Capítulo 8: Lydia
"Me conte sobre sua família? Acho importante saber algo sobre eles antes de conhecê-los, não acha?" Lydia perguntou, olhando para Drake.
Drake hesitou e, por um momento, Lydia achou que ele não iria se abrir com ela, mas para sua surpresa, ele o fez.
"Eu tenho um irmão mais novo, Sampson, ele é cinco anos mais novo que eu. Lembro do dia em que minha mãe e meu pai o trouxeram para casa. Eu estava tão animado. Mamãe e papai estavam muito ocupados enquanto eu crescia. Meu pai com os negócios da família e minha mãe com suas compras e almoços, então era só eu e minha babá, Amelia, crescendo. Amelia fazia o melhor para me entreter, mas ela só podia fazer tanto. No momento em que minha mãe e meu pai trouxeram Sampson para casa, eu soube que teria um melhor amigo para a vida toda."
Drake ficou quieto, perdido em suas memórias dos dias despreocupados de sua juventude, antes de continuar.
"Mesmo com uma diferença de cinco anos, Sampson e eu éramos inseparáveis. Ele me seguia para todo lugar e eu adorava cada momento disso. Lembro de uma vez que fui convidado para a festa de aniversário de Gregory George e Sampson fez um escândalo, implorando para eu levá-lo. Finalmente cedi e decidi levá-lo comigo. Bem, quando chegamos, Gregory e seus amigos zombaram de mim por trazer meu irmãozinho, então eu dei um soco na cara de Gregory. Os amigos dele tentaram me derrubar e o pequeno Sampson ficou ao meu lado com o punho levantado, pronto para brigar. A mãe de Gregory acabou ligando para Amelia e, quando ela nos pegou, Sampson e eu estávamos com olhos roxos e sorrisos enormes no rosto."
Drake estava sorrindo ao recordar a memória, mas então seu rosto se transformou em uma expressão sombria ao lembrar a parte mais sombria daquela lembrança.
"Foi também uma das raras noites em que meu pai chegou em casa cedo. O Sr. George era parceiro de negócios do meu pai e disse ao meu pai que, se ele não conseguisse controlar seus próprios filhos, ele retiraria seus negócios da empresa do meu pai. Meu pai mandou Amelia me amarrar a uma cadeira para que eu aprendesse uma lição de disciplina e então ele tirou o cinto e chicoteou Sampson até ele ficar coberto de vergões nas pernas. Sampson tinha apenas 8 anos na época. Eu tinha acabado de fazer 13."
Lydia soltou um suspiro chocado e Drake rangeu os dentes antes de continuar.
"Eu me senti tão impotente sentado ali, ouvindo meu irmãozinho chorar por ajuda enquanto meu pai o espancava. Jurei daquele dia em diante que nunca seria como meu pai."
"Oh, Drake," Lydia segurou a mão dele com força. "É por isso que você saiu de casa assim que fez dezoito anos e nunca mais voltou?"
"Se ao menos esse fosse o motivo," Drake murmurou baixinho. "Mas essa é uma história para outra noite. Por agora, vamos falar de algo mais alegre."
"Ok," Lydia disse, sorrindo para ele. Ela não esperava que Drake compartilhasse uma parte tão íntima de seu passado, mas estava feliz que ele tivesse se aberto e compartilhado isso com ela. Em vez de trabalho, quase parecia normal estar ali com Drake, como se fossem um casal de verdade.
"Então, Sampson conheceu sua noiva Madilyn quando estava na pós-graduação. Eles se conheceram no primeiro ano e foi amor à primeira vista, pelo menos é assim que Madilyn conta. Não sei muito sobre Madilyn, mas das poucas vezes que a encontrei, ela parece ser uma alma doce e gentil. Sampson é um homem de sorte. E posso dizer que ele a ama." Drake disse, se espalhando no sofá e jogando o braço sobre o ombro de Lydia.
"Você sabe algo sobre Madilyn, algo que me ajude a conquistá-la?" Lydia perguntou, relaxando ao lado de Drake, sentindo os efeitos do vinho.
"Seja você mesma." Drake disse, olhando para Lydia com um sorriso no rosto.
"Ser eu mesma?" Lydia perguntou, olhando para Drake. "Então você quer que eu conte a ela tudo sobre a vida de uma acompanhante."
Drake se inclinou e segurou o queixo de Lydia, forçando-a a olhar em seus olhos.
"Lydia."
"Liddy." Lydia o interrompeu. "Meus amigos me chamam de Liddy."
"Liddy," Drake continuou, olhando em seus olhos. "Você é mais do que apenas uma acompanhante. Não se menospreze."
Lydia mordeu o lábio sob o olhar intenso dele. Sentiu um arrepio de excitação em seu ventre. Queria que ele a beijasse até perder o fôlego, mas em vez disso, Drake se afastou.
"Devemos dormir. Temos uma longa viagem pela manhã."
"Ah, sim. Dormir. Onde vou dormir?" Lydia perguntou, sentindo-se tímida novamente e envergonhada por querer que ele a beijasse.
Drake sorriu maliciosamente, "Comigo, é claro."
"Oh." Lydia disse baixinho.
"Não se preocupe, eu não mordo." Drake riu, levantando-se do sofá e puxando Lydia com ele.
Ele começou a caminhar em direção à porta do quarto, e Lydia caminhou ao lado dele em silêncio. Assim que chegaram ao quarto, Drake bateu a porta atrás deles e puxou Lydia para seus braços, pressionando-a contra a porta fechada.
"Eu sei que você queria que eu te beijasse no sofá." Drake rosnou, antes de colar sua boca na de Lydia.
Lydia soltou um gemido baixo contra a boca dele, abrindo os lábios e permitindo que a língua dele entrasse em sua boca. Suas línguas lutaram por domínio enquanto Lydia passava as mãos pelos braços musculosos de Drake. A mão de Drake deslizou pela cintura dela, subindo em direção ao peito, onde ele apertou através da camisa.
"Mmmm" Lydia gemeu.
Drake interrompeu o beijo, deixando Lydia sem fôlego.
"Você quer isso?" Ele perguntou com a voz baixa e rouca. Lydia podia perceber pela voz e pelo corpo dele o quanto ele estava excitado.
Lydia assentiu timidamente.
"Palavras, Lydia." Drake disse, inclinando-se para chupar, lamber e beijar o pescoço dela. "Preciso ouvir você dizer que me quer tanto quanto eu te quero." Ele mordeu o pescoço dela.