Capítulo 7
POV da Sandra
"Socorro! Socorro!" Eu gritava com toda a força dos meus pulmões. Embora minha garganta estivesse doendo, eu não podia parar. Um cara estava me sequestrando no pátio do campus e ninguém estava lá para me salvar. Onde está a humanidade hoje em dia?
É totalmente aterrorizante e desumano.
"Pare de gritar," o homem ao meu lado rosnou, "você está tentando romper as veias da sua garganta?" Suas palavras soavam mais como uma acusação.
Virei a cabeça e lancei um olhar duro, "O que diabos você pensa que está fazendo? Você acha que eu vou ficar feliz com isso? Você sabe que sequestro é ilegal?" Se olhares pudessem matar, ele já estaria morto.
"Ilegal?" Ele inclinou a cabeça, "nada é ilegal quando se trata do meu desejo. E até agora, acho que isso já está provado."
Meu coração disparou. Que tipo de homem é esse? Ele não tem medo nenhum. Pelo contrário, ele estava dizendo isso tão casualmente como se fosse uma rotina normal para ele. Será que ele está envolvido em algum caso criminal de sequestro? Ou faz parte da máfia?
"Se você não me soltar, eu vou chamar a polícia," tentei usar uma ameaça, se funcionar, eu serei realmente sortuda. Mas olhando para a expressão dele, que está desprovida de qualquer emoção, realmente não acho que está funcionando.
Em vez disso, ele se inclinou em minha direção e sorriu, "você pode chamar quem quiser, mas antes disso, precisa ver se consegue fazer isso," ele sussurrou. Seu hálito quente e mentolado caiu no meu rosto e meu coração acelerou.
Inferno, meu corpo é um traidor que eu nunca soube que tinha. Sua proximidade está me afetando muito. Seu cheiro familiar encheu minhas narinas, fazendo meu corpo reagir instantaneamente. Como esse estranho pode ter um efeito tão grande em mim?
"Me solta," sibilei, me afastando dele. Bem, ficar perto dele é perigoso e eu não estou interessada em lidar com coisas perigosas neste momento.
Ele sorriu. Um tipo de sorriso que fez meu coração disparar. Eu não consigo entender o que estou sentindo agora. Eu deveria odiá-lo, eu deveria desprezá-lo, naturalmente, certo? Mas por que diabos meu corpo está reagindo de forma diferente? É mais como se meu corpo não estivesse sob meu controle.
"Não há como você ter essa chance novamente. Você fugiu depois que compartilhamos nossa fantasia selvagem. Eu pensei que poderíamos ter uma boa conversa para resolver a questão pacificamente uma vez que você estivesse sóbria, mas você foi embora. Ainda preciso te punir por isso," ele sorriu. Um sorriso maligno.
Eu fiquei boquiaberta. Ele acabou de dizer isso na minha cara? Fantasia selvagem? Ele se lembra daquela noite. Não seria melhor para ele simplesmente esquecer esse assunto? As pessoas fazem isso, certo? Saem por uma noite e esquecem na manhã seguinte como se nada tivesse acontecido? É normal, então por que esse homem está me sequestrando do nada?
Limpei a garganta. Preciso colocar uma boa palavra sobre aquele erro, "olha, o que quer que tenha acontecido naquela noite foi apenas efeito do álcool. Eu nem consigo me lembrar de nada daquela noite. Além disso, foi só uma noite. Vamos esquecer isso e seguir em frente," sorri. Talvez ele possa entender agora.
Ele me olhou com olhos sombrios. Seus olhos estavam ardendo como fogo e eu me senti queimar ali. Eu disse algo errado?
"Uma noite?" Ele cerrou o maxilar. De repente, ele agarrou meu queixo com força e puxou meu rosto para ele, "eu não faço uma noite, querida, se é isso que você está pensando. Eu sei que fui o primeiro a tirar sua virgindade e isso vai continuar assim até o fim. Só eu vou ter essa sua bocetinha linda. Entendeu?" Cada palavra veio com um sibilo que reverberou na minha pele enquanto ele respirava.
Meu coração despencou em um segundo. Que tipo de homem vulgar é esse? Falando essas palavras sujas bem na minha cara? Minhas bochechas ficaram quentes e eu senti que estava corando furiosamente. Deus, nenhum homem jamais falou assim. E ainda assim meu estômago se encheu de borboletas. Suas palavras sujas tiveram essa reação de novo. Corpo traidor...
Sim, ele é o primeiro em tudo - a voz na minha mente zombou sem piedade.
"Você é um homem nojento que só sabe falar besteira," eu retruquei, claramente tentando afastar os pensamentos perigosos de mim. É melhor eu agir com calma ou vou perder tudo.
"Cuidado com suas palavras, querida, porque eu adoraria mostrar o quão suja minha boca pode ser e talvez você goste disso também," ele avisou com seu sorriso irritante. E antes que eu pudesse responder, ele agarrou a parte de trás da minha cabeça e colou seus lábios nos meus.
"Mmmmmm..." Eu tentei empurrar seu rosto para longe de mim, mas ele segurou meu pulso com uma mão, me deixando indefesa. Ele me beijou com força. Muita força. Ele mordeu meus lábios e sugou tão forte que eu podia ouvir os sons. Ele exigiu entrada e quando eu recusei, ele mordeu meu lábio inferior com força, me fazendo arfar e aproveitando a oportunidade para deslizar sua língua quente e dura na minha boca. Seus beijos eram tão dominantes que fizeram meu corpo tremer e eu senti como se meus ossos tivessem virado gelatina. Mas ele não parou sua tortura e continuou a sugar minha língua enquanto explorava minha boca, reivindicando todo o território como seu.
Depois de uma longa tortura que pareceu durar uma eternidade, ele finalmente parou. Eu ofeguei por ar, que quase havia deixado meu corpo. Mas aquele homem bestial sentou-se ali, recostado no assento com um sorriso satisfeito nos lábios. Meus lábios estavam doloridos e eu podia sentir que já estavam inchados. Senti a raiva subir no meu peito enquanto eu o encarava. Como ele ousa sentar-se como se nada tivesse acontecido quando ele quase me matou com seu beijo?
"Como você ousa?" Eu gritei, apontando meu dedo indicador para o rosto dele. "Como você ousa me beijar sem o meu consentimento?"
"O que há para ousar? Eu te beijei porque quis. Não preciso de permissão para isso. Lembre-se bem, querida, você é minha," ele afirmou arrogantemente. Que tipo de resposta era essa? E como ele pode me reivindicar assim?
"Você chama isso de beijo?" Eu cerrei os dentes, "não chame sua tortura assim. É vergonhoso."
Ele estreitou os olhos, "claro que é. Foi um castigo por me xingar. Se você se comportar como uma boa menina, eu te recompenso mais tarde."
Boa menina? Essa palavra fez meu núcleo se contrair. Inferno, o que está acontecendo? Por que essas vibrações ruins excitam meu corpo assim?
"Você é uma besta. Você me sequestrou primeiro e depois me beijou à força aqui. Quem você pensa que é? Seu bastardo arrogante-"
"Uh-uh, eu não faria isso se fosse você, querida," ele disse antes que eu pudesse terminar. "Lembre-se, se você disser mais algum palavrão, a próxima coisa que eu vou enfiar minha língua não será apenas na sua boca, mas na sua bocetinha doce que está esperando por mim."
Eu parei tudo que estava prestes a sair da minha boca imediatamente. Suas ameaças não são falsas, isso eu já entendi bem. Eu não estou pronta para nenhuma tortura. Embora eu não me lembre muito daquela noite, pelo jeito que ele me beijou agora, posso dizer claramente que ele não é uma pessoa gentil. Ele gosta de torturar, não é?
E você não gosta? - a traidora na minha mente perguntou novamente.
"Como você pode dizer essas palavras? Você não tem vergonha no corpo?" Eu não podia acreditar nele. Ele é realmente o rei dos pervertidos.
Ele sorriu, "sou mais do que isso, querida. Quando chegarmos em casa, eu vou te mostrar o quão suja minha boca pode ser."
Minha respiração ficou presa no peito ao ouvi-lo dizer "casa" novamente. O que ele está dizendo? Casa? De quem ele está falando?
"Casa?" Eu franzi a testa.
Ele assentiu, "sim, casa, onde você vai morar a partir de hoje. Onde você vai criar nossos filhos," sua resposta foi tão natural. De alguma forma, eu esqueci que ele é meu sequestrador.
E senti algo desmoronar dentro do meu peito. Ele está brincando, certo? Casa? Filhos? Nunca em minha imaginação mais selvagem pensei nisso. Ficar com um homem com quem passei apenas uma noite? Ele ficou louco. Que tipo de situação eu estou e
Ele está?
Ou sou eu?