegarmos amanhã de manhã.
— Vou tomar um banho. Que horas a gente vai sair amanhã? — Teegan pergunta enquanto joga a caixa de pizza no lixo e limpa a mesa. Tudo o que consigo pensar é nela no chuveiro. É pequeno, mas acho que dá pra gente se virar.
— Se sairmos cedo, podemos chegar lá pro café da manhã, mas não me importo com o horário. — Pego a mão dela e entro no banheiro. Ela me olha confusa enquanto ligo a água.
— O que você tá fazendo? — Tiro minha roupa rapidamente e depois a dela.
— Você disse que queria tomar banho. Achei que a gente podia economizar tempo e tomar banho juntos. — Teegan dá uma risadinha antes de entrar no chuveiro. Nosso banho não economizou tempo, mas nos deixou muito felizes. Quando finalmente caímos na cama de puro cansaço, estamos os dois sorrindo.
Na manhã seguinte, acordamos antes do amanhecer. Colocamos as coisas de Teegan no porta-malas do meu carro. Ela não tem muita coisa, então cabe direitinho. Ela disse que vai deixar os móveis e os utensílios de cozinha pro próximo inquilino. O proprietário ficou triste de vê-la partir, mas feliz por ela deixar o apartamento mobiliado. Quando saímos, quase não havia carros na estrada.
Três horas depois, chegamos ao palácio. Os guardas devem ter avisado minha família que cheguei com uma convidada, porque todos estão do lado de fora, nos olhando ansiosos. No entanto, o que acontece em seguida me deixa atordoado.
— Teegan, é você? — Olho pra minha irmã, Kiana, em choque.
— Kiana? Meu Deus, nunca pensei que ia te ver de novo! — As duas gritam e correm uma pra outra enquanto o resto de nós as observa, confusos. Como minha irmã e minha companheira se conhecem?