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Capítulo 3

Droga! Amaya parou.

Ela tinha a sensação de que sua cobertura estava prestes a ser exposta se não agisse rapidamente. E o casamento seria arruinado porque nenhum cara se casaria com alguém que o espionasse!

"Eu o conheci quando chegamos," disse ela, aliviada por ter conseguido inventar uma defesa tão rapidamente. "Achei que você queria que a gente se divertisse com ele mais tarde, mas ele parece bastante bêbado."

"Ele está nervoso por se casar amanhã," resmungou Chase, "e não precisa ser levado ao limite com um número como o que você tinha preparado naquela mesa de centro."

"Meu Deus!" Amaya explicou. "Desculpa." Ela pode ter soado honesta e resolvido a questão, mas o diabinho dentro dela a levou a continuar, "Eu simplesmente não faço ideia do que aconteceu ali. Me perdi por um segundo. Eles meio que — pularam para fora, sabe. Quero dizer, minha confiança! Uma vontade própria, se é que você me entende."

Quando Chase se virou, o barman deu uma risadinha. Vários dos homens na sala sorriram. Chase agarrou o braço dela.

"Ei! O que—aaah! Você pode olhar, mas não pode tocar," rosnou Amaya. Ele deu um passo para trás. "Eu contratei todos vocês com a condição de que essa festa permanecesse..."

"Empolgante, mas moderada?" Amaya falou por ele, o diabinho a empurrando.

Como esse idiota pode estragar uma das noites mais divertidas dela? Ele estava transformando algo ousado e emocionante em algo horrível e chato.

Chase parou e respirou fundo.

"Chato?" ela respondeu enquanto tomava um gole de vinho. "Você tem uma atitude e tanto," ele notou.

"Bem, você intimida todo mundo assim, ou é só comigo?" Amaya se perguntou o que estava dizendo com seus lábios vermelhos brilhantes. Mas havia algo nele que parecia fazê-la querer provocá-lo. Um pouco demais ou de menos. Mas ela estava se divertindo.

"Neste momento," ele acrescentou calmamente, "parece ser só você."

"Interessante," ela pensou enquanto tomava outro gole de sua bebida.

"Ei, ei," Chase respondeu enquanto tirava o copo rígido de sua mão. "Vai com calma no álcool, mulher."

Ela explodiu em risadas. "Estraga-prazeres. Não tem álcool nessa bebida."

"Ah, na verdade tem," o barman se desculpou. "Eu adicionei um pouco de, hum, vodka."

"Incrível," ela respondeu, com o olhar fixo nele. "Tinha o mesmo gosto de um ponche que tomei na faculdade," ela disse, encarando o barman. "Qual de vocês adicionou o álcool? Eu poderia dar um pouco—" Chase gemeu, agarrou o braço dela e a jogou sobre o ombro.

"Ei! Me coloca no chão!"

Alguns minutos depois, após mais uma rodada de risadas da multidão, Chase voltou para o seu quarto e colocou a mulher no sofá de couro.

"Talvez você possa dormir enquanto as outras três garotas fazem a festa."

Ela colocou a mão na testa. "Estou me sentindo um pouco tonta, como se a terra estivesse girando ao contrário, sabe?"

"Você ficou bêbada enquanto dançava?"

"Não," ela disse enfaticamente. "Não é da sua conta."

"Mas é, sim. Eu planejei essa festa."

Ops. A última coisa que ela queria era colocar Helena, Pamela e Nancy em apuros. "Desculpa," ela murmurou, tentando transmitir o nível adequado de arrependimento em seu tom.

"De alguma forma, eu não acredito nisso."

"Ah, qual é, como eu vou me desculpar se tudo o que você faz é fazer parecer que tudo o que eu digo é mentira?"

Ele zombou, "Você está fazendo um trabalho fantástico sozinha."

Ela o encarou, depois tirou a máscara e a colocou na mesa de centro. Fechou os olhos e sentou-se no sofá de couro marrom. "Vou fingir que você não está aqui," disse calmamente.

"É um sentimento mútuo. Bom para você calar a boca!"

"Idiota!"

"Eu ouvi isso!" Chase franziu a testa.

"Ha! Eu quis que você ouvisse."

Ele revirou os olhos quando o telefone tocou cerca de três minutos depois que ela se sentou no sofá.

Amaya sorriu.

Ele atendeu, e ela ouviu o lado breve e rude da conversa antes que ele a deixasse. Isso a confortou saber que ele não estava agindo assim só com ela. Ele parecia ser chato e mandão com todo mundo, até com o cara com quem estava falando ao telefone.

Ele saiu da sala, o telefone ainda tocando. Amaya olhou para o receptor. Levantou-se e foi até a grande mesa, pegando-o de repente.

"Justin? Seu nome é Justin, né? O Sr. Mandão já saiu," ela perguntou.

"Sim! Ei, quem é?" respondeu uma voz masculina intrigante.

Ela decidiu ir direto ao ponto. "Ele é sempre tão horrível assim?"

"Chase? Horrível? Não, ele geralmente é bem pior."

Ela explodiu em risadas. "Então ele está negando se divertir de novo, né?"

"Isso é algo que você poderia dizer." Ela decidiu jogar a cautela ao vento. Impulsivamente, descreveu o que havia acontecido mais cedo.

"Você está dizendo que dançou sem blusa e Chase reclamou? UAU!"

"Oh sim. Ele é um homem das cavernas. Não posso negar." "Ele tem trabalhado demais; quantos anos você tem, afinal?"

"Dezessete, hehe!"

"Isso é engraçado; sério, quantos anos você tem?"

"Vinte e cinco."

"Sério?" Amaya revirou os olhos. "Tenho vinte e um, bobo."

"Uau, ok," Justin suspirou. "Ele está perdendo a cabeça. Pobre Chase."

Amaya sorriu. "Então, como posso fazer ele se soltar e se divertir?" ela se perguntou, maravilhada com como o vinho fazia suas ideias praticamente voarem de sua língua.

"Hmm, nada mal. Deixe-me ver, hum, eu tenho o plano perfeito," Justin respondeu após um pequeno silêncio.

"O quê?"

"Chase não pode dizer não a um desafio; deve ser algo hereditário, porque o avô dele é igual; basta desafiá-lo a fazer algo, e ele será um cordeirinho nas suas mãos."

"Hmmm," ela murmurou suavemente. "Isso soa intrigante."

"Apenas certifique-se de que você realmente quer que ele faça o que você o desafiar a fazer, porque uma vez que ele começar, não vai parar."

"Ha! Entendi." "Você tem um nome, querida?" Ela soluçou mais uma vez. "Hum, ah... Margarida." Justin explodiu em risadas. "Vou te desejar sorte, Margarida, e é melhor desligarmos antes que Chase perceba que estou revelando seus segredos."

"Ok, Justin."

"O prazer é meu, mas acredito que será de Chase."

Ela riu, largou o telefone e cambaleou de volta para o sofá, onde se deitou e fechou os olhos. Ela fingiria dormir, depois recolheria seus pensamentos, organizaria suas tropas e decidiria o que fazer a seguir.

Ela estava profundamente adormecida quando Chase voltou para a sala.

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