




Capítulo 2
ROSELYN
Ela estava deitada de bruços na cama queen size. Ela balançava as pernas para cima e para baixo em um arco perfeito. Seu queixo estava apoiado nas palmas das mãos. Ela se levantou sobre o cotovelo e se apoiou nele. Estava lendo um livro online para esquecer o grande erro que cometeu na noite passada. A verdade é que ela não lembrava de nada porque foi a primeira vez que bebeu - álcool. Isha e Ana, sua irmã e melhor amiga, tinham trancado o armário. Elas não a deixavam usar o banheiro até que contasse toda a história da noite passada. Ela só lembrava do rosto bonito dele. Mordeu brutalmente o lábio interno e sentiu o gosto do próprio sangue. Suspirou e começou a ler depois de se repreender.
"Estou feliz com você, talvez você não esteja feliz comigo. É por isso que está partindo meu coração. - Disse a garota ao namorado com lágrimas nos olhos."
Uma notificação apareceu na tela: "Onde você está? Estou te procurando pela casa inteira, garota. Quando vai contar todos os detalhes da sua noite passada? - Isha"
Ela era sua irmã adotiva. Tinha doze anos quando Isha foi ao orfanato da cidade de Goa na véspera de Natal para caridade. Ela viu Roselyn lá e pediu ao pai que a desse de presente de Natal. Seu pai, Sr. Mario Pinto, a adotou para realizar o desejo da filha, como se Roselyn fosse algum tipo de objeto em uma vitrine. Isha ainda a tratava como um presente. Tentava mandar nela. Na verdade, conseguia. Ela era impotente para fazer qualquer coisa, exceto ser sua linda boneca.
"Estou na casa da Ana. Esperando por ela." Respondeu na caixa de mensagens e disse em voz alta, irritada. A noite passada tinha arruinado sua vida. Ela não gostava de ser interrompida enquanto lia seus livros. Continuou lendo. Isso distraía sua mente do desastre da noite anterior.
"Eu te amo. Por que está dizendo isso? - Perguntou o garoto com uma expressão de coração partido no rosto."
"Porque você ama minha beleza exterior, não a interior. - Respondeu a garota com lágrimas."
A mensagem de Isha apareceu novamente. "Ela não te adotou. Por que está esperando por ela?" Foi uma mensagem provocativa dela. Ela desejava que a família de Ana a tivesse adotado. Não podia mandá-la sair dali, pois os Pinto e os Fernandes eram sócios da empresa de construção P & F, vizinhos e amigos. O Sr. Victor Fernandes possuía sessenta por cento da empresa. Ela clicou em cancelar com irritação. Virando-se de costas, jogou a cabeça no travesseiro. Lágrimas silenciosas escorreram de seus olhos.
"Por que você não me fez uma boneca, querido Deus?" Disse com a voz quebrada.
"Oi, Rose?" Uma voz suave surgiu, fazendo-a sorrir. Era sua melhor amiga, Ana Fernandes. Ela era mais alta que ela, com cabelo curto e olhos castanhos. A amava como uma irmã de verdade, não como uma boneca em uma vitrine. Sempre que saíam para fazer compras juntas, os pais de Ana pediam que as duas meninas comprassem igualmente, como se Roselyn fosse filha deles. Ela desejava que fossem sua família de verdade.
Ela não desviou os olhos para ver Ana, pois estavam molhados de lágrimas.
"O que você está fazendo? Pensando na sua... linda noite passada." Perguntou, de forma provocativa.
"A noite passada arruinou minha vida. Perdi minha virgindade com um estranho. Não lembro de nada." Ela enxugou os olhos.
"Isha não deveria ter colocado algo na sua bebida. Por que você acha isso? Não transforme isso em negatividade." Ana esfregou as mãos nas costas dela. "Você está chorando?" Perguntou suavemente.
"Hum, não, lendo." Respondeu sorrindo, fingindo.
"História de amor? Seu sorriso diz tudo." Ela podia ouvir a risada de Ana.
"O que você preferiria antes de se apaixonar, um coração ou um rosto bonito?" Perguntou para mudar de assunto. Mas não conseguia parar de pensar no rosto e no corpo musculoso dele.
"O bolso dele, depois o rosto, não sei sobre essa coisa de coração," respondeu.
Quando olhou para ela, Isha também estava lá. Ela estava aplicando a nova base na pele clara. Tinha um metro e sessenta e cinco de altura. Seu cabelo era castanho e curto. Havia lentes verdes em seus olhos negros. Isha e Ana pareciam irmãs, com as mesmas características.
Eles trocaram olhares e riram calorosamente. De repente, a porta se abriu com força. Um grupo de cinco homens, todos na casa dos vinte anos, apareceu. Eles estavam usando ternos formais pretos. Apenas um deles chamou sua atenção. Ela prendeu a respiração, seu coração disparou, seu corpo tremeu. Ela agarrou o lençol com as mãos. Sentiu um aperto no peito, dor na barriga e tontura. A memória da noite passada estava diante dela na bela forma da realidade. Ele! Ele tirou sua virgindade. Ela podia sentir seu corpo em chamas ao vê-lo, lembrando de tudo.
