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CAPÍTULO 5: Chegou a hora.

POV: ELIZABETH

Finalmente, no sábado, acordei cedo e arrumei minha mala com alguns itens de higiene pessoal e duas peças de roupa porque, por ordem da Sra. Megan, terei que ficar e dormir na mansão. Não dá para saber a que horas a festa vai acabar, então será impossível voltar para casa.

Despedí-me da minha mãe, certifiquei-me de que Emma, minha irmã mais nova, tinha anotado o horário do seu remédio noturno e disse a ela que não voltaria para casa hoje, explicando rapidamente o motivo.

Cheguei ao trabalho e havia uma correria terrível, pessoas indo e vindo, enfim, a maior loucura e eu já me cansava só de assistir.

E assim foi o dia todo, por volta das sete da noite tomei meu banho e me arrumei, com o cabelo preso em um coque, fiz uma maquiagem leve e passei um batom nude, vesti meu uniforme que estava bem apertado no meu corpo, destacando minhas curvas, e então abri dois botões da minha blusa que estavam me sufocando, deixando um pouco do meu decote à mostra, e finalmente fui para a festa.

Por volta das oito da noite, os primeiros convidados chegaram. Há muitas pessoas esnobes e algumas mulheres, elas olham de cima para baixo para todos os garçons da festa e eu? Mal olham para o meu rosto.

E para dizer a verdade, não dou a mínima para nenhum deles, que se danem e que se engasguem com todo aquele champanhe. E que tenham dor de barriga de tanto comer.

A Sra. Megan está linda, na verdade, ela é linda! Mas o Sr. Matthew está espetacular, vestindo um blazer preto que deve custar um ano do meu humilde salário, e claro que isso o torna muito mais charmoso, sensual e elegante.

Com a ajuda de alguns garçons, começamos a servir os convidados. Algumas mulheres nos olham de forma estranha, mas não me importo, estou fazendo meu trabalho honestamente.

Alguns homens me olham de forma diferente (confesso que gosto desses olhares, pois sempre gostei de atrair atenção), mas há alguns velhos sujos que praticamente enfiam o rosto no meu pequeno decote e isso me incomoda um pouco.

À frente está o Sr. Matthew e alguns outros cavalheiros, e eu me aproximo para servi-los.

"Boa noite, estão servidos, senhores?" Digo, apontando para a bandeja com algumas bebidas.

O Sr. Matthew continuou me olhando, mas eu não conseguia decifrar o olhar em seus olhos e adoraria saber o que estava passando pela cabeça dele.

Até que um dos homens ao lado dele me olhou de cima a baixo.

"Só se você vier tomar uma bebida comigo." Disse o homem inconveniente, me devorando com os olhos e eu fiquei constrangida.

Dei um sorriso discreto e respondi educadamente. "Não senhor, estou trabalhando!"

"Que pena, porque eu aproveitaria cada gole da bebida com você," ele disse enquanto pegava um copo de bebida e alisava minha mão por baixo da bandeja, e eu queria jogar aquelas bebidas na cara dele.

O Sr. Matthew deu uma leve pigarreada e olhou para mim, "Bem, Elizabeth, acho que você pode ir agora," ele engoliu sua bebida de uma vez e olhou ao redor. "Acho que todos aqui estão servidos." Disse o Sr. Matthew com uma cara de raiva e pegando outro copo de bebida.

"Sim, senhor, com licença." Eu disse seriamente e saí rapidamente.

Terminei de servir alguns convidados e fui para a cozinha pegar algo para comer, pois estava morrendo de fome... Sentei-me no banco da cozinha, encostada no balcão e comecei a comer...

Uma garota muito bonita, que parece ter uns vinte e três anos, entra, então eu engulo rapidamente e olho para ela.

"Precisa de alguma coisa, senhorita?" Pergunto, olhando para ela seriamente, e ela parece entediada.

"Não," ela revira os olhos, "só preciso sair dessa festa ridícula cheia de gente falsa." Ela diz, encostando-se no balcão da cozinha e cruzando os braços.

Eu gostaria de dizer o mesmo, mas não posso, então tento contornar. "Mas é isso mesmo, senhorita." Eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça, não posso falar mal da festa e dos convidados dos meus patrões.

"Você não precisa me chamar de senhorita, me chame de você, é estranho ver alguém quase da minha idade me tratando tão formalmente."

"Desculpe, mas você é uma convidada e eu tenho que tratá-la com respeito."

Ela então ri ironicamente e olha para mim... "De jeito nenhum, eu sou a irmã idiota do Matthew e a cunhada falsa da Megan." Ela diz, revirando os olhos e sorrindo sarcasticamente.

"Uau, que ótimo, a irmã do meu chefe, prefiro continuar te chamando de senhorita." Eu disse com um sorriso tímido.

"Bom pra quem? Não é nada bom ter a Megan como cunhada e o Matt como irmão." Ela riu e olhou para mim: "Qual é o seu nome?"

"Elizabeth, e o seu?"

"Sou Madelyn, prazer em te conhecer! Você parece tão jovem para estar trabalhando em um sábado à noite."

"Não tenho escolha, porque infelizmente preciso trabalhar! Mas eu realmente preferia estar em uma balada com meus amigos."

"Eu daria qualquer coisa para estar longe daqui também." Sorrimos: "Gosto de você, parece ser legal! Poderíamos combinar uma saída com seus amigos, porque quando venho para esta cidade acabo não saindo e ficando sozinha." Ela disse com um sorriso muito genuíno.

"Claro, talvez em um dia de folga." Sorrimos. "Bem, agora preciso voltar ao trabalho, foi um prazer te conhecer." Eu disse, pegando a bandeja e indo em direção ao salão de festas.

Voltei a servir os convidados e, por volta das onze e meia, alguns deles começaram a ir embora.

(...)

Mais da metade dos convidados já se foi, afinal, a festa está muito chata e tediosa. As decorações estão perfeitas, o buffet é incrível, mas a festa em si é muito entediante. Confesso que já estou muito cansada e mal posso esperar para que a festa acabe. Os anfitriões parecem mais estar em um velório do que comemorando cinco anos de casamento. O Sr. Matthew nem faz questão de fingir que está bem com tudo isso, porque sua cara fechada o denuncia.

****POV: MATTHEW

Elizabeth, lá está ela, hoje mais bonita do que antes e seu uniforme colado ao corpo, marcando suas curvas, é uma loucura, ou melhor, está me deixando louco. Fiquei muito irritado quando ela começou a atrair a atenção de alguns dos convidados. Afinal, era impossível não notar aquele corpo e aquele sorriso.

Prometi a mim mesmo que hoje eu colocaria um fim nisso e a teria em meus braços, ou melhor, na minha cama. Preparei tudo e agora vou colocar em prática.

Está quase no fim dessa recepção ridícula, os convidados quase todos já foram embora, e os que restam estão mais preocupados com seus próprios egos do que com a área dos funcionários. Então é o meu momento, pego uma taça de vinho, abro meu blazer e vou para a porta da cozinha esperar ela passar, a taça nas minhas mãos está cheia e vai derramar facilmente.

Fico ali por longos minutos esperando ela passar por mim e, já impaciente com toda a demora, penso em desistir, porque sei que não é certo e muito menos ético o que estou prestes a fazer..., mas então a vejo se aproximando e, finalmente, todos os sentimentos de remorso que eu poderia ter desaparecem junto com o vinho, e eu me jogo na frente dela. Todo o líquido da taça se derrama sobre mim e alguns dos canapés na bandeja caem no chão.

"Perdoe-me, senhor, pelo amor de Deus!" disse Elizabeth, com a voz trêmula e muito nervosa.

"Olha o que você fez, Elizabeth, manchou meu blazer e minha camisa." Eu disse, fingindo estar muito bravo.

O medo e o desespero no rosto lindo dela me fizeram sentir pena e todo o nervosismo dela, mas algo mais forte do que eu me fez querer seguir com o plano, porque eu sabia que valeria a pena para nós dois.

"Senhor, não sei como isso aconteceu. Me perdoe!" Ela disse, se abaixando para pegar tudo o que havia derrubado e colocar de volta na bandeja.

"E agora, como vou voltar para a festa todo sujo assim?" Perguntei, olhando para ela seriamente.

"Venha comigo," ela se levantou segurando a bandeja, "vou tentar limpar!" ela disse nervosa.

Fomos para a cozinha, ela colocou a bandeja no balcão e então me levou para o quarto das empregadas.

Ela me deixou no quarto e depois saiu. Mas então ela volta com um pano úmido e um seco nas mãos e tenta reparar o dano que eu mesmo causei.

Ela está cada vez mais perto de mim, e o cheiro do perfume dela me deixa louco.

"Você não acha melhor eu tirar a camisa?" Pergunto, parecendo mais calmo, e ela respira fundo.

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