




Capítulo 1
Sofia Brown estava deitada na fria mesa de operação, olhando para a luz cirúrgica ofuscante.
O médico segurava um cateter longo e o inseriu em seu corpo.
"Injecte o esperma."
"Devagar."
"Muito bem, chegou ao útero e implantou-se suavemente."
Ao ouvir as palavras do médico, Sofia sentiu uma mistura de emoções em seu coração.
Aos dezoito anos, ela nunca imaginou que se tornaria uma mãe de aluguel no auge de sua juventude.
Seu pai estava preso, sua mãe à beira da morte, e ela precisava de dinheiro. Não tinha outra escolha.
Sofia foi empurrada para fora da sala de operação por uma enfermeira.
Logo depois, uma mulher de meia-idade, vestida profissionalmente, se aproximou dela.
"Senhorita Brown, a cirurgia foi bem-sucedida. Arranjamos os melhores médicos para o tratamento da sua mãe." Rachel Lee era a assistente da família empregadora. "De acordo com o contrato que assinamos antes, uma vez que você conceba com sucesso, deve se retirar da escola o mais rápido possível e se dedicar integralmente à gravidez até o parto seguro da criança."
Sofia assentiu com os olhos cheios de lágrimas.
Ela tocou subconscientemente sua barriga. Será que esse útero subdesenvolvido realmente iria nutrir o filho de um estranho?
E havia sua primeira vez.
Lágrimas escorriam silenciosamente pelo seu rosto, e a felicidade não fazia mais parte de sua vida.
Sofia pensou que após a última inseminação artificial, teria um parto bem-sucedido.
Mas não esperava que falhasse.
"Senhorita Brown, como a última cirurgia não foi bem-sucedida, aproveite este tempo para descansar seu corpo. Enviarei um carro para buscá-la em alguns dias." Rachel parecia séria.
Sofia ficou confusa, "Senhora Lee, eu preciso fazer outra cirurgia?"
"Não! Espere minhas instruções."
De fato, alguns dias depois, Rachel enviou um carro para buscar Sofia na porta da escola.
Sofia foi levada para uma mansão.
"Senhorita, o jovem mestre virá esta noite. Por favor, se limpe. Ele gosta de mulheres limpas e inocentes." Disse a empregada da mansão.
Sofia cerrou os punhos e assentiu levemente.
A coisa que ela mais temia finalmente estava acontecendo.
Como era uma barriga de aluguel, significava que, de qualquer forma, ela tinha que dar à luz o filho do empregador!
Depois de tomar banho, a empregada da mansão lhe deu um conjunto de lingerie.
A lingerie era feita de gaze transparente, e usá-la era quase o mesmo que não usar nada.
O quarto estava muito escuro, com apenas a luz da lua entrando pelas cortinas, fraca e ambiciosa.
Sofia enrijeceu o corpo, deitada em uma cama estranha, tremendo.
A porta rangeu ao se abrir.
Na luz fraca, uma figura alta e negra parou ao lado da cama dela.
Seu coração nervoso quase saltou do peito.
O homem estava contra a luz, e ela não conseguia ver sua aparência.
Ele ficou com as mãos nos bolsos, emitindo uma aura fria: "Você é maior de idade?"
"Ah?" Sofia ficou atônita por um momento, tremendo ao falar, "Eu... acabei de fazer dezoito anos."
Ele ficou em silêncio por um momento.
"Você é tão jovem!" Sua voz soou surpresa, quase zombeteira.
Sofia pensou que ele poderia mudar de ideia.
Mas ela já tinha recebido metade do dinheiro, e a outra metade ainda estava pendente.
Ela tinha medo que ele mudasse de ideia de repente, medo que tudo o que ela tinha suportado antes fosse em vão.
Além disso, ela não se importava em passar por mais dificuldades...
Ela rapidamente disse, "Não, senhor, eu não sou jovem... O médico disse que estou saudável e posso fazer isso..."
Vendo que ele não respondia por um tempo, Sofia não pôde deixar de falar novamente, "Sinto muito pela última cirurgia... Eu fui realmente cuidadosa... Mas não sei por que falhou... Senhor, eu sou adulta agora, não sou mais jovem..."
Se não fosse por sua mãe, ela nunca teria abaixado a voz na frente de um estranho assim antes.
Suportando a amargura, Sofia odiava a si mesma por se sentir impotente e humilhada naquele momento.
O homem ainda tinha uma postura fria: "Vou te dar uma chance de se arrepender."
"Não!" Sofia quase gritou, "Eu não me arrependo..."
A verdade era que ela não podia se arrepender!
A doença de sua mãe não permitia que ela se arrependesse.
O homem ficou ao lado da cama, e ela finalmente ouviu o som dele desabotoando as roupas.
O quarto estava muito escuro, tão escuro que ela estava assustada.
Ela apertou o cobertor com força, como se fosse seu último refúgio.
Logo, o homem se inclinou e pressionou suavemente sobre ela...
Ela sentiu o perfume masculino dele.
Essa era a primeira vez que ela tinha um contato tão próximo com um homem.
Ele levantou o cobertor, não dando a ela chance de escapar.
"Você está nervosa?" Seu tom era um tanto sarcástico, "Primeira vez?"
Seu corpo tremeu um pouco, e ela engoliu amargamente, "É... e não é..."
"Hmm?" Na escuridão, seu olhar cintilou com um toque de emoção, "Não é bem a primeira vez? Isso é uma novidade!"
"Minha primeira vez foi durante a última cirurgia..." Ela falou com um pouco de timidez e constrangimento.
Ela deu sua primeira vez a uma operação fria e estéril.
Poderia haver algo mais absurdo e ridículo do que isso?
O corpo dele parou por um momento, e ele sussurrou em seu ouvido, "Muito bem, você ainda é inocente."