A camisa branca dele abraçava seu corpo musculoso, não volumoso, mas imponente. Três botões da camisa estavam desabotoados, mostrando as tatuagens no peito e o corpo tonificado. Havia um leve sorriso adorável em seu rosto, fazendo-o parecer algum tipo de deus. Havia quatro pessoas atrás dele, apontando suas armas para elas. Seus olhos se arregalaram de medo. Ela estava apavorada com ele.
Será que ele estava ali por causa dela? O que ele faria com ela? Por que ele não esquecia a noite passada e a deixava esquecer também esse erro?
"Uau! Ele é tão bonito. É o mesmo cara da noite passada?" Ana sussurrou.
Ela queria gritar com todas as suas forças. - Ele era o mesmo cara. Ela não conseguia se mover de tanto medo.
O que ele quer? Ela pensou.
Droga!!! Ainda estou usando a camisa dele.
Os olhos dele nunca a deixaram. Ela engoliu em seco.
"Vocês são as filhas dos donos da P&F Shipping?" O segurança dele, de terno preto, mais alto e musculoso que ele, perguntou com uma voz grave.
"Somos." Ana sorriu.
"Pare! Eles são perigosos." Ela sussurrou. Mas Ana caminhou em direção a ele. A arma apontada dos homens cruéis dele a deteve.
"Eles estavam no clube." o homem dele disse lentamente.
"A camisa é a prova." O Sr. Dapper disse com um sorriso caloroso e falou pela primeira vez. Por que ele estava fingindo? Havia muita luz lá para se verem. Ela estava bêbada, mas ainda se lembrava dele quando acordou, 'felizmente pelo menos lembro do rosto dele.' ela pensou.
Ela engoliu a culpa ao olhar para ele.
"A voz dele também é como a de um deus." Ana disse.
O pai de Ana também está interessado em política. Talvez fosse normal para ela. Mas para ela, Ana estava parecendo uma idiota agora, falando nesse momento quando quatro armas estavam apontadas para elas. Mais do que as armas, ela estava com medo dele.
"Você gostaria de ler uma história de amor, Sr. Deus?" Isha disse em um tom de flerte, pegando o telefone e mandando um beijo no ar para ele. Ela podia sentir a ressaca da noite passada no tom de Isha.
Havia gotas de suor em sua testa, escorrendo e enviando arrepios pelo seu corpo.
Ele deve ter mais de um metro e oitenta!
"Vocês duas não conseguem ficar de boca fechada?" Ela sussurrou lentamente. Estava sentada imóvel no colchão, com medo de se mover na frente dele, vestindo a camisa dele.
"Você vem comigo," ele disse com uma voz autoritária.
Nossa vida realmente depende dele? Ele está aqui por causa da noite passada? Ela mordeu o lábio interno. Balançou a cabeça.
"Tik Tok tik tok, cinco segundos e eu atiro." O homem ao lado dele disse zombando. Sua arma estava apontada para elas.
"Eu vou," ela sussurrou instantaneamente, enquanto o medo a dominava.
O sorriso dele ficou maior em seus lábios rosados. Era um sorriso maligno. Suas intenções não pareciam decentes.
Ele caminhou em direção a ela e parou no tapete rosa vibrante perto da cama. Ele se abaixou. Ele tinha lindos olhos esmeralda.
Oh, meu Deus! Os olhos dele... são tão bonitos.
Ela não pôde ver os olhos dele quando saiu da casa dele porque estavam fechados enquanto ele dormia. Ele olhou nos olhos dela. Ela piscou. Ele a olhou de cima a baixo, envolta na camisa dele. Sua mão forte deslizou pela cintura dela. Ela prendeu a respiração. Seu peito subiu e desceu. O toque dele enviava arrepios pelo corpo dela. Ela sentiu o aperto dele ao redor da cintura ficando ligeiramente mais forte. Ela soltou um grito abafado. Embora não fosse tão apertado, ela estava com medo dele.
"Shh! Sem barulho. Não é a primeira vez que estou te tocando. A vida das suas amigas depende de você," ele sorriu enquanto a ameaçava.
Ela estava com medo dele. Ele a jogou sobre o ombro e saiu do quarto. Ela gritou novamente. Mas cobriu firmemente a boca com ambas as mãos, uma após a outra. Ele chegou ao estacionamento e a colocou de pé. Um carro Jaguar preto parou atrás dela. Seus homens abriram a porta. Ele apoiou a mão no topo da porta aberta.
"Sente-se," ele disse.
"N-não, de jeito nenhum," ela tremia.
Ele se moveu um pouco para o lado esquerdo, mostrando suas amigas. Elas ainda estavam assustadas com as armas dos homens dele apontadas para elas. Havia uma expressão horrível nos rostos das duas. Seus olhos se fixaram no chão. Todos os seguranças estavam no chão.
"Sente-se," ele disse com um sorriso perverso.
Menos de um segundo depois, ela obedeceu e entrou no carro dele. Ele entrou no assento ao lado dela. Ela se afastou dele. O medo a dominava. Lágrimas estavam prestes a cair de seus olhos. Ela lutava para conter o tremor causado pelo medo